EDUCAÇÃO PARA O ESTADO BRASILEIRO: ENTRE A CRISE E O AVANÇO

EDUCAÇÃO PARA O ESTADO BRASILEIRO: ENTRE A CRISE E O AVANÇO

A educação brasileira sempre foi um ponto muito problematizado por sua irregularidade na qualidade e na preocupação do governo e da população para com ela. Com fatores históricos diversos, o ensino escolar brasileiro passou por muitos processos que levaram ao sucesso e/ou ao fracasso no período em que se estava, entre eles, consoante Saviani (2009), encontramos 6 fatos que marcaram esse processo da educação no país, sendo: o primeiro, a preocupação na formação de professores para lecionarem nas escolas do século XIX, mas o fato que essas escolas ainda não eram consolidadas e era muito comum fechar e reabrir por vontade dos governantes; em seguida temos a expansão das escolas Normais no país que foram um ponto crucial pois foram ela que de certa forma consolidaram a instituição do que se conhece como escola no Brasil, não por ser um padrão até hoje, mas por ser um ponto inicial, mesmo que essa expansão não tenha gerado números muitos significativos comparados a próxima fase com a organização de institutos de educação que deram o rumo para uma consolidação de um modelo didático-pedagógico de formação à docência. Como fruto disso, a fase seguinte deu-se com a implantação de cursos de pedagogia e licenciatura que gerou o modelo de formação muito conhecido como “3+1”, entretanto com o golpe militar, a quinta fase levou a substituição da escola normal pela habilitação ao magistério, que troca o sistema de ensino para 1º e 2º grau, que com isso, o curso de pedagogia tendeu a ser voltado para os formados lecionarem nas turmas de educação infantil e séries iniciais do 1º grau, com isso chegando a “última” fase com a introdução dos cursos de licenciatura e pedagogia nas instituições de ensino superior.

Assim, percebemos as mudanças históricas que moldaram a educação brasileira, onde mostra qual importância tinha o professor, já que essa figura representa grande parte do que é escola e educação, naquele momento, todos esses marcos refletem o que o país pensa da educação e qual a real importância para eles (governantes), onde podemos observar de maneira crítica todo esse processo que levou a educação ser o que ela é hoje, e podemos entender o porquê de tanta desvalorização com os docentes, pois é evidente que durante toda história a educação não foi tratada como prioridade, e ao invés de ser pensada estratégias que resolvessem de maneira efetiva os problemas encontrados, foram apenas sendo reparados à medida que se tornava gritantes, não desenvolvendo um projeto que trabalhasse em cima da realidade escolar brasileira, fosse ela nas maiores cidades, ou até na zona rural. Pois pensar numa educação de qualidade para um país, é pensar em avanço em múltiplas áreas como: econômica, social, tecnológica e cultural, onde segundo o texto de Cury (2010) nos apresenta uma fala referente ao ensino superior que se aplica diretamente ao ensino básico e consequentemente a formação de professores, que onde mesmo que existam avanços eles ainda não suprem a realidade da escola no Brasil.

Certamente, os avanços obtidos são ainda insuficientes para dar conta das realidades a serem superadas e são incapazes de retirar da comunidade científica um grau de insatisfação face às promessas e expectativas postas no atual governo federal.