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Resumo Imagens da Organização (Morgan)

Por:   •  28/8/2022  •  Resenha  •  1.152 Palavras (5 Páginas)  •  109 Visualizações

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Curso:        Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA

Disciplina: Análise Organizacional e Inovação – PAD604

Docente:   Pedro Jaime de Coelho Junior

Discentes: Douglas Miguel

       Marcelo Koiti Fugihara

       Sueli Ferreira Colona

SÍNTESE

REFERÊNCIA

MORGAN, Gareth. A mecanização assume o comando: as organizações vistas como máquinas. In: MORGAN, Gareth Imagens da organização. São Paulo: Atlas, 2013, p. 21-41.

Palavras chaves: Mecanicista, máquina, burocracia, eficiência, rotina, padronizar, organização, teoria clássica, administração científica, taylorismo, metáfora.

O capítulo 2 deste livro apresenta uma metáfora para compreender as organizações através das imagens das máquinas, a ciência raiz dessa metáfora é a Física. Nesta visão, a vida organizacional é frequentemente rotinizada com a precisão exigida de um relógio e espera-se que as pessoas chegam no trabalho em determinada hora, desempenhem um conjunto determinado de atividades, descansem em horas marcadas e então retomem as suas atividades até que o trabalhe termine, ou seja, os trabalhadores funcionam como se fossem partes de uma máquina.

Máquinas, pensamento mecânico e o surgimento da organização burocrática

A organização, geralmente denominada de burocracia, nessa metáfora é vista como um estado de relações ordenadas entre partes claramente definidas que possuem alguma ordem determinada. Deve operar como uma máquina de maneira rotinizada eficiente, confiável e previsível. O modo de ser mecânico da organização pode oferecer as bases para uma operação eficaz, porém pode também trazer efeitos colaterais, como a alienação das pessoas e a inflexibilidade das organizações. Efeitos esses que serão tratados adiante.

As origens da organização mecanicista:

  • Após a invenção e proliferação das máquinas durante a revolução industrial. Divisão do trabalho – Adam Smith: aumento da eficiência com a redução da liberação de ação dos trabalhadores em favor do controle exercido por suas máquinas e supervisores.
  • Exército: Padronização e princípios da intercambialidade e qualidade dos itens
  • Max Weber: burocracia rotiniza processos administrativos e as maquinas rotinizam a produção.

Teoria clássica da administração

  • Foco no planejamento da organização total.
  • Organograma: padrão de cargos definidos e organizados de maneira hierárquica que se são projetados como se fossem uma máquina.
  • Departamentos funcionais: produção, marketing, finanças, pessoas, P&D: redes de cargos precisamente definidos.
  • Organizações mecanicistas não estão conscientes de outras formas pelas quais essas técnicas poderiam ser utilizadas como: promover o tipo de investigação e aprendizado organizacional, cultura corporativa participativa e democracia organizacional.
  • O ser humano é visto como uma engrenagem de uma máquina: essa visão deu pouca atenção aos aspectos humanos da organização.

Administração científica

  • Foco no planejamento e administração de cargos individualizados.
  • Frederick Taylor foi o pioneiro do que é conhecido como administração científica.
  • Estudo de tempos e movimentos como meio de analisar e padronizar as atividades de trabalho (taylorismo).
  • Trabalhador é um servidor ou acessório das máquinas, completamente controlado pela organização e pelo ritmo de trabalho.

As expectativas da visão mecanicista em relação aos trabalhadores são:

  • Espera-se um trabalhador confiável, previsível e eficientes como se fosse um robô (que hoje estão substituindo os trabalhadores).
  • Trabalhadores que sigam os procedimentos.
  • Submissos às orientações hierárquicas e burocracias da organização.

As expectativas da visão mecanicista em relação aos gestores são:

  • Planejamento, coordenação, direção e controle.
  • Garantir o cumprimento e aceitação das regras (o chefe manda e o operador obedece).

Alguns exemplos de situações do mundo organizacional que expressam a Metáfora

O trabalho é regulado e em muitos casos, até as interações sociais são roteirizadas e padronizadas como nos exemplos que seguem:

  • Script de atendimento ao cliente e vendas, muito aplicável na indústria e no varejo, redes de Fast food.
  • Mcdonalds: conseguiram excelente desempenho na indústria de fast food. A empresa mecanizou todos os seus pontos de franquia em todo o mundo de forma que cada ponto pode produzir um produto uniforme.
  • Centros cirúrgicos, departamentos de manutenção de aeronaves, escritórios de contabilidade, empresas de correios entre outras organizações onde a precisão, segurança e responsabilidades claras são valorizadas, são organizações capazes de implementar enfoques mecanicistas.

Forças e Limitações da Metáfora da Máquina

Pontos positivos da visão mecanicista:

  • Quando existe uma tarefa continua a ser desempenhada – Funciona adequadamente com processos rígidos;
  • Quando o ambiente é suficientemente estável para assegurar que os produtos oferecidos sejam os apropriados - ambiente sem mudanças abruptas;
  • Quando se quer produzir sempre exatamente o mesmo produto;
  • Quando a precisão é a meta;
  • Quando as partes humanas da máquina são submissas e comportam-se como foi planejado que façam – Ambiente controlado.

Pontos negativos da metáfora

  • Cria formas organizacionais que tenham grande dificuldade em se adaptar a circunstâncias de mudança;
  • Desemboca num tipo de burocracia sem significado e indesejável;
  • Tem consequências imprevisíveis e indesejáveis à medida que os interesses daqueles que trabalham na organização ganhem precedência sobre os objetivos que foram planejados para serem atingidos pela organização;
  • Tem um efeito desumanizante sobre os empregados, especialmente sobre aqueles posicionados em níveis mais baixos da hierarquia organizacional;
  • Não são planejadas para inovação (máquinas tem um proposito único e repetitivo);
  • Falta de flexibilidade e capacidade de ação criativa para circunstâncias de mudanças que pedem diferentes tipos de ação e resposta;
  • Quando novos problemas surgem, são frequentemente ignorados porque não existem respostas já prontas fabricadas;
  • Comunicação interdepartamental e coordenação são pobres, pois, as pessoas tem visão míope do todo (são orientadas para se preocuparem com o seu ‘terreno’);
  • As pessoas são treinadas para não ter visão questionadora, o que gera a perda de oportunidade de incentivar o espírito inovador e criativo da equipe em geral.

Conclusão

Enxergar a organização a partir da física, engenharia como máquina e seus funcionários como peça.  Padronização, rotinização para produtividade, eficiência. Faz com que a empresa olhe muito para dentro porquê da produtividade, não olhe pra fora do seu organismo, mesmo que isso gere efeitos colaterais por exemplo para o ser humano.  O que adianta ter uma máquina eficiente e não olhar para fora.

Metáfora do Cérebro

Processamento, análise de informações para tomada de decisões.

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