Racionalidade do Capitalismo e Serviço Social (pp. 101 a 121), segundo capítulo, Guerra, Yolanda.
Por: Rosimeire Lira Lira • 9/9/2015 • Seminário • 1.484 Palavras (6 Páginas) • 2.146 Visualizações
[pic 1]IESB – INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE BRASÍLIA
CURSO: Serviço Social
DISCIPLINA: Oficina de Trabalho Profissional: Instrumentos e Estratégias no Serviço Social II
Fichamento 16 de Fevereiro 2015
Racionalidade do Capitalismo e Serviço Social (pp. 101 a 121), segundo capítulo, Guerra, Yolanda. A Instrumentalidade do Serviço Social, 2ª edição, revista - São Paulo, Cortez,1999.
“ O primeiro pressuposto da história humana é o de que os homens, para prover sua existência material, relacionam-se com a natureza, transformando-, e, ao fazê-lo, transformam-se a si mesmos. O segundo pressuposto é o de que este ato de autorecriação e de autotransformação incide sobre os outros homens, alterando sua natureza individual e distinguindo-os de outros seres vivos. Neste processo, o homem constitui-se num ser prático-social que se realiza pelo trabalho.” (p101)
“O trabalho, enquanto atividade prático-social (...) é esse movimento que consubstancia a sociabilidade humana, esta, constituinte e constitutiva de duas determinações fundamentais: pensamento e linguagem.” (p102)
“O trabalho é para o homem a condição natural da sua existência, a sua condição de homem.” (p102)
“Esses meios de trabalho ou condições materiais, medeiam a relação entre a força ou capacidade e o objeto sobre o qual incide sua ação, mediante um projeto ou finalidade. (...) Os meios de trabalho são, para Marx, os indicadores do grau de desenvolvimento das forças produtivas e das condições sociais em que o trabalho se processa.” (p102)
“É a partir dessas condições que os homens, ao realizarem a reprodução da sua vida material, estabelecem finalidades, gestadas no confronto entre necessidades e realidade, parametradas pelos meios possíveis de viabilização e, neste processo, reconstroem as representações que possuem sobre a realidade.” (p102)
“Nesse processo, meio e objeto de trabalho encontram-se presentes como meios de produção. (...) Atribui-lhes o caráter de matéria-prima, meio de produção ou produto.” (p103)
“O trabalho é assim, a forma primária e privilegiada dentre as suas objetivações, ou seja, de práxis. (...) O trabalho adquire características específicas, sob condições sócio-históricas determinadas.”(p103)
“A instrumentalidade posta na relação dos homens com o objeto do trabalho, no ato da produção, é transportada para a relação com outros homens e “cria o domínio daquele que não produz sobre a produção e o respectivo produto.” (p104)
“Aqui não se trata mais do trabalho, ou do processo simples de trabalho que produz valores de uso para seu produtor, no qual o produtor é também proprietário dos meios de produção, (...). A força de trabalho, cristalizada em mercadoria, e colocada no mercado, é comparada a outras mercadorias.” (p104)
“Inserida na teria de ralações capitalistas, a força de trabalho é incorporada “aos elementos mortos constitutivos do produto” (Marx,1985ª:154), de propriedade do capitalista.”(p104)
“O processo de trabalho é um processo entre coisas que o capitalista comprou, entre coisas que lhe pertencem (Marx, 1985ª:154).”(p105)
“(...), o duplo caráter do trabalho privado é constatado por Marx: na medida em que produz mercadorias para satisfazer necessidades sociais, o trabalho possui valor de uso e, portanto, é trabalho concreto,... “(p105)
“ Essas “coisas”, conforme denomina Marx, são elementos que compõem o processo produtivo; matéria-prima, meio e força de trabalho, cuja posse, agora, é do capitalista.” (p105)
“Neste primeiro estágio do capitalismo, o trabalhador ainda detém a posse sobre o reconhecimento técnico e habilidades específicas inerentes à sua atividade. “ (p106)
“O capitalista sabe que cada um dos elementos que entram no processo produtivo ocupa uma função específica e que a mercadoria é a síntese entre valor de uso e valor. Neste sentido, “seu processo de produção tem que ser unidade de processo de trabalho e processo de formação de valor” (Marx, 1985ª:155).” (p106)
“(...), no processo de trabalho a matéria-prima perde suas formas originárias para compor as propriedades do produto: perde seu valor de uso inicial, sem, contudo, perder seu valor.” (p.107)
“Mas o trabalho é também abstrato e agrega novo valor aos produtos, resultante da qualidade de trabalho ou dispêndio de energia humana empregada na produção de determinada mercadoria.” (p107)
“ (...), o capitalista sabe que é a força de trabalho que gera um diferencial, que cria um excedente do qual pode se apropriar.” (108)
“ Ao submeter o processo de trabalho ao objetivo de produzir mais-valia, sem alterar tecnicamente a produção, o capitalista tem que se utilizar do recurso de prolongar a jornada de trabalho.” (p108)
“ Essa forma de subordinação do trabalho ao capital, a que Marx denomina por subsunção formal, encontra-se mediada por determinações referentes ao grau de desenvolvimento das forças produtivas, métodos de trabalho e relações de produção, e diferem dos modos de produção anteriores quanto à forma pela qual a mais valia é apropriada do trabalhador, esta, expressão exata da sua exploração (cf.Marx,1969:90-5).” (p109)
“ A divisão do trabalho nas sociedades fundamenta-se no pressuposto da igualdade fisiológica do trabalho humano, ou seja, da homogeneização do trabalho, uma vez que nivela todos os tipos de trabalho a trabalho abstrato.” (p110)
“Marx nos faz ver que esse pressuposto é necessário como sustentáculo de uma economia mercantil, dado que, nesse sistema, a socialização entre os homens realiza-se na base da troca entre diferentes mercadorias, produto do trabalho humano em geral.” (p110)
“A divisão do trabalho nas sociedades capitalistas corresponde um tipo de cooperação que se origina na manufatura,por meio de dois movimentos:”De um lado, ela é parte da combinação de ofícios autônomos de diferentes espécies (...). De outro, ela é parte da cooperação de artífices da mesma espécie, decompõe o mesmo ofício individual em suas diversas operações particulares” ( Marx,1985ª:268).” (p111)
“(...), o aperfeiçoamento do instrumental de trabalho cria as bases para a invenção das máquinas que, mais uma vez incrementam o capitalismo e inauguram um novo período na história da exploração do trabalho humano.”(p.111)
“ Na tentativa de superar os limites impostos pela capacidade ísica e destreza da força de trabalho, o capitalista tem que implantar meios que venham a exercer um combate sobre os fatores subjetivos das produção.” (p.112)
“Agora as diferentes máquinas-ferramentas são articuladas umas às outras; da cooperação entre trabalhadores vemos a cooperação entre máquinas. A velocidade e capacidade de produção, bem como a disciplina, são impostas pela máquina.”(p112)
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