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Resenha Manifesto Comunista

Por:   •  6/3/2021  •  Resenha  •  622 Palavras (3 Páginas)  •  192 Visualizações

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Universidade Federal Fluminense

Curso: Psicologia

Disciplina: Teoria Sociológica I

Professor: Tulio Cunha Rossi

Discente: Beatriz Sousa Fernandes

MARX, K e ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. São Paulo: Expressão Popular, 2008

O “Manifesto do Partido Comunista” apesar de ter sido escrito por Karl Marx e Friederich Engels foi pensado por um conjunto de vários comunistas de diferentes países num contexto de necessidade de estruturar o que era o comunismo, pois estava se tornando alvo de difamações. A primeira ideia apresentada no texto é a de que a história da sociedade é a história das lutas de classes, isto significa que em todos os momentos da história da humanidade sempre estavam em guerra os opressores contra os oprimidos, seja implícita ou explicitamente. No contexto em que a obra foi escrita (e até atualmente) essa luta se dá entre a burguesia e proletariado, os donos dos meios de produção e os assalariados.

Foi com a burguesia que se deu a última grande revolução nesse âmbito econômico. No final da idade média a burguesia mudou todas as relações de consumo, de produção e até de comunicação mundial, tornando-se assim a classe no poder e os Estados modernos apenas reafirmam isso. Como a burguesia conquistou e consegue manter essa posição?  “Sob a ameaça da ruína, ela obriga todas as nações a adotarem o modo burguês de produção;” (MARX e ENGELS, 2008, p.17) Porém esse modelo de capital inevitavelmente sofre crises esporádicas devido ao excesso de produção e de acúmulo de capital incentivado pela burguesia, o que mostra sua falha e sua impossibilidade de se sustentar a longo prazo. Até então essas crises vêm sendo resolvidas pela mesma fórmula: a de acabar com algumas indústrias ou conquistar novos mercados consumidores, ambas maléficas para a sociedade. É nesses momentos de crise que o outro lado se une e se fortalece.

Desse processo também resultou a desvalorização do trabalhador, dos funcionários, do trabalho artesanal, etc. O ser humano se tornou uma mercadoria como qualquer outra e não recebe um tratamento diferente deste, o que é horrível e deveria ser combatido mesmo. Aí surge o comunismo, querendo intensificar essa luta e garantir a vitória do proletariado. Para tal ele prega que é necessária a destruição da propriedade privada e não apenas a apropriação dos meios de produção pelos trabalhadores. Segundo a obra essa é a diferença do partido comunista para os outros partidos proletários, eles colocam mais as teorias em prática, entendem a necessidade da ação. Outra proposta do partido comunista é a substituição da educação doméstica pela educação social.

Para a revolução acontecer eles tinham um plano no qual o primeiro passo era “a ascensão do proletariado à situação de classe dominante, ou seja, a conquista da democracia” (MARX e ENGELS, 2008, p. 44) o que não deixa de ser verdade, pois se a democracia é o poder do povo, por que uma minoria que não se considera nem parte do povo está no poder há séculos? Então, no poder, tornariam os meios de produção estatais novamente.

Da metade do livro para o final são diferenciados e criticados os tipos de comunismo que já existiram, o socialismo reacionário e o socialismo conservador e também a diferença entre socialismo e comunismo sendo o primeiro a idealização teórica que não encontrou meios para se materializar, pois não achava necessária uma revolução de verdade, apenas uma revolução de ideias.

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