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Guerrilha do araguaia

Por:   •  7/12/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.954 Palavras (8 Páginas)  •  320 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

No texto a seguir, contaremos um pouco da história recente do nosso país, que se passou entre meados dos anos 1960 até meados dos anos 1970, estamos falando da “Guerrilha do Araguaia”, que foi uma luta armada entre militantes esquerdistas que defendiam o comunismo e as forças armadas do país que detinham o poder naquele momento.



2 A GUERRILHA DO ARAGUAIA

2.1 O INÍCIO

Em meados do anos 60, quando o país já estava no regime militar, sob o governo dos então presidentes: Marechal Humberto de Alencar Castello Branco, conhecido por ‘Marechal Castello Branco’, que governou de 1964 a 1967, e depois do Marechal Arthur da Costa e Silva, conhecido por ‘Marechal Costa e Silva’, que governou de 1967 a 1969, alguns membros do Partido Comunista do Brasil (PC do B) começaram a se instalar na região do Araguaia no ano de 1967, com o intuito de começar um movimento revolucionário socialista, a partir dali . Dentre esses que chegaram na região em 1967, destacamos o seu líder máximo e um dos fundadores do PC do B João Amazonas, conhecido pelo codinome de ‘Cid’; Elza Monnerat, a ‘Dona Maria’; Maurício Grabois, o ‘Mário’; André Grabois, o ‘Zé Carlos’, que era filho de Maurício Grabois; Dr. João Carlos Haas Sobrinho, o ‘Dr. Juca’; e Osvaldo Orlando Silva, o ‘Osvaldão’.

2.2 A REGIÃO DO ARAGUAIA

O local onde o movimento revolucionário começou a se reunir em 1967 conhecido como região do Araguaia, leva este nome devido a sua localização as margens do Rio Araguaia, onde o Estado do Pará, fazia divisa com o Estado de Goiás, hoje Estado do Tocantins e com o Estado do Maranhão, região que é próxima as cidades de São Geraldo do Araguaia e Marabá no Pará e Xambioá, na época ao norte de Goiás (também conhecido como ‘bico do papagaio), e também devido as batalhas, entre o movimento revolucionário e as forças armadas, terem acontecido nesta região, é que a guerrilha ficou conhecida por “Guerrilha do Araguaia”. 

2.3 OS PRINCIPAIS MEMBROS E SUA LOGISTICA

Durante o período entre 1967 e 1971, o movimento revolucionário, já contava com cerca 80 membros, que eram em sua grande maioria ex-estudantes universitários e profissionais liberais, dos quais podemos destacar: Ângelo Arroio, o ‘Joaquim’; Líbero Castiglia, o ‘Joca’, este foi o único membro estrangeiro da guerrilha, ele era Italiano; Bergson Gurjão Farias (o ‘Jorge’; Dinalva Oliveira Teixeira, a ‘Dina’; Helenira Resende, a ‘Fatima’; Micheas Gomes de Almeida, o ‘Zezinho’; Maria Lucia Petit, a ‘Maria’; Dinaelza Santana Coqueiro, a ‘Mariadina’; José Genoino, o ‘Geraldo’, este que mais tarde viria a se tornar Deputado Federal por São Paulo (1982 - 2002) e presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) (2002 - 2005), partido qual ajudou a fundar em 1979; Luiza Reis, a ‘Baianinha’; Glênio Sá, que não usava um codinome; Suely Kanayama, a ‘Chica’; Lúcia Maria de Souza, a ‘Sônia’; Adriano Fonseca Filho, o ‘Chico’; Luiza Garlipe, a ‘tuca’; Crimeia Schimidt de Almeida, a ‘Alice’; e Jana Moroni Barroso, a ‘cristina’.

Os membros do movimento revolucionário, se inseriram e se organizaram na comunidade local, exercendo as mais diversas atividades, alguns trabalhavam como agricultores, pescadores, professores, outros se tornaram comerciantes locais, também prestavam atendimento médico aos moradores locais, e aparentemente disfarçados nessas atividades, ninguém transparecia postura política.

2.4 AS IDEOLOGIAS E OBJETIVOS DO MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO

A ideia do movimento revolucionário, era começar uma revolução a partir das zonas rurais, recrutando camponeses como “soldados”, e então organizar uma luta armada contra o regime militar, com o objetivo de implantar no Brasil um regime comunista, assim como havia acontecido em Cuba e na China.

2.5 AS OPERAÇÕES DAS FORÇAS ARMADAS

2.5.1 COMO O EXÉRCITO DESCOBRIU A GUERRILHA

O CIE (Centro de Informações do Exército), descobriu a existência da guerrilha no início do ano de 1972 , sabe-se, que essas informações se devem a captura e tortura de Pedro Albuquerque, que se deu em janeiro de 1972 em Fortaleza - CE (ele havia abandonado a guerrilha em novembro de 1971, juntamente com sua esposa), e também pela confissão de Lúcia Regina Martins, esposa de Lúcio Petit da Silva, que saiu do Araguaia no fim do ano de 1971 e foi levada para Goiânia - GO, onde passava por tratamento contra hepatite e tuberculose, contraídas na região da guerrilha, fugiu do hospital e veio para São Paulo - SP, procurar a família, que à obrigou a confessar quando soube de suas atividades, entretanto não é possível dizer qual informação foi conseguida primeiro.

2.5.2 A OPERAÇÃO PAPAGAIO

Com estas informações em mãos os militares em abril de 1972, adentraram a região entre Marabá e Xambioá, com uma equipe de cinco batedores do CIE, sob o comando do então Major Lício Maciel, que também trazia como prisioneiro, Pedro Albuquerque, em seguida cerca de 400 soldados se instalaram nas cidades da região. Essa primeira fase da campanha militar era uma operação de reconhecimento da área e coleta de informações, antes que o restante da tropa chegasse. Nessa fase também, foram montados uma base aérea em Xambioá, dois postos de controle, um na Rodovia Transamazônica, e o outro na Rodovia Belém-Brasília, e um posto de comando às margens do rio Itacaiúnas.

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