O Hábitos e costumes da tribo de Malé

Hábitos e costumes da tribo de Malé

Durante uma viagem de pesquisa há 10 anos o geógrafo Paulo Visotto observou a cultura do povo da Ilha de Malé, onde a população é concentrada, na região do extremo sul do Atol Kaafu. Sabe-se que os primeiros habitantes foram monges desconhecidos e posteriormente conquistados por árabes e europeus. O geógrafo pôde observar seus hábitos e costumes que ainda não foram compreendidos.

Os nativos abrigam-se num tipo de caixa, quando nessa estrutura é depositado sentimento de apego eles a chamam de lar. Dependendo de como esses espaços são feitos, os habitantes costumam a ter diferentes sensações, algumas dessas feituras são quentes, outras frias, trazem conforto ou não, escuras ou iluminadas, podendo ser de diferentes tamanhos, podem ser compartilhadas em grupos, ou usadas individualmente, há uma divisão interna conforme cada função.

Há divisões separadas para o descanso, neste lugar é usual encontrar sacos com penas de animais dentro que, segundo a crença, os livra de pesadelos durante a noite. Existe também uma divisão reservada para preparação de especiarias e porções preparadas de diferentes formas a fim de nutri-los, este local é de costume ser limpo com bastante frequência.

O povoado acredita que sua economia provém das místicas águas dos mares os integrantes da tribo que possuem mais influência sobre a riqueza que as águas são os lideres e guardiões da tribo, eles mostram seu poder através do tamanho de seus abrigos. É frequente encontrar conjuntos dessas estruturas cercadas por grades como uma prisão.

Estranhamente é muito comum encontrar várias caixas juntas, uma sobreposta à outra formando uma grande coluna, pois acreditam que agradam o espírito da proteção. Uns de seus vários rituais giram em torno espírito, acredita-se que lhes dão segurança quando em troca lhe oferecem tributos. Este temor da tribo de Malé resulta de constantes conflitos com a tribo vizinha chamada Aniparac, esse desentendimento se deve ao domínio das águas dos mares.

A tribo de Aniparac possui estrutura inferior a de Malé, pois a localização da tribo é no centro da ilha, portanto é distante das águas místicas. Seus abrigos são construídos de forma insegura e de pouca sustentação. Curiosamente a tribo de Aniparac acredita que a formação de abrigos aglomerados é uma forma de proteção aos anciões de futuras invasões.

Paulo Visotto notou a grande desigualdade que se encontrava em uma única ilha, além disso, contudo surpreendeu-se com a forma como seus lares eram feitos, destruindo o preconceito subdesenvolvimento sobre povo primitivo.