Resumo do Livro Cabeça Bem-Feita
Por: Querzia Azevedo Araujo • 11/4/2020 • Resenha • 1.071 Palavras (5 Páginas) • 912 Visualizações
Resumo do livro: A cabeça bem-feita - Edgar Morin Cap. 01 a 05
Capítulo 01: Os desafios
O capitulo inicia nos trazendo a problemática de nossos dias atuais: a inadequação entre os saberes escolares, a hiperespecialização, a divisão de disciplinas, os problemas e desafios da humanidade que são complexos, transdisciplinares, multidimensionais, globais, planetários. O conhecimento científico tem muita importância mediante suas contribuições, mas, atualmente ele mostra-se um problema pois não nos permite compreender a complexibilidade e as interações entre as partes e o todo, não nos permite um conhecimento holístico, não permite uma compreensão dos problemas essenciais.
Por sua vez, os problemas essenciais necessitam de sua compreensão na totalidade, de modo expansivo e complexo o contexto planetário. A forma de ensino atual nos traz uma fragmentação do conhecimento, não instiga a reflexão por parte dos estudantes. Uma reforma na educação é necessária para que através de um novo método de ensino o estudante possa obter aptidão para contextualizar e integrar. O saber deve ser passado de modo a permitir uma capacidade de contextualização de informações enfrentando a expansão desenfreada do saber e, desse modo proporcionar uma releitura, um novo método que seja mais eficaz para o ensino e educação.
O desafio cultural vem com a proposta de reparar a divisão que existe entre a cultura das humanidades e culturas científicas humanizando o saber e proporcionando um “diálogo” que permita compreender o destino humano, o destino da ciência e em relação as questões vida e mundo possibilita agregar conhecimento sobre estes.
O desafio sociológico traz uma rápida análise da condição humana atual e a necessidade da informação e informação artificial na relação humanidade-mundo. A informação tem grande contribuição para a sociedade, mas precisa ser utilizada de modo adequado para não neutralizar o pensamento pois, este é o bem mais precioso da sociedade.
O desafio cívico está diretamente ligado a percepção global e sendo enfraquecida reduz o senso de responsabilidade dos indivíduos. A distribuição de tarefas especializadas enfraquece a solidariedade afetando as relações com os demais membros da sociedade. O surgimento de experts para lidar com os problemas é dotado de incompetência mediante o surgimento de influências externas ou novo acontecimento sobre o qual não tem conhecimentos da totalidade e como agravante o cidadão perde o direito ao conhecimento e isso interfere diretamente na compreensão do global e fundamental causando assim um déficit democrático. A perda do conhecimento não pode ser suprida pelo conhecimento científico logo, é necessária a construção de uma democracia cognitiva. Uma reforma do pensamento também é imprescindível para conter o fluxo incontrolável de informações e proporcionar a obtenção das informações necessárias para o desenvolvimento da capacidade reflexiva.
No tópico o desafio dos desafios nos remete a reflexão, a um meio de resolução dos problemas enfrentados. É necessária a unificação na compreensão desses desafios vendo estes de forma interdependente. Assim, “a reforma do ensino deve levar à reforma do pensamento, e a reforma do pensamento deve levar à reforma do ensino”.
Capítulo 02: A cabeça bem-feita.
Inicia com uma citação de Montaigne: “mais vale uma cabeça bem-feita que bem cheia”. Afirma que uma cabeça bem-feita dispõe de aptidão para compreensão de problemas e que é necessário princípios organizadores que propiciem a ligação dos saberes de modo a trazer-lhe um sentido. A educação é vista como o ponto chave para a obtenção de resolução de problemas e estimulação da inteligência geral e essa inteligência só pode ser obtida através da curiosidade que proporciona “repensar o pensamento”.
A aptidão para organização dos conhecimentos ocorre fundamentalmente por uma cabeça bem-feita “trabalham” de forma simultânea as operações de ligação e de separação, de análise e de síntese. Apesar disso, as relações de entre partes e todo, operações de ligação e síntese não são suficientes para o desenvolvimento do ensino pois consequentemente geram uma acumulação de conhecimento desconexa.
Desde a década de 60 ocorre uma revolução das recomposições multidisciplinares de forma emergencial na ideia de sistema proporcionando uma articulação de diferentes disciplinas como na ecologia, nas ciências da Terra e na Cosmologia favorecendo um diálogo entre a cultura das humanidades e da cultura científica. Mas ainda falta uma recomposição dos aspectos humanos, entre as ciências humanas e da vida.
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