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O Fim dos Tempos

Por:   •  30/10/2021  •  Trabalho acadêmico  •  580 Palavras (3 Páginas)  •  101 Visualizações

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                                             O Fim dos Tempos

 Nos dias atuais, tem-se uma diversidade de concepções e uma precisão exagerada de explicações sobre o final dos tempos, relacionado aos problemas que assolam o mundo. Desse modo, o filosofo esloveno, Slavoj Zizak, traz em seu livro “vivendo no fim dos tempos”, uma análise das questões necessárias sobre os rumos da sociedade.  

Com a caída do muro de Berlim, a população comemora a desintegração dos regimes comunistas, o que dá início a entrada do regime capitalista. Isso leva a Zizak abusar da ironia para falar sobre a incoerência do povo que desejava a liberdade democrática do capitalismo, contudo, queriam que não viessem a pagar pelos riscos sociais oferecido por esse regime: “desejar a abundancia material e a liberdade democrática capitalista sem perder a segurança e estabilidade (mais ou menos) garantida dos regimes comunistas”. Mas a decepção veio em seguida, passando por três reações, sendo elas: a primeira, trouxe a sensação nostálgica dos bons tempos comunista, não estando ligada a voltada do regime, e sim ao estado de ludo e processo de um lento abandono; a segunda, foi o populismo nacionalista, sendo apenas uma característica do abismo da globalização; já a terceira, foi a paranoia anticomunista, que trouxe consigo um importante questionamento: “Se o capitalismo é assim tão melhor do que o socialismo, por que nossa vida continua péssima?”, chegando a uma conclusão de que a resposta para a vida ainda na barbárie era por causa dos comunistas que ainda tinham poder sobre eles, sendo assim, o capitalismo não tinha de fato começado.  

Ainda que o mundo capital fosse solicitado, os protestos realizados com o fim da união soviética não eram direcionados ao capitalismo. Desejavam uma nova espécie de socialismo, um que os trouxesse sua segurança e direito social de volta, um que, para eles, não estivesse corrompido ou desvirtuado, um “socialismo com rosto humano”.

Ademais, a sociedade estava passando por um momento de confusão ideológica. Após a queda do muro de Berlim e a dissolução soviética, o que era apenas dividido em dois campos: capitalismo e comunismo, passa a ser um meio de misturas de lados, exemplo dos campos liberais que passaram a “flertar” um programa de esquerda comunista.  Além desse fato, o povo não possuía uma real imagem do acervo capitalista, este que trazia nas costas quatro consequências preocupantes, a crise ecológica, a biogenética, a crise alimentar e aos conflitos de natureza beligerante ao redor do planeta.  

Nesse apocalipse vindouro, encontra-se cinco padrões consecutivos, em primeiro vem a negação, sendo ela ideológica, é a encoberta de desordem sob o céu; a segunda é a raiva com relação as injustiças da nova ordem mundial; a terceira e quarta vem do fracasso da troca, que é a depressão e o afastamento; por final, após a passagem pelo ponto zero, tem a oportunidade de recomeçar, ou seja, o caos é perfeito.

Essa análise, pode ser comparada com nossa realidade atual, em que vivemos em um amontoado de confusão ideológica, com uma visão pouco aberta sobre a realidade do regime político que nos atinge. E é por falta desse realismo do mundo capital, que presenciamos esse estado de barbárie, onde a desigualdade prevalece, a exclusão social é absurda, famílias passam fome, pessoas tem seus direitos retirados, ou sequer tem conhecimento sobre ele. Em suma, viver no fim dos tempos é viver em estado de barbárie.

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