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Trabalho e Sociedade

Por:   •  20/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.735 Palavras (19 Páginas)  •  230 Visualizações

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SÃO PAULO,

2013

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO        

1 TRABALHO E SOCIEDADE        

1.1 Origem do Trabalho e as Comunidades Primarias        

1.2 Relação de Trabalho e Escravidão        

1.3 Feudalismo – Uma Nova Formação Econômica        

1.4 O Surgimento do Capitalismo        

1.5 Conflitos entre Burguesia e Proletariado: O Socialismo        

2 TRANSFORMAÇÕES CONTEMPORÂNEAS        

2.1 As Mudanças Socioeconômicas        

2.2 As Revoluções Industriais        

2.3 A Tecnologia no Mercado de Trabalho e o Temor do Desemprego        

2.3 Relações Humanas: O Início da Quarta Revolução        

3 POBREZA E DESIGUALDADE SOCIAL        

3.1 Pobreza        

3.2 A Desigualdade Mundial        

3.3 Desigualdade Social no Brasil        

3.4 Extrema Desigualdade        

3.5 A Desigualdade como Produto das Relações Sociais        

3.6 As Classes Sociais        

3.7 A Luta de Classes        

CONSIDERAÇÕES FINAIS        

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        

INTRODUÇÃO

O trabalho pode ser definido como a execução de tarefas que requerem o esforço mental e físico com o intuito de produzir mercadorias e serviços que atendam os anseios humanos.

 Por muito tempo o trabalho foi considerado pelas pessoas como sendo algo maçante e punitivo, algo a que as pessoas teriam que se sujeitar para conquistar seus objetivos. Sua origem etimológica justifica esse julgamento histórico. O significado da palavra trabalho provém do latim tripalium (três paus) – um instrumento utilizado para subjugar animais e forçar os escravos a aumentar a produção. Um instrumento de tortura.

A palavra espalhou-se pelo mundo, adaptou-se às diversidades sociais, culturais e históricas e acabou remetendo-nos a um substantivo abstrato, sinônimo de sofrimento, agonia e tormento. Mas uma coisa não podemos descartar, que o trabalho, em todas as culturas, é a base da economia.

De um modo bem materialista a atividade assalariada é constantemente relacionada à sobrevivência do trabalhador, o que reduz todas as ações humanas a meras motivações de ordem econômica.

Uma das constantes analises sobre o assunto é identificar o momento em que o trabalho deixou de ser uma atividade de ordem inferior e passou a ser observado como um importante fator de transformação para a sociedade. Suas implicações são tão abrangentes que determinam não só o estilo de vida econômica mas também o comportamento, o conhecimento e as ideologias sociais.

1 TRABALHO E SOCIEDADE

1.1 Origem do Trabalho e as Comunidades Primarias

O trabalho é uma necessidade intrínseca à humanidade e sem ele o mundo onde hoje vivemos não existiria. Surgiu como método de sobrevivência, em que os homens primitivos passaram a utilizar seus músculos e posteriormente equipamentos/artefatos rudimentares para a obtenção de seu sustento. No entanto, as habilidades humanas eram insuficientes para disputar o alimento com os grandes predadores do mundo animal, tampouco com as intempéries da natureza.

O trabalho em comum podia afiançar a obtenção de recursos imprescindíveis à vida. Essa associação de pessoas proporcionava também a propriedade comunitária dos meios de produção e cada membro da comunidade recebia uma porção da produção conforme sua necessidade e ninguém sobressaia-se sobre outro membro. Surge a sociedade[1].

Com a melhoria dos métodos de produção, a capacidade humana de progredir, de melhorar os métodos outrora utilizados e o desenvolvimento de forças produtivas põe por terra o regime de comunidade, provocando diversas mudanças sociais:

  • A separação da pecuária da agricultura;
  • O surgimento do escambo[2];
  • A decomposição das tribos em famílias que se converteu em unidades econômicas separadas; e
  • A concentração do trabalho nessas unidades econômicas, dando inicio à propriedade particular.

1.2 Relação de Trabalho e Escravidão

Sujeitar, obrigar a realização de algo através da força, escravizar. A escravidão surgiu no mundo como um anseio do homem de facilitar o seu trabalho. Ao aperfeiçoar os seus instrumentos e criar hábitos para a sua produção, a mudança do sistema primitivo das comunidades para as unidades econômicas, e o desprezo pelo trabalho físico, indigno aos homens livres, permitiu que os homens distinguissem os direitos e obrigações de cada membro da sociedade. Um belo exemplo dessa discriminação social é o Código de Hamurábi, conjunto de leis escritas da civilização babilônica que dividia a sociedade em três classes, os de homens livres, a camada intermediária (funcionários públicos) e os escravos.

O trabalho contínuo proporcionado pelo regime de escravidão e a utilização da força dos animais em maior proporção permitiu a construção de obras grandiosas. No entanto, o trabalho quase de graça obtido pelos senhores, donos de escravos, colocou-os numa situação cômoda e estes perderam o interesse de aperfeiçoar as técnicas de produção, e os escravos não tinham interesse no seu trabalho, ocasionando o esgotamento do regime escravista. Este esgotamento e as barreiras das relações de trabalho encontradas pelo desenvolvimento levaram os escravos a protagonizar uma revolução social que teve também o envolvimento da população livre que pertenciam aos segmentos mais pobres da sociedade e que, acompanhada das péssimas politicas econômicas dos imperadores romanos e das invasões germânicas, culminou na decadência do Império Romano.

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