O Poder da Dominação em Max Weber
Por: jksilvasouza • 9/9/2021 • Resenha • 1.312 Palavras (6 Páginas) • 147 Visualizações
Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Ciências Sociais
Curso de Ciências Sociais
Disciplina: Cultura, Poder e Relações Raciais
Docente: Hans Carillo Guach
Resenha sobre “O poder de dominação em Max Weber”.
(Maximilian Karl Emil Weber)
John Kenedy Silva de Souza
4. Os três tipos puros de dominação legítima
Karl Emil Maximilian nasceu em Erfurt, uma cidade da Alemanha no dia 21 de abril de 1864. Foi um dos maiores intelectuais alemães de sua época, destacando-se como um renomado jurista, economista, e sociólogo.
Max Weber foi um dos principais teóricos da Sociologia, e ocupou junto a Émile Durkheim, e Karl Marx, uma das bases que põe a tríade em evidência da chamada Sociologia Clássica. Max Weber, foi um dos responsáveis por difundir um método de estudo sociológico que baseava no que ele chamou de ação social e dessa forma foi capaz de produzir estudos de caráter profícuos para a compreensão da estruturação do capitalismo.
Antes de seu falecimento Max Weber, publicou três livros ainda em vida que foram esses: A ética protestante e o espírito do capitalismo (1864), Economia e Sociedade (1910), e A Ciência como vocação (1917). Depois de um ano após o seu falecimento em 1920, sua esposa Marianne Schnitger Weber, organizou a sua obra não publicada após a sua morte e publicou postumamente mais de três livros: Economia e Sociedade II (1921), A metodologia das Ciências Sociais (1922), e História Econômica Geral (1923).
Weber contribuiu para os estudos da área da Sociologia através de uma formulação de espécie da “Sociologia da Teologia”, analisando aguçamente a relação de capitalismo e protestantismo sob uma égide epistemológica da Sociologia. Weber foi responsável ainda por propor o conceito da ação social que foi de extrema importância para a formação da Sociologia Weberiana, bem como para a sociologia em geral. Outra vertente, difundida por Weber para se compreender a Sociologia geral, calcada num aspecto Weberiano, é a Teoria da dominação que se classifica como uma política que têm como objetivo discorrer sobre uma legitimidade e uma compreensão da noção e da constituição do poder.
No capítulo “Os três tipos puros de dominação legítima” do livro “Economia e Sociedade” , o autor busca colocar em evidência o tema dominação sob uma ótica de se remeter a esse termo um fenômeno social que é de fato intrínseco e que se faz presente em todas as sociedades no que tange as diversas relações sociais que são construídas. O ato de dominar na sua definição mais elementar da palavra diz respeito a um exercício de autoridade que é construído por meio do domínio e do controle sob algo. O domínio significa também uma noção de supremacia, predomínio e soberania, portanto nesse caso há em questão a existência de duas representações que é o caso do dominador e do dominado.
O dominador exerce um papel de autoridade perante o dominado, já o dominado respectivamente por sua vez exerce um papel de obediência às ordens, reconhecendo assim a autoridade e soberania do dominador a quem a ele é de obrigação prestar obediência. O termo dominação não fica tão obstante também da noção de poder que pode ser classificado assim, como a imposição da vontade de uma pessoa ou de uma instituição qualquer sobre os indivíduos.
Tendo em vista o conhecimento dessas duas correlações de forças já apresentadas a dominação e o poder Max Weber busca apresentar sobre os três tipos de dominação que segundo ele são caracterizados dentro de uma padrão legítimo: Dominação legal, Dominação tradicional e Dominação carismática. A Dominação Legal que têm seu escopo de legitimidade difundida por meio da espécie de um estatuto têm em seu tipo mais claro a noção de uma dominação burocrática.
Essa é composta por regras, e disciplinas e por uma especialização bem como por um complexo de racionalização dos quadros que dizem respeito aos administrativos da época, onde as regras instituídas eram as diretrizes de como se podia governar mas não prestando obediência à pessoa, e sim ao cargo estatuído. A noção de se prestar o ato de obediência ao cargo estatuído está enraizado mediante uma hierarquia onde há cargos com distintas subordinações que se constituem se pensarmos numa pirâmide onde os cargos subordinados ou seja os dominados precisam prestar obediência aos cargos superiores, que nesse caso estão incluídos aí os dominadores.
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