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Resenha do livro Cabeça Bem-Feita de Edgar Morin

Por:   •  5/11/2018  •  Bibliografia  •  492 Palavras (2 Páginas)  •  512 Visualizações

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Gabriel Robert Gomes

Resenha do livro Cabeça Bem-Feita de Edgar Morin

Ao início do capitulo se tem uma reflexão de Lichnerowicz, que faz uma crítica ao modo como os profissionais de hoje são formados, sendo-lhes transmitida uma visão muito limitada e presa à apenas uma forma de pensamento e ação. Tal frase simplifica o intuito geral deste livro e principalmente do capitulo. Assim como o intuito geral do livro é refletir sobre a maneira como ocorre a reforma do ensino, tendo como foco principal os indivíduos participantes no processo de ensino e aprendizagem, ou seja, os professores e alunos, se procura fazer uma reflexão aprofundada sobre os modos como se pode reformar e tornar o ensino algo realmente focado na sociedade e no individuo como um todo.

Não possuir uma visão do todo, faz com apenas se parcele os problemas, demonstrando que aquilo que era para responder os questionamentos, acaba se tornando o fator complicador e gerador de mais dúvidas. Percebe-se uma crítica muito forte acerca da maneira como o ensino ao invés de corrigir os desenvolvimentos inadequados acaba se adequando a eles. Sendo importante ressaltar que o saber excessivo e mal organizado acaba por suprir o conhecimento que já possuímos, ao qual existe a necessidade de aprofundamento, porém, que não ocorre, destinando-o ao desuso completo;

 São levantados três desafios, dos quais o primeiro é o cultural que se refere a divisão em humanística e cientifica. A humanística foca em se aprofundar no lado humano já a cientifica em separar as áreas do conhecimento, na qual ambos se veem como sendo algo incompleto. O segundo desafio é o sociológico, mais voltado para os pensamentos e ações do ser humano em sociedade, sendo o conhecimento o bem mais precioso da humanidade, tornando a sua constante atualização e modificação completamente necessária. E por último possuímos o desafio cívico, que remete a crítica sobre como as decisões que atingem a sociedade como um todo são colocadas em prática e resultado que irá ocorrer no meio social como um todo.

O segundo capítulo deste livro muda o foco do autor para a questão filosófica a diferença primordial entre o que é possuir conhecimento e o que é possuir entendimento. Inicialmente se deve instigar o desenvolvimento da inteligência geral através do exercício ligado a dúvida, pois, tal exercício pode levar o indivíduo a chamada “serendipididade”, sendo está a transformação de fatores tidos como insignificantes em algo que possa trazer mudanças significativas para a história.

Enfatiza-se o uso da filosofia como meio de descobrimento e questionamento quando possui uma relação junto aos desafios apontados anteriormente. Para que se possua um bom entendimento é necessária uma organização do conhecimento, se tornando ao final do processo um imperativo da educação.

Neste mesmo capitulo é levantado o fator problema que deve ser resolvido, sendo ele uma maneira de transformar o que gera as barreiras que impedem de se chegar ao conhecimento. Ao mesmo tempo que se pensa localmente é necessário se pensar no todo, e assim vice-versa.

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