Função social da escola
Por: zenoninho • 18/5/2017 • Artigo • 1.367 Palavras (6 Páginas) • 1.170 Visualizações
Ao discutir função social da educação e da escola, estamos entendendo a educação no seu sentido ampliado, ou seja, enquanto prática social que se dá nas relações sociais que os homens estabelecem entre si, nas diversas instituições e movimentos sociais, sendo, portanto, constituinte e constitutiva dessas relações.
O homem, no processo de transformação da natureza, instaura leis que regem a sua convivência com os demais grupos, cria estruturas sociais básicas que se estabelecem e se solidificam à medida que se vai constituindo em função da formação humana. Nesse sentido, a escola, enquanto criação do homem, só se justifica e se legitima diante da sociedade, ao cumprir a finalidade para a qual foi criada, estabelecer contato harmônico com sua espécie, mas para entrar no quesito harmônico de cidadania precisa de uma base estruturada com acesso a educação. Assim, a escola, no desempenho de sua função social de formadora de cidadãos, precisa ser um espaço de sociabilidade que possibilite a construção e a socialização do conhecimento e sabedoria, tendo em vista que esse conhecimento e sua importância para gerações passadas atuais e futuras não são considerados prioridades, A função da escola é complexa, ampla, diversificada. Tem necessidade de dedicação exclusiva por parte do professor, necessidade de acompanhar as mudanças que se processam aceleradamente no campo de trabalho, atualizando o seu currículo e sua metodologia.
Para dar sustentação às contínuas evoluções, a escola precisa ressaltar um ensino que crie conexão entre o que o aluno aprende nela e o que ele faz fora dela; conexão entre o ensino formal e o mundo do trabalho, entre o conhecimento e a vida prática do aluno, e também implica precisamente na parte emocional do aluno. Trata-se do conhecimento vivo e que se caracteriza como processo em construção. A educação, como prática social que se desenvolve nas relações estabelecidas entre os grupos, seja na escola ou em outras esferas da vida social, se caracteriza como campo social de disputa hegemônica, disputa essa que se dá "na perspectiva de articular as concepções. Nessa ótica, as relações sociais desenvolvidas nas diferentes esferas da vida social, inclusive no trabalho, constituem-se em processos educativos, assim como os processos educativos desenvolvidos na escola consistem em processos de trabalho, desde que este seja entendido como ação e criação humanas.
O desinteresse pela edificação da educação manteve-se com a independência, o analfabetismo no Brasil, até o século XIX, não era motivo de preocupação, de tal forma que se convivia com um grande contingente de iletrados sem qualquer indignação. Contudo, na forma como se opera o modo de produção capitalista, não se apresenta enquanto totalidade, mas é compreendida a partir de diversos fatores que interagem entre si e se sobrepõem de forma isolada, a qual transparece a nítida verdade que difere alunos de escolas particulares e de escolas públicas, Num país de geração voltada para os estudos, em busca de uma formação superior para o concorrido mercado de trabalho, a desvalorização de colégios públicos atrasa boa parte de alunos dedicados e esforçados devido a sua classe social, colocando a necessidade de cota para estudantes de escolas públicas para Instituições federais. O desinteresse pela edificação da educação manteve-se com a independência. O problema da qualidade será aí compreendido dentro da lógica produtiva empresarial. Segundo esse prisma, não há falta de vagas e nem de recursos, mas uma ineficiência da administração escolar pública.
A ênfase na gestão democrática da unidade escolar é influenciada pela dinâmica dos movimentos que a antecederam analisados sob as categorias democratização e qualidade escolar. A valorização da organização escolar implicará o reconhecimento das unidades de ensino como locais dotados de uma margem de autonomia pedagógica e administrativa. Sob a orientação dessa valorização, a gestão escolar passará a ser objeto de atenção dos sujeitos envolvidos, direta ou indiretamente, com a educação.
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