O Fichamento Sociologia

[pic 1]Nome: Odilon José da Silva Neto

Data da entrega: 30/10/2020

Disciplina: Sociologia I
Professor/a: Sonia Cristina Santos Azevedo
Trabalho: Fichamento Bibliográfico

BAUMAN, Zygmunt; MAY, Tim. Aprendendo a Pensar com a Sociologia. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2010.

Antes de tudo, May introduz a ideia da importância de se aprender a pensar de forma sociológica (pág. 9), evidenciando a importância da sociologia em diversos campos do conhecimento e, ainda, colocando em pauta um questionamento acerca do que é realmente a sociologia. Esse questionamento se estende ao decorrer do texto, dado que é um momento de introdução sobre o assunto. O autor destaca as similaridades compartilhadas entre a sociologia e outros campos do conhecimento ao lembrar que todos estes se encontram dedicados aos estudos das ações humanas e suas consequências (pág. 10). Dando sequencia a sua linha de pensamento, ele fala sobre as divisões de “responsabilidades” de cada área, mostrando que cada uma delas se dedica a algo especifico, e como essa dedicação é praticada por cada uma delas, resultando no comportamento humano seguidor das normas articuladas por elas. Além disso, o autor separa a história da sociologia ao mostrar que o primeiro trata das ações que aconteceram no passado, enquanto o outro trata de ações atuais (pág. 11). Ainda acerca do supracitado, o autor diz que todos eles possuem em comum o fato de buscar evidenciar suas descobertas de maneira responsável, mas diz também que o ponto capaz de diferenciar esses diferentes campos é a questão que motiva cada um deles, essa questão é o fator responsável por motivar cada uma das pesquisas (pág. 12). Além disso, é evidenciado que a sociologia não deve ser vista como isolada do campo da economia e da ciência política, por exemplo, e que na verdade ela se distingue dos outros campos por mais abrangente, por ter mais amplitude em seus campos de estudo (pág. 13).   O autor chega à conclusão de que pensar através da sociologia permite ao ser pensante entender o mundo e gera a possibilidade de utilizar de diferentes modos para compreendê-lo (pág. 13). Continuando, o autor dá inicio a uma segunda parte do texto, em que destaca a relação do pensar sociologicamente com o senso comum. Mostrando que diferente de outros campos, que se relacionam pouco com o senso comum e se atém mais próximos a conhecimentos científicos, a sociologia está sempre relacionada a este senso (pág. 13). Além do mais, ele fala sobre como a ideia de senso comum não pode ser usado nas pesquisas cientificas, mas que também não pode ser deixado de lado, já que muitos fatores encontram-se atrelados a ele durante o processo das pesquisas (pág. 14). O autor mostra que o senso comum está relacionado à sociologia pelo fato de que as pessoas agem sob preceitos que dependem das ações alheias, portando o assunto já estaria inserido em nossos cotidianos, afirmando que o individuo é incapaz de agir em comunhão com os outros sem a sociologia. A sociologia estaria de forma eminente ligada ao senso comum por causa dos questionamentos que surgiram e já são considerados de conhecimento geral (pág. 15). Pelos motivos mencionados, o autor afirma que é importante determinar uma linha divisória entre o conhecimento sociológico e o senso comum por motivos de coesão. Para isso, o autor elenca quatro modelos que levam essa divisão em consideração. Em primeiro lugar, o que difere a sociologia do senso comum é o empenho em se manter sobre as regras do chamado discurso responsável, sabendo recorrer à ciência para diferenciar o que é claro do que é visível através de testes e evidencias (pág. 16). Em segundo lugar, tem-se a dimensão do local de onde esse conhecimento é extraído, mostrando que para os indivíduos em geral, esse campo é reduzido a eventos do dia a dia, são mundo menores que só englobam os acontecimentos diários (pág. 16). Porem se visto o ambiente global, o senso comum não é capaz, mesmo já oferecendo muito, de oferecer o que o saber sociológico consegue (pág. 17). Em terceiro, outra diferença encontrada é relacionada ao sentido que cada um atribui à vida humana, pois em geral as pessoas dão sentido as coisas através dos eventos cotidianos e das ações das pessoas ao nosso redor, porem a visão sociológica se opõe ao fato de que as visões de mundo são capazes de lidar com os eventos de forma geral da forma que o senso comum tenta lidar (pág. 17). Por fim, o quarto diferencial é de que o senso comum depende de uma autoafirmação e de não questionamento dos seus preceitos práticos, algo que o pensamento sociológico não acredita (pág. 18). Além do mais, o autor fala sobre questões ligadas a consciência e sobre como o pensar sociologicamente pode gerar em nós uma sensibilidade acerca de questões relacionadas à diversidade, nos tornando mais tolerantes, graças ao fato de termos adquirido uma melhor compreensão de mundo. Pois o pensar está ligado ao fato de ampliar o nosso conhecimento, nos libertando de pensamentos retrógrados e nos tornando mais flexíveis diante da opressão e do controle, e assim, menos susceptíveis à manipulação (pág. 19). Ainda sobre o pensamento anterior, o pensar sociológico potencialmente promove a solidariedade em nós, pois somos ensinados a compreender e respeitar através do compartilhamento do sofrimento que nos é imposto, tornando a questão da libertação uma causa comum (pág. 20). Por fim, mas ainda sobre o poder da sociologia, o autor fala que ela é capaz empoderar e àqueles que não possuem poder. Mas lembra de que não há garantias de que possuir o entendimento sociológico sozinho é capaz de libertar o indivíduo, pois o poder da compreensão não é páreo para opressão das questões econômicas e politicas dominantes. Mas lembra também que mesmo assim que sem esse conhecimento o individuo teriam ainda menores chances de administrar de forma bem-sucedida a sua vida (pág. 21).

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