RESENHA DO LIVRO: O CAPITAL - KARL MARX
Por: alexandredrumond • 3/4/2018 • Resenha • 938 Palavras (4 Páginas) • 1.604 Visualizações
ALEXANDRE DRUMOND
RESENHA DOS CAPÍTULOS 1, 10 e 11 do livro “O CAPITAL” - KARL MARX”
O capítulo inicial do livro trata da categoria mercadoria e seus devidos desdobramentos. A mercadoria, antes de tudo é um objeto externo, uma coisa que pelas suas propriedades satisfaz as necessidades humanas.
Tudo que é útil ao ser humano pode ser visto em dois polos: o da qualidade e da quantidade, sua utilidade em diferentes aspectos representa um ato histórico e social. A utilidade de uma coisa faz dela um valor de uso que está estampado no corpo da mercadoria por suas propriedades, como exemplo, o ferro, trigo e o diamante citados pelo autor. O valor de uso pressupõe sempre sua determinação quantitativa como dúzias de um objeto ou toneladas de outro, sendo somente realizado quando no seu uso ou consumo.
Outro aspecto a ser relacionado sobre os valores de uso está exposto na sua constituição, presente pelo conteúdo material da riqueza, independente da sua forma social. Com isso identifica-se que as mercadorias são de diferentes qualidades.
O valor de troca de uma mercadoria possui uma relação quantitativa, ou seja, a proporção nas quais valores de uso de uma espécie podem ser trocados por valores de uso de outra espécie. Mostra-se com isso que esta relação é variável no tempo e espaço, podendo trocar-se, por exemplo, uma quantidade x de trigo por y de graxa de sapato, ou por z de seda ou w de ouro e assim sucessivamente expressando múltiplos valores de troca nas diferentes proporções. O valor de troca de uma mercadoria somente ocorre pela quantidade diferente das espécies.
Quando deixamos de lado o valor de uso dos corpos das mercadorias resta-se somente como propriedade os produtos do trabalho, uma única propriedade que a de serem produtos do trabalho. Observa-se então, desta forma, as diferentes constituições concretas desses trabalhos úteis das mercadorias e desaparece também o caráter útil do trabalho nele representado, o trabalho humano abstrato. O valor de uso possui valor porque nele está presente, objetivado e materializado o trabalho humano abstrato. Essa grandeza de valor das coisas explica-se quando medimos a quantidade de trabalho despendido durante sua produção, em tempo, horas, dias e outras variáveis.
O trabalho despendido durante a produção serve como medida para o valor das coisas para produzir qualquer valor de uso com condições de produção socialmente normais com um grau social médio. Este pode ser identificado com a habilidade de intensidade do trabalho. Esse trabalho é fruto das forças de trabalho individuais, então, o que determina a grandeza do valor é a quantidade de trabalho socialmente necessário para a mercadoria ser produzida.
O valor da mercadoria é determinado pelo tempo de trabalho socialmente necessário que se altera se houver uma mudança na força produtiva do trabalho e altera a grandeza do valor. Essas circunstâncias podem ser variadas como o grau médio de habilidade dos trabalhadores, o volume e a eficiência dos meios de produção. A mudança da força produtiva, maior ou menor modifica seu valor. Quando a força produtiva do trabalho for maior, menor será o tempo de trabalho exigido para se produzir um artigo e consequentemente o seu valor será menor, sendo assim, o inverso dessa equação é também verdadeira.
Outro aspecto importante da mercadoria encontra-se quando observamos que seu valor permanece constante, fato este, é que o tempo de trabalho socialmente necessário para sua produção permanece constante. Assim
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