CAMINHOS DE CONSTRUÇÃO DA PESQUISA EM CIÊNCIAS HUMANAS, ESCRITO POR PAULO DE SALLES OLIVEIRA.

A pesquisa em Ciências Humanas nos proporciona vários caminhos de construção. Um desses caminhos é o método, que é o esforço para atingir um fim; caminho pelo qual se chega a um determinado resultado; o qual também indica o discernimento da direção. Ele é importante, pois segundo o autor, não representa tão somente um caminho qualquer entre outros, mas um caminho seguro, uma via de acesso que permita interpretar com maior coerência e correção possíveis as questões sociais propostas num dado estudo, dentro da pesquisa abraçada pelo pesquisador. Dessa forma, é recomendado ao pesquisador buscar fundamento nos autores que já semearam no terreno, pois o bom método é aquele que permite conhecer verdadeiramente o maior número de coisas com o menor número de regras.

Os caminhos para uma boa pesquisa vão se interligando, por isso, a consonância entre a pesquisa e a biografia é altamente estimulante, pois atribui vida ao estudo retirando da produção intelectual poeiras de artificialismo. Os pensadores mais admiráveis não separam seu trabalho de suas vidas, eles as usam como fonte de inspiração para o seu trabalho, por isso, os chamamos de artesões intelectuais. Por que eles incorporam a experiência vivida para conferir alma á pesquisa e esse cultivo da capacidade imaginadora separa o técnico do pesquisador, pois somente a criatividade é capaz de promover a associação das coisas.

No caminho de construção de pesquisa precisamos também entender a diferença entre métodos e técnicas. No qual técnicas são táticas objetivas para se chegar há um determinado resultado e já os métodos vão muito além das técnicas. Eles nos dizem respeito de fundamentos e processos no qual se apoiam para se chegar ao fim e ter um entendimento e análise aprofundada do estudo feito.

A constituição do método foi em âmbito que valorizava a capacidade do pensamento racional. Acreditava-se que, pelo uso da razão, seria possível aos homens não só conhecer o mundo, mas, além disso, transformá-lo. E a politização veio através da curiosidade dos

pesquisadores de buscarem explicações para os dramas sociais na própria dimensão humana de existência, sem a interferência dos componentes extraterrenos. Dessa forma, cuidou-se para que se construíssem meios confiáveis de observar, para promover experimentos, bem como para elaborar hipótese e princípios.

Com isso, veio às diferenças entre as ciências naturais e as ciências sociais. Pois nas ciências humanas vê se necessário ser cuidadoso e zelar para que os homens concretos, sujeitos e objetos para indagações, não fossem mutilados ou, então, não se tornassem objetos mortos nas mãos de cientistas dispostos a tornar as ciências naturais outros poderosos instrumento de dominação.

Portanto, nas ciências humanas usasse a imaginação e o pensamento no processo de pesquisa. Pois ler é o passo inicial para abrir os horizontes da imaginação e pensar no ato e fato da pesquisa. A leitura nos faz retomar a reflexão de outrem como matéria-prima para o trabalho de nossa própria reflexão. Sendo assim, a imaginação e o pensamento nos dão sentido para interpretar e, eleger os fundamentos que usamos e conclusões que tiramos de nossas pesquisas.

Concluísse que, nas ciências humanas existem caminhos de construção da pesquisa que são muito relevantes para obter-se o sucesso esperado.