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Fichamento Educação e cidadania em Antonio Gramsci

Por:   •  27/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  5.226 Palavras (21 Páginas)  •  296 Visualizações

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LUANA SOUSA XAVIER

FICHAMENTO

Salvador

2018

LUANA SOUSA XAVIER

FICHAMENTO

     

     Trabalho de fichamento de citações do curso de     Pedagogia, da Universidade do Estado da Bahia, que é um dos requisitos para a aprovação na disciplina de Sociologia e Educação.

      Orientador(a): Prof°. Nelson Santana do Amaral

Salvador

2018


Sumário

  1. Introdução           04
  1. Educação e cidadania burguesas           .05
  1. Educação e exclusão da cidadania          .10
  1. Educação e cidadania em Antonio Gramsci          .17
  1. Considerações finais................................................................................19

 


             

1. INTRODUÇÃO

Este fichamento de citações da disciplina de Sociologia e Educação tem como objetivo evidenciar, relatando os elementos relevantes do livro “Educação e Cidadania: Quem educa o cidadão?” de Ester Buffa, Miguel Arroyo e Paolo Nosella, que é dividido em três capítulos. O fichamento será desenvolvido através da transcrição de trechos dos textos a que se refere, realçando as citações importantes.

  1. EDUCAÇÃO E CIDADANIA BURGUESAS

O capítulo I do livro “Educação e Cidadania: Quem educa o cidadão?”, traz uma relação direta entre a cidadania e os Direitos Humanos, pois ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à igualdade perante as leis. Tais declarações, surgiram no processo da Revolução Francesa quando os burgueses derrubaram a nobreza e conquistaram o poder. Essa burguesia defendia a cidadania proposta para todos. Ao decorrer do tempo, veremos que os interesses passam a ser restringidos apenas para uma pequena parcela da população, a que detém de todos os bens e privilégios.

A partir da formação dos Estados nacionais, o fundamental, isto é, o que permite compreender todas essas transformações, é que os homens começam a produzir de outra forma sua vida material. Essa nova forma de produção da vida material engendra, por sua vez, novas formas de relações sociais entre os homens. ( p.13)

Com as transformações que os homens sofreram, como por exemplo o fim do feudalismo, mudanças econômicas e a necessidade do Trabalho, surgiram mudanças no mundo do trabalho, os homens começam a produzir de outra forma a sua vida material, fazendo com que tivesse novas formas de relações sociais. Daí começa o aprimoramento dos trabalhos artesanais, a manufatura se expande aumentando cada vez mais a necessidade de produção de mercadorias organizada pela manufatura. Diante disso, surgem transformações que coloca o trabalho sob novas bases, transformando as relações de propriedade e mudança nas relações entre trabalhador e empregador.

“...os elementos simples da manufatura são o trabalhador parcelar e a ferramenta. Ferramenta que não é mais dele e sim do capitalista que o emprega. Trata-se, agora, do trabalhador livre, e livre sob o duplo pó no de vista de ser uma pessoa livre, isto é,  dispor da sua força de trabalho como mercadoria sua, e de não ter nenhuma outra mercadoria para vender. Livre e desprovido das coisas necessárias à realização de sua potência de trabalho. (Marx, 1977: 130). Trabalhador parcelar porque a produção de determinadas mercadorias foi dividida em partes diferentes, executadas por trabalhadores distintos. Diferentemente da divisão social do trabalho, em que os trabalhadores são independentes e os produtos de seu trabalho são mercadorias, na divisão manufatureira os trabalhadores parcelados não produzem mercadorias

 ( Marx 1977: 257-8). Na manufatura, a mercadoria é produzida pelo trabalhador coletivo, formado pela combinação de um grande número de trabalhadores parcelares, sob a regência do dono do capital. ( p. 13)

A manufatura, tornada então insuficiente, será substituída pela grande indústria moderna, em que o instrumento do trabalho, por excelência, será a máquina. Com a grande indústria aparece a forma específica de produção capitalista(...) A máquina iguala, nivela todos os trabalhos. Os trabalhadores são iguais, pois para trabalhar com a máquina é preciso possuir um mínimo garantido pelo fato de ser homem(...) É a ciência substituindo a rotina.( p. 14 )

Na manufatura e no ofício, o trabalhador se serve de seu instrumento; na fábrica, ele serve a máquina. Lá, o movimento do instrumento de trabalho parte dele; aqui ele apenas o segue. Na manufatura,  os trabalhadores formam membros de um mecanismo vivo. Na fábrica, eles são incorporados a um mecanismo morto que existe independentemente dele” (Marx 1977: 300)

  1. Todos os homens são iguais

É possível chegar a conhecimentos que sejam úteis à  vida, e que em vez dessa filosofia especulativa que se ensina nas escolas, pode-se encontrar uma prática, pela qual, conhecendo a força e as ações do fogo, da água, do ar, dos astros, dos céus e de todos os outros corpos que nos cercam, tão distintamente como conhecemos os diversos ofícios de nossos artesãos, nos os poderíamos empregar do mesmo modo e a todos aos quais eles são próprios e assim nos tornarmos mestres e possuidores da Natureza.” (Descartes 1966: 84)

Essas transformações na produção da vida material provocam transformações na organização política, políticas essas que segundo Maquiavel é um jogo de interesses. Descartes, no discurso do método desconstrói esse mundo que a igreja católica cria, onde o poder é centrada na igreja, ele fala da experiência humana e da necessidade de criar leis e métodos. Esses métodos que vão sustentar a nova ciência que temos hoje, que propõe a fragmentação da vida para entender o objetivo de cada parte, tudo isso por meio da educação. Já Locke coloca que cada homem é proprietário de si e de seu corpo, e que o homem se apropria das coisas pelo trabalho, percebe que o capitalista compra o trabalho e não o trabalhado e este, por sua vez, vende sua força de trabalho em troca do salário, tornando assim, na visão de Locke, como surgimento de uma igualdade natural entre homens. Porem o que observamos hoje é uma crescente desigualdade social e má distribuição de bens produzidos resultado de uma mão-de-obra exploradora , cruel e dominadora.

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