Resenha Do Livro Coerção Capital e Estados Europeus
Por: Luca Amaral • 24/5/2017 • Resenha • 408 Palavras (2 Páginas) • 577 Visualizações
Charles Tilly discorre de forma histórica o nascimento das cidades, estados europeus e como a coerção e o capital foram importantes para tal. Em um segundo momento apresenta as guerras como meio da criação dos estados e de situações em que o inverso é valido ainda utilizando da historia como ferramenta principal de argumentação.
Tilly utiliza de dois pontos essenciais no decorrer destes dois capítulos: a coerção e o capital. Estes aplicados a historia da Europa, explica não só a criação das grandes potencias europeias mas de outros países extremamente importantes para historia mas que muitas vezes deixam de serem citados.
De forma detalhada o sociólogo explica a formação da Europa, utilizando de diversos mapas. Completa explicando a explosão demográfica que ocorreu na Europa, e em que pontos ela mudou a estrutura social e politica dos estados europeus. A utilização da coerção levou os estados europeus a uma burocratização; É utilizada como meio de extração de capital(tributos, rendas...); A necessidade de criação de meios coercitivos pois novos meios sempre são usados como ferramenta de conquista; Com tudo uma ''onda'' de acumulo de capital só crescia entre os estados europeus, a coerção e o capital eram diretamente proporcionais.
O crescimento da coerção e do capital tornou os estados mais bélicos e com isso uma intensificação da guerras, e uma profissionalização de exércitos, tais que em um primeiro momento eram compostos de mercenários contratos e só em um segundo momento foi implantado um sistema de recrutamento de indivíduos da própria nação. As guerras foram de extrema importância para a definição dos estados.
O autor quis traçar na obra de maneira histórica e geográfica, o nascimento, desenvolvimento, dos estados europeus, com a utilização de coerção e acumulo de capital, que acarretaram no desenvolvimento bélico e aumento de conflitos. Isso tudo com uma visão ampla da Europa, como na citação histórica de países muitas vezes com uma visibilidade pequena no meio histórico.
Ótima leitura para um embasamento histórico, foi utilizado de argumentos sólidos e coesos que deixam todas as explicações muito mais fluidas.
Charles Tilly foi um sociólogo, cientista politico e historiador norte americano.
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