Ciência e Política: Duas vocações
Por: Rafa- • 28/5/2018 • Relatório de pesquisa • 790 Palavras (4 Páginas) • 112 Visualizações
Disciplina: Ciências Políticas
Obra: WEBER, Max. “Ciência e Política: duas vocações”. Editora Cultrix, São Paulo, 1993.
Em “Ciência como vocação”, Max Weber apresenta uma comparação entre professores universitários da Alemanha e dos Estados Unidos da América. Weber expõe a dificuldade que um jovem alemão recém graduado tem de conseguir um emprego remunerado, mesmo sendo um contrato vitalício, enquanto nos Estados Unidos o assistente do professor recebe um salário assim como qualquer trabalhador, e pode ser despedido a qualquer momento.
O jovem alemão começa então a receber uma taxa por aluno, daí vem o anseio por manter a sala cheia, assim melhorando seus métodos didáticos. Há também uma dificuldade em entrar como professor em uma instituição, pois o candidato escolhido é “papel do acaso”, não depende apenas de suas habilidades de pesquisa, mas também de sua influência. Muitas vezes o profissional contratado não é o melhor, apenas possui mais renda ou contatos na instituição, isso resulta em um trabalho medíocre dos profissionais contratados. A única maneira de não se submeter ao acaso é ser um cientista notável e um professor capacitado a repassar seus conhecimentos de maneira que os alunos compreendam, fazendo com que a sala esteja sempre cheia, assim como ser simpático e educado também pode colaborar com o interesse dos alunos. Lembrando que um professor deve ensinar independentemente se tal assunto é ou não de seu interesse, e mesmo que não corresponda à sua opinião. De tal maneira, o professor se torna um “profeta” em sala de aula, onde seu “dom” é fazer com que todos entendam sua proposta.
Weber diz que os melhores cientistas são aqueles que possuem conhecimento de várias áreas, porém se especializam em seu campo de atuação, aqueles que têm “paixão” pelo que fazem sempre serão os melhores, porquê terão mais inspiração. “Nada tem valor a menos que possa fazê-lo com paixão”(17). Um cientista obviamente deve realizar inúmeras pesquisas, mas a inspiração sempre virá quando ele menos espera, devido a ação do acaso e da intuição. O trabalho intrincado leva-o a ter uma “personalidade científica”.
O trabalho científico é de extrema importância para o avanço da humanidade, mas é um trabalho contínuo, portanto pode se tornar obsoleto. Mesmo ultrapassado, esse trabalho pode servir como ponto de partida para outras pesquisas e pesquisadores. Os selvagens, como é dito por Weber, se satisfazem com aquilo que garante sua sobrevivência, sem a necessidade de maiores progressos científicos e técnicos.
Em relação a “Política Como Vocação”, o autor se refere ao Estado como detentor de força, uma vez que se define pela opressão física e é o único capaz de utilizar a violência legítima como monopólio de poder.
O Estado é detentor de um território e uma nação, sendo esses controlados a partir de um líder. O líder dispõe do poder de dominação contando com três estratégias de dominação legítima: a Tradição, o Carisma e a Burocracia Legal.
O Poder Tradicional é considerado por Weber como uma dominação estável, posto que dessa maneira o candidato é eleito por suceder o mandato do líder antecessor, ou por “ crença na santidade das ordenações”.
Com o Poder Carismático, o postulante conquista a população com sua oratória, beleza física, ou até mesmo “poderes mágicos” ou “dados por deuses”.
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