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Maquiavel

Por:   •  21/10/2015  •  Ensaio  •  734 Palavras (3 Páginas)  •  147 Visualizações

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Nicolau Maquiavel: O cidadão sem fortuna, o intelectual de virtu. SADEK, Maria Tereza. In: WEFFORT, Francisco (org.). Os clássicos da política. V.1. São Paulo: Editora Ática, 2000.

Breve estudo sobre a vida e obra de Maquiavél e análise de seu pensamento político.

A autora inicia o capítulo comentando sobre os termos atribuídos a Maquiavel, como o termo maquiavélico, que tem um significado para a política, que seria governar segundo os ensinamentos de Maquiavel e o outro significado, para a sociedade fora da política, é sinônimo negativo. Seguindo nessa linha de raciocínio, a autora reflete sobre quem de fato foi Maquiavel. Odiado e amado, as opiniões sobre este pensador são sempre ambíguas.

Nicolau Maquiavel cresceu em um ambiente politicamente instável, como cita a autora, os governantes mantinham- se no poder por aproximadamente dois meses. Desde muito cedo teve educação humanista, por parte do pai, que era advogado. Aos 29 ocupou o cargo de chancelaria após a queda dos Médicis (família que estava no poder). Anos mais tarde, quando os Médicis retomaram o poder, foi acusado de conspiração. Foi preso, torutrado e empedido de deixar Florença. Após ser libertado da prisão, passa a viver, modestamente, na propriedade herdada de seu pai, nesse momento de sua vida, Maquiavel escreve suas obras, baseadas em suas experiências.

O objetivo de Maquiavel era a formação de um Estado real, com ordem, não um estado ideal, longe do concreto e o centro de seu pensamento era focado em como manter este estado longe do caos. Rompendo com os paradgmas da antiga filosofia, propõs que a ordem não era algo natural e sim que deveria ser construída pelos homens e por eles mantida, pois não era eterna. Com relação ao poder, dizia que todos o tem, porém nem todos reconhecem, por terem dificuldade em entender que este não é eterno e que o dententor do poder, deveria governar de acordo com sua virtude política, não com a mesma virtude da vida privada.

Estudando o passado, Maquiavel concluiu que este estudo se fazia necessário para aprender a lidar com o caos “expressado pela natureza humana”, pois em alguns aspectos, os homens permaneciam iguais ao longo da história. Quanto a Virtú e a fortuna: -A fotuna para Maquieavel não era motivo de condenação, como para os demais homens cristãos, acreditava em uma associação entre ambas era proveitosa, porém o homem que a fizesse deveria ser livre pois a liberdade amortceria o poder da fortuna;

-A virtú, esta não é a virtú cristã, desapegada dos bens materiais, das ambições e sim a virtú do homem ambicioso, que valoriza a glória e o poder. O governante, para Maquiavél, não é o mais forte, apenas, e sim o astuto, pois o poder pode ser conquistado com a força, mas não pode ser mantido sem esta virtú não cristã, nenhum poder, nem mesmo o hereditário está seguro sem a virtú . Nessa linha de raciocínio, a autora fala sobre um dos pensamentos que primeiro veem a mente quando se trata da política de Maquiavel: Utilizando a sabedoria e a força, o governante consegue manter seu domínio, ele pode não ser amado, mas será respeitado.

O príncipe, para ser bom governante, deveria guiar- se pela necessidade e não pelos princípios cristãos, se necessário fosse, seu vício seria virtude, deveria proceder conforme as circunstãncias.

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