REFLEXÃO SOBRE A PRÁTICA DO SERVIÇO SOCIAL

UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO

UNAERP

SERVIÇO SOCIAL

EMILY FLÁVIA DA SILVA CELESTINO

830456 / 5ª ETAPA

ISABELLE DE LIMA PASSARELLI

828992 / 5ª ETAPA

NATHALY BRAZ MATIOLLI

823495 / 5ª ETAPA

REFLEXÃO SOBRE A PRÁTICA DO SERVIÇO SOCIAL

RIBEIRÃO PRETO

2020

EMILY FLÁVIA DA SILVA CELESTINO

ISABELLE DE LIMA PASSARELLI

NATHALY BRAZ MATIOLLI

REFLEXÃO SOBRE A PRÁTICA DO SERVIÇO SOCIAL

Trabalho apresentado à Unaerp, como  requisito parcial de avaliação na Disciplina Estágio Supervisionado em Serviço Social I

Professor: Elizabeth Regina Negri Barbosa

RIBEIRÃO PRETO

2020

RESUMO

Este trabalho tem como finalidade fazer uma reflexão sobre a prática profissional do Assistente Social, reconhecendo algumas de suas dimensões, começando pelo teórico/prático e em seguida, será apresentado, de forma resumida, alguns dos principais instrumentos de trabalho utilizado pelos Assistentes sociais no exercício da prática profissional, bem como algumas formas de intervenções.

REFLEXÃO SOBRE A PRÁTICA DO SERVIÇO SOCIAL

O conceito de prática profissional pode ser entendido como um item específico presente dentro da prática social, que por sua vez, é uma categoria teórica que permite compreender e explicitar a constituição e as expressões do ser social e a dinâmica social na qual ele se insere.

A prática profissional, assim, é resultante da especialização do trabalho coletivo, primeiramente determinada pela divisão sociotécnica do trabalho, situada na área das relações sociais concretas com uma dimensão historicamente determinada, que vai se particularizar em diversos campos de trabalho vinculados ao todo social.

Dessa forma, podemos afirmar que o Serviço Social, enquanto profissão ocupa um espaço na divisão sociotécnica do trabalho, desenvolve uma prática profissional que encontra um apoio para atuação na sociedade e, ao estabelecer relações próprias ao seu campo de ação, se conecta e constrói vínculos na sociedade na qual está inserido.

A profissão ao longo de sua trajetória assume um poder de realizar a intermediação entre o poder institucional que executa as políticas oficiais e a população que recebe essas “políticas” e como produto histórico “é condicionado pela configuração estrutural da sociedade na qual desenvolve e pelo movimento tenso e conflitual das situações particulares de cada período”. Partimos então destes breves apontamentos para refletir sobre o conceito de prática profissional, com a intenção de contribuir para o debate profissional. Para tanto, este ensaio propõe algumas reflexões em torno da prática profissional, destacando suas potencialidades a partir de um recorte específico, expressos pela discussão em torno de três questões: a relação teoria/prática, sua instrumentalidade e sua intervenção profissional no cotidiano.

QUESTÕES EM TORNO DA PRÁTICA PROFISSIONAL: A RELAÇÃO TEORICA/ PRÁTICA

Os seres humanos são seres essencialmente sociais. E essa sociedade é uma totalidade. Nenhuma situação pode ser considerada apenas em sua singularidade, pois ocorre o sério risco de se perder de vista a dimensão social da vida humana. Portanto, qualquer situação que chega ao Serviço Social deve ser analisada a partir de duas dimensões: a da singularidade e da universalidade. Para tal, é necessário que o Assistente Social tenha um conhecimento teórico profundo sobre as relações sociais fundamentais de uma determinada, e como elas se organizam naquele determinado momento histórico, para que possa superar essas “armadilhas” que o senso comum do cotidiano prega e que muitas vezes mascaram as reais causas e determinações dos fenômenos sociais. É na relação entre a universalidade e a singularidade que se torna possível apreender as particularidades de uma determinada situação.

O que se propõe, hoje, na área do Serviço Social é justamente a produção de um conhecimento que rompa com a mera aparência e busca compreender o que está acontecendo por trás da sua essência. Para isso, é fundamental que o profissional sempre mantenha uma postura crítica, questionadora, não se contentando com o que aparece imediatamente.

Com esse conhecimento, o profissional pode planejar a sua ação com muito mais propriedade, visando à mudança dessa realidade. Assim, no momento da execução da ação do profissional, o Assistente Social constrói suas metodologias de ação do profissional, utilizando-se de instrumentos e técnicas de intervenção social. É apenas a partir dessa reflexão que se faz possível discutir a instrumentalidade do Serviço Social.

INSTRUMENTALIDADE PROFISSIONAL

É necessário observar o cenário histórico em que se está inserido, toda ação humana intervém da realidade social a que se está envolvido. Ter o objetivo de mudança não quer dizer que a mesma irá ocorrer, as informações com base no contexto histórico irão ajudar na intervenção, e na racionalização metodológica para se chegar na ação de mudança utilizada pelo profissional. A realidade para a prática do profissional de Serviço Social, é que, o mesmo não pode utilizar-se de promessas de mudanças, mas se faz importante saber que não há realidade imutável com base nas possíveis mudanças do cenário social.

Os métodos de intervenção vêm da reflexão teórica, ética, política e uma investigação para cada situação, são elas utilizadas para o método de racionalização no plano de ação do assistente social. “Primeiro, ele define ‘para quê fazer’, para depois se definir ‘como fazer’. Mais uma vez, podemos aqui identificar a estreita relação entre as competências teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa.”. (SOUSA, 2008).

As práticas de instrumentalidade do assistente social, deve se adequar a demanda e necessidade de determinado caso, ou seja, não é seguir um protocolo de ações já reproduzidas antes, pois sabe-se que, cada realidade exige de um método de racionalização e intervenção especificas e diferenciadas para que as necessidades em seu cotidiano sejam atendidas e seus objetivos profissional seja alcançado e/ou chegar o mais próximo possível de fazê-lo.