SENNETT, Richard - O declínio do homem público - cap 11 e 12
Por: Carol Thomé • 29/2/2016 • Dissertação • 785 Palavras (4 Páginas) • 741 Visualizações
FICHAMENTO PI II
- SENNETT, Richard - O declínio do homem público - cap 11 e 12
- RESUMOO
- Para se retratar um modo de vida de uma determinada época já passado, pode se utilizar de imagens. Essas imagens podem despertar um certo saudosismo, e isso pode ser considerado perigoso , pois ele produz no indivíduo uma aceitação dos males do presente, comparando com o passado.
“Não compus esse quadro do surgimento e do declínio da cultura pública secular a fim de suscitar saudosismo, e sim para criar uma perspectiva a respeito das crenças, das aspirações e do mitos da vida moderna que parecem ser humanos, mas que de fato são perigosos.”
Hoje, se acredita que todos os males da sociedade moderna, são provenientes da falta de interação humana, do isolamento, da alienação, e da frieza. Se acredita que os relacionamentos sociais de qualquer tipo são autênticos apenas por haver uma ideologia de intimidade, onde quanto mais próximo o indivíduo estiver das preocupação interior de uma pessoa, mais real é essa interação.
“A crença na aproximação entre as pessoas como um bem moral é, em verdade, o profundo deslocamento que o capitalismo e a credibilidade secular produziram no século passado. Por cauas desse deslocamento, as pessoas procuraram encontrar significações pessoais em situações impessoais, em objetos e nas próprias condições objetivas da sociedade.”
As pessoas tentam buscar algum príncipio de ordem e razão em si mesmas e em outras pessoas, principalmente familiares. No desejo de aproximação entre seres humanos na verdade se busca secretamente uma estabilidade, repouso e permanência.
Numa relação humana, quando não se obtém essa estabilidade, a tendência é culpar o relacionamento, ao invés de reconhecer que havia algo de errado com as expectativas não declaradas. Se o relacionamento, naturalmente, se transforma, há um sentimento de confiança traída, quando na verdade, essas relações exigem transformação.
“A aspiração de se desenvolver a personalidade através de experiências de aproximação com outros tem uma pauta similar. A crise da cultura pública do último século nos ensinou a penar na aspereza, nos contrangimentos e nas dificuldades que contituem a essência da condição humana na sociedade como arrasadores.”
O desenvolvimento da personalidade de cada indivíduo é, hoje em dia, baseado no quanto podemos fazer ligações com o outro e absorver similaridades.
“(...) quanto mais as pessoas conceberem o domínio politico como oportunidade para se revelarem umas às outras, compartilhando de uma personalidade comum, coletivo, tanto mais serão desviados do uso de sua fraternidade para transformarem as condições sociais.”
Neste caso, manter a comunidade se torna um fim em si mesmo, a expulsão daqueles que não pertencem à ela se torna a própria atividade da comunidade.
Os principais males da sociedade, provém do declínio da vida pública, uma vez que as pessoas só podem ser sociáveis quando de certa forma possuem algum privação uma das outras.
Para que haja uma interação eficaz entre as pessoas, se deve adotar algumas forma de comportamento, tais como as do século XVIII, onde o domínio público e o espaço privado eram equilibrados.
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