PIERRE BORDIEU E A SOCIOLOGIA COMO UM “ESPORTE DE COMBATE.

ALUNO: LUCAS SILVA DE PAULA

RESPOSTAS SOBRE O DOCUMENTARIO: PIERRE BORDIEU E A SOCIOLOGIA COMO UM “ESPORTE DE COMBATE.

1. Para Bordieu a sociologia, era um espaço para a luta para o conflito, aonde deveria se atuar, para derrubar, as formas de dominação e de mascarar a realidade de todos os meios sociais. Com  isso Burdieu formulou sua mais importante teoria, a da reprodução social, nela Bordieu vai contra outra grande teoria em uso nas ciências sociais que era da “mutação social” que dizia que o mundo em sua relação social está em constante transformações, na teoria de Bordieu é pelo contrário, com ajuda de pesquisas e estáticas ao seu favor, ele mostra como o mundo social está em constante inércia e as relações de desigualdade por exemplo tendem a serem perpetuadas e até mesmo acentuadas,  para o título do documentário feito por ele utiliza a metáfora da sociologia como um “esporte de combate” ao formular uma teoria sociológica que tem por função desnaturalizar os mecanismos de dominação na sociedade tendo essa militância intelectual como forma importante de atuação no campo da sociologia para o cientista social, combatendo as relações que se tornam “naturais” para o senso comum e que ajudam na dominação de uma minoria sobre a maioria do povo, assim a função é de desnaturalizar esse processo rompendo esses paradigmas sociais, que são formados para uma “doutrinação no campo social”.
2. Para Bordieu essa relação de reprodução social é um meio de dominação que vai se perpetuando e criando paradigmas na sociedade, ele nos mostra como o meio dos conceitos de “campo” (onde irá ocorrer os vários locais de conflito) e “habitus” (um ser social, fruto de um percurso único e movido por comportamentos compartilhados), é importante para essa construção. Sendo a sociedade, segundo ele, interpretada como um lugar de luta entre agentes produtores de códigos que são orientados pelo “capital econômico” e “cultural”. O primeiro correspondendo, de maneira simplificada, ao poder aquisitivo e o segundo à bagagem de conhecimento herdada pela educação (o poder intelectual). Nesses locais onde se dá a luta de ideias, sendo que para ele a militância de um intelectual é exatamente a de romper os paradigmas já imposto por quem tem a dominância econômica e consequentemente uma dominância cultural que é gerada numa relação de reprodução social, e é nesses campos que se reproduzem esses paradigmas que são importantes para uma sociedade controlada.
3. Uma autoanálise, é o que significa tomar como último objeto de reflexão sua própria trajetória e com isso objetivar a si mesmo como autor para compreender-se a partir de seus próprios conceitos. Assim o cientista social poderia identificar os seus conceitos e clarear as suas buscas, direcionando um caminho que facilitaria as respostas e o conhecimento próprio, sendo que nessa relação de sujeito e objeto de conhecimento muitas vezes elas se entrelaçam e se confundem, podendo o sujeito modificar a forma do objeto de conhecimento ao auto direcionar para seu próprio campo de ideias. Essa autoanalise se torna fundamental, visto que toda sua trajetória influencia na formação do sujeito que em busca do objeto de conhecimento é guiado pela formação que recebeu em seu caminho, criando um vasto campo de ideias que formular o seu pensamento, que ao fim se dirige na busca pelo objeto de conhecimento, Bordieu por exemplo, sua trajetória acadêmica o influenciou, se desprendendo daquilo que era naturalizado como movimentos naturais da sociedade, a partir dessa visão ele pode construir uma crítica a essa naturalização e formular suas ideias no combate nos campos de conflito dos pensamento culturais e ideológicos.

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