O Encontro do Século e demarcar as diferenças entre Marx e Smith
Por: zalencar • 3/2/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 1.480 Palavras (6 Páginas) • 1.524 Visualizações
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Também é importante pensar nos tipos de Estado que o Brasil adotou ao longo da sua história.
Outro tema interessante gira em torno das características e propostas do neoliberalismo e da reflexão sobre até que ponto o Brasil adotou ou não tal modelo nas últimas décadas.
Adam Smith e Karl Marx, maiores expoentes de suas épocas no estudo do mercado, desenvolveram pesquisas sobre os meios de produção, relações de consumo e suas interações com o Estado, determinando a forma como o governo deveria ou não interferir no mercado, sendo aquele defensor do capitalismo e este de ordem socialista.
Smith sempre defendeu que o mercado se autorregulava, que o governo não deveria interferir nas relações de consumo, segundo ele, uma mão invisível, quando necessário, acalentava as relações mercantilistas.
Ele, Smith, deixa bem claro que o ser humano é em sua essência individualista, que seu futuro, o sustento da família e sua ascensão social e econômica depende exclusivamente de seu esforço e da forma como se adequa no mercado.
Já Karl Marx, ao contrário de Smith, defendia um Estado intervencionista, interferindo nas relações de consumo, no mercado, postulando por uma sociedade única, sem diferenças de classes, todos teriam os mesmos benefícios sociais, dessa forma, as riquezas geradas por uns satisfaria a todos igualitariamente.
Nesse caso, o Estado seria o regulador do mercado, da propriedade, das riquezas geradas pelos nacionais, essa divisão de riquezas traria à sociedade o desenvolvimento da população e a aniquilação da pobreza.
tipos de Estado que o Brasil adotou ao longo da sua história.
O liberalismo chegou ao Brasil no início do século XIX, tendo maior influência a partir da Independência de 1822, os adeptos foram homens interessados na economia de exportação e importação, visto que eram grandes proprietários de grandes extensões de terras e escravos. Nas décadas de 70 e 80, houve um esboço de Estado de Bem-Estar Social no Brasil, no entanto, o modelo não seria aplicado como investimento produtivo para a sociedade, mas de forma assistencialista. O Neoliberalismo, algo que poderíamos chamar de uma doutrina econômica, que prega a privatização de empresas estatais, a reforma administrativa do Estado e a abertura da economia ao capital estrangeiro, iniciou-se no Brasil no fim do Governo Sarney (1985-1990), porém o enxugamento do Estado manteve maiores evidências desde a posse de Collor de Melo (1990-1992), primeiro presidente eleito após o golpe militar. O segundo período Neoliberalista no Brasil ocorreu em 1995, com a eleição de Fernando Henrique Cardoso, este período tornou-se o mais extenso tempo de aplicação do Neoliberalismo no país. O terceiro momento da doutrina econômica instalou-se no ano 2016 com o fim do governo Dilma. A emergência de Temer no exercício da presidência se caracteriza como a nova era Neoliberalista do Brasil.
Para resolver essa problemática devemos fazer um corte histórico, por que senão a questão iria ficar cansativa e extensa, não podemos esquecer que as medidas econômicas tomadas são sempre para favorecer uma classe e não a população como um todo. Assim, vou me deter ao período “democrático”, após o regime militar. Na “era Sarney”, o Brasil passa por algumas transformações, ou seja, inicia a modificação do Estado e começa o alicerce para o liberalismo ser o norte da economia brasileira; isso pode ser notado como o Estado e todas a sua estrutura foram formadas, no governo Sarney, toda a estrutura de governo foram passadas para as mãos dos aliados, Jader Barbablho, ACM, o próprio clã Sarney entre outros políticos passaram a ser detentores de estruturas vitais do Estado brasileiro, como meios de comunicações. Com Collor, se dá dois episódios que a partir daí começa o liberalismo a ganhar poder e foça, ser encorpado ao Estado brasileiro, a primeira foi o aprisionamento da poupança, Plano Collor. Ressaltamos que na época a classe média era que mais tinha esse tipo de investimento (poupança) e com esse congelamento as pessoas perderam o poder aquisitivo e com isso buscavam outras formas de aquirir a compensação econômica, Smith bem presente aqui, a economia como reguladora social. Uma outra medida foi a abertura do mercado brasileiro para as empresas estrangeiras, especulação e início das privatizações. Essa medida trouxe a abertura da economia brasileira, ou seja, antes os índices econômicos eram ditados por ações internas, agora sofreriam como o mercado internacional e as especulações estrangeiras. Veio o Plano Real, ao contrário que muitos pensam, não houve um controle da inflação propriamente dito, mas sim um controle do consumo, ou seja, ao nivelar a moeda nacional ao dólar, quem viveu a época sabe que muitos produtos não foram convertidos ao real e sim ganharam um valor avultado, e assim impediu que grande parte da sociedade não consumissem, dessa forma como um mais um é dois, houve um controle indireto da inflação. Ainda na época de Fernando Henrique Cardoso, o Estado brasileiro foi saqueado com as privatizações que só prejudicaram o Estado, mas para beneficiar o mercado externo e consequentemente quem mantém o modo de produção de capitalista, perdemos a “preço de BANANA”, diversos bancos públicos, telefonias e sobre tudo a VALE DO RIO DOCE.
Nos governos Lulla e Dilma, as privatizações ocorreram em menor número e até que de forma superficial, mas ocorreram, o pré-sal foi vendido em lotes as empresas multinacionais, mesmo antes de saber qual sua real possibilidade de produção, ainda, foram criados vários benefícios aos bancos, que continuavam lucrando nos governos petistas.
Cabe salientar que tanto FHC quanto Lulla e Dilma são adeptos da social-democracia, a diferença é que o primeiro acredita que para um país conseguir o desenvolvimento tem que ser subjugado aos países já desenvolvidos e os dois últimos fizeram injeções de dinheiro na camada mais pobre para que estes sustentassem por mais tempo toda a exclusão social – econômica produzidas pelas ações de enriquecimento dos bancos e manutenção do sistema econômico brasileiro.
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