O FICHAMENTO ANTROPOLOGIA
Por: Amanda Ternus • 25/5/2021 • Resenha • 735 Palavras (3 Páginas) • 153 Visualizações
UFRGS – Faculdade Federal do Rio Grande do Sul
Nome: AMANDA TERNUS COSTA
Matrícula: 00279715
Fichamento: DAMATTA, Roberto. Você tem cultura?
“Outro dia ouvi uma pessoa dizer que “Maria não tinha cultura”, era “ignorante dos fatos básicos da política, economia e literatura”. (…) no Museu onde trabalho, conversava com alunos sobre “a cultura dos índios Apinayé de Goiás” (…) Refletindo sobre os dois usos de uma mesma palavra, decidi que esta seria a melhor forma de discutir a idéia ou o conceito de cultura (…) apresentar algumas noções sobre a cultura e o que ela quer dizer, não como uma simples palavra, mas como uma categoria intelectual, um conceito.” (Pág. 1)
“Usa-se cultura como sinônimo de sofisticação, de sabedoria, de educação no sentido restrito do termo.” (Pág. 1)
“quando falamos que “Maria não tem cultura”, e que “João é culto”, estamos nos referindo a um certo estado educacional” (…) Cultura aqui é equivalente a volume de leituras, a controle de informações, (...) chega até mesmo a ser confundido com inteligência (…) como fosse algo a ser medido ou arbitrado pelo número de livros que uma pessoa leu.” (Pág. 1)
“Neste sentido, cultura é uma palavra usada para classificar as pessoas e, às vezes, grupos sociais, servindo como uma arma discriminatória” (Pág. 1)
“o é comum ouvir-se referências à humanidade, cujos valores seguem tradições diferentes e desconhecidas, como a dos índios, como sendo sociedades que estão “na Idade da Pedra” e se encontram em “estágio cultural muito atrasado”. (Pág. 1)
“quando um antropólogo social fala em "cultura", ele usa a palavra como um conceito chave para a interpretação da vida social. (...) não é simplesmente um referente que marca uma hierarquia de "civilização" mas a maneira de viver total de um grupo, sociedade, país ou pessoa. Cultura é, (...), um mapa, um receituário, um código através do qual as pessoas de um dado grupo pensam, classificam, estudam e modificam o mundo e a si mesmas.” (Pág. 2)
“a cultura não é um código que se escolhe simplesmente. É algo que está dentro e fora de cada um de nós, como as regras de um jogo de futebol, que permitem o entendimento do jogo e, também, a ação de cada jogador, juiz, bandeirinha e torcida (…) , as regras que formam a cultura (...) é algo que permite relacionar indivíduos entre si e o próprio grupo. (…). Em geral, pensamos a cultura como algo individual que as pessoas inventam, modificam e acrescentam na medida de sua criatividade e poder. (…) Falamos então em "alta cultura'' e "baixa cultura" ou “cultura popular". (…) Assim, teríamos a cultura e culturas particulares e adjetivadas (...) como formas secundárias, incompletas e inferiores.” (Pág. 2)
“0 problema é que sempre que nos aproximamos de alguma forma de comportamento e de pensamento diferente, tendemos a classificar a diferença hierarquicamente, que é uma: forma de exclui-la. Um outro modo de perceber e enfrentar a diferença cultural é tomar a diferença como um desvio, deixando de buscar seu papel numa totalidade.” (Pág. 2)
“No sentido antropológico, portanto, a cultura é um conjunto de regras que nos diz como o mundo pode e deve ser classificado.” (Pág. 3)
“a cultura parece ser um bom instrumento para compreender as diferenças entre. os homens e as sociedades. Elas não seriam dadas, de uma vez por todas, por meio de um meio geográfico ou de uma raça (…) mas em diferentes configurações ou relações que cada sociedade estabelece no decorrer de sua história.” (Pág. 3)
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