Resenha sobre Movimentos Socias
Por: Camilla Melo • 18/10/2015 • Trabalho acadêmico • 488 Palavras (2 Páginas) • 467 Visualizações
Movimentos Sociais (no Brasil) Conceitos e prática
O artigo “Movimentos Sociais (no Brasil) Conceitos e prática”, nos apresenta uma discussão teórica sobre o conceito de Movimentos Sociais. Sendo assim, já na introdução a autora discorre que sua “reflexão se direciona para questões relativas aos limites e possibilidades da ação dos movimentos sociais”.
Ela revela ainda que este artigo será um “ponto de partida para propor uma reflexão sobre a prática dos ―movimentos populares que lutam por moradia” A princípio é feita uma abordagem geral sobre as ideias principais que vão ser discutidas, que são: discussão do conceito de movimentos sociais; como esse debate aconteceu no Brasil; e as reflexões sobre o conceito de tradição dos revolucionários.
Seguindo essa lógica, no primeiro tópico a autora inicia fundamentando o conceito de movimentos sociais e cita Bottomore (1981), o qual expõe que o “conceito de movimento social surge no seio dos revolucionários, do movimento operário”. Isso se articula com o argumento que os movimentos sociais favorecem a propagação dos ideais de emancipação, mas também podem ser vistos como agentes que anunciam o novo ao denunciar as contradições existentes e desafiar os códigos culturais dominantes.
Logo, são referenciadas ideias que abordam a crítica ao capitalismo numa perspectiva que considera o movimento social apenas a mudança no sistema capitalista. Seguindo esse aspecto, a autora coloca que “o conceito de hegemonia surge fortalecido para incluir na análise a articulação entre a práxis política e a perspectiva cultural, conforme preconizava Gramsci (1984)”.
Portanto, se estabelece uma relação entre movimentos sociais e mudanças sociais. A autora faz ainda menção a outras teorias, mas considera o que será relevante serão “as relações entre cultura, política e mudança”, as quais foram abordadas por Gramsci e repensadas por Hall (2003), Laclau e Mouffe (2001).
No debate dos movimentos sociais no Brasil, a autora faz um apanhado a respeito da hegemonia conceituada por Gramsci, e também realiza um reporte histórico no qual destacou-se a importância da dimensão sociocultural dos movimentos, que gerou mais a frente uma mudança referida sobre o conteúdo dos artigos, que foram analisados pela autora, eles tratavam na maioria de uma sociologia da ação, revelando uma preocupação por estudos do cotidiano. A autora relata a discussão da tese de Doimo (1993), que tratou dos movimentos populares, para compreendermos a utilização do termo “popular” e o uso do conceito de “campo”.
Então, no que se diz respeito sobre a cultura política e tradição dos revolucionários, a autora articula o conceito de cultura política, o qual advém da tradição funcionalista. Indo mais afundo acercar da cultura, em resumo, implicou sua criação com um intuito político, ou seja, para torna-la um artifício de poder, na qual utiliza o conceito de raça com uma finalidade hierárquica, considerando uma superioridade (modernidade) e inferioridade (não-moderno) de culturas, tendo os processos de colonização para exemplificar.
Em contrapartida é referido que ao tratar de “uma cultura política hegemônica, teremos que considerar o processo histórico e ainda as narrativas sobre o Brasil”
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