O NOVO CONCEITO DA FAMÍLIA BRASILEIRA
Por: serv27 • 23/4/2015 • Trabalho acadêmico • 1.062 Palavras (5 Páginas) • 247 Visualizações
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UNIVERSIDADE SALVADOR – UNIFACS
CURSO: BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
Ana Rita dos Santos Silva
Rita Cassia dos Santos Silva
O NOVO CONCEITO DA FAMÍLIA BRASILEIRA
Cruz das Almas
2013
UNIVERSIDADE SALVADOR – UNIFACS
CURSO: BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
Ana Rita dos Santos Silva
Rita Cassia dos Santos Silva
O NOVO CONCEITO DA FAMÍLIA BRASILEIRA
Atividade apresentada como requisito parcial para aprovação na disciplina de Antropologia do Curso de Bacharelado em Serviço Social da UNIFACS EAD sob acompanhamento da Profª. Karen Sasaki e da tutora Profª. Melquíades Souza Amparo Neto.
Cruz das Almas
2013
1 – INTRODUÇÃO
Segundo Robert Rowland (1997) a família é resultado da semelhança consanguínea e da demarcação inconstante segundo os contextos culturais. De acordo a ciência antropológica existem determinados tipos de famílias: a) família nuclear: grupo de parentes formado pelos pais e os filhos, que residem juntos, e os filhos tendem a herdar dos pais; b) família ampla ou dilatada; c) família de reprodução: construída na ocasião do casamento, quando um se casa e tem filhos.
Sendo assim, o conceito de família é uma concepção própria de cada indivíduo, sendo alterado de acordo aos diversos argumentos culturais da atualidade. Para que possamos entender essa teoria, é preciso despir-se de preconceitos relacionados à classe cultural e a familiar. Por esta razão a antropologia veio para compreender o comportamento social humano, suas crenças, costumes e mudanças evolutivas de um mundo contemporâneo, marcado pelas diferenças sociais e pela exclusão.
Logo, sabemos que devido às diversidades nos padrões de relacionamentos, a família brasileira do século XXI vem se ajustando ao contexto de sua época, não sendo mais necessário que um homem e uma mulher, se unam para constituir família, pois a perspectiva de uma nova estrutura familiar engloba pessoas do mesmo sexo, a chamada família homoafetiva. Desse modo, o perfil da família contemporânea brasileira vive distintas realidades e movimentos sociais que a interroga e modifica. É a chamada sociedade do controle, que por sua vez, globaliza e transforma os pensamentos e valores humanos.
O presente trabalho tem como objetivo enfatizar a inserção dos casais homoafetivos na instituição familiar. Contudo, foi realizada uma sucinta entrevista abordando a formação, composição e as mudanças vividas por essa família na sociedade atual.
2 – O NOVO CONCEITO DA FAMÍLIA BRASILEIRA
O perfil da família brasileira vem se transformando a cada dia, devido ao mundo globalizado de uma sociedade midiática. Segundo o Jornal O Globo (2012), “pela primeira vez, lares com formação tradicional deixam de ser maioria no país”. Dentro desse contexto se encontra as famílias homoafetivas que somam 60 mil, a grande maioria formada por mulheres. (IBGE, 2010). Com base nessa pesquisa foi realizada uma entrevista, conforme segue abaixo as respostas do entrevistado:
a) o perfil da formação e composição da família (quantas pessoas, pai, mãe, filhos, tipo de relacionamento):
Sou homossexual, tenho 26 anos, trabalho como cabeleireiro autônomo. A minha família é de classe média, sou filho único, minha mãe trabalha como diarista e meu pai como torneiro mecânico. Atualmente moro sozinho, mas tenho um relacionamento estável com o meu companheiro, só que cada um morando em sua casa. Há quatro anos assumir a minha homossexualidade. Na verdade percebi que era gay aos 12 anos de idade, sempre me achei diferente dos outros garotos. Sabia que algo acontecia na minha formação sexual. Cheguei até a namorar meninas, mas não sentia nenhum prazer, então as minhas suspeitas se concretizaram.
b) sensação da pessoa sobre o posicionamento da sua família na sociedade (como a pessoa vê sua família no contexto social – normal, diferente, por quê? Quais lições aprendidas da sua experiência de vida?):
Minha família de origem tem um pensamento desigual, preconceituoso, nunca aceitou essa condição de vida. Por achar que eu e meu companheiro somos diferentes, doentes, principalmente meu pai, que fala comigo de forma muito fria, acho até que ele tem nojo de mim. Minha mãe, coitada, dizia que aceitava, mas vivia chorando pelos cantos. Costumo dizer que não escolhi ser gay e sim fui escolhido. Hoje, nós estamos ganhando mais espaço na sociedade, pois a concepção está mudando.
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