Violência e vulnerabilidade Social
Por: Júlia Abreu • 1/12/2015 • Projeto de pesquisa • 862 Palavras (4 Páginas) • 1.165 Visualizações
IESB- Instituo Superior de Ensino de Brasília
CURSO : Serviço Social
DISCIPLINA: Estudo de territórios urbanos e rurais no Brasil
DISCENTE: Sergio Coutinho
DOCENTE: Júlia Abreu
MATRICULA: 15111150062
RESUMO
Bibliografia: FERREIRA, Ignez Costa; VASCONCELOS, Ana Maria ; PENNA ,Nelba de Azevedo. Artigo cientifico; Violência urbana: a vulnerabilidade dos jovens da periferia das cidades.
Dentre dos diversos aspectos que envolvem a questão do direito à cidades, um dos aspectos mais prolixos e preocupante é a questão da violência urbana nas periferias , principalmente. Está ocorrendo um verdadeiro massacre da juventude (em sua maioria de 15 a 29 anos) nessas zonas. Boa parte dessa problemática pode ser descrita, por se tratarem de zonas de vulnerabilidade social. Parar que essas possam ser denominada de vulnerabilidade são necessários alguns requisitos, que serão mencionados logo a seguir.
Nesse presente estudo faz-se um esforço na busca de explicação para a violência, propondo o enfoque territorial da problemática. Para tanto se faz necessário uma breve referência à formação do território nas cidades e a relação do mesmo com a criminalidade.
As diferenças sociais, econômicas, culturais e etc. se especializam e, assim, se forma o território, ao mesmo tempo em que se criam os respectivos espaços dos processos sociais responsáveis por tais diferenças. Essa espacialização é por si só, a expressão de uma relação entre as diferenças sociais e o território.
A localização de atividades ou pessoas no território depende das condições que o território apresenta e do poder de escolha dos grupos, da sua maior ou menor liberdade de escolha e das condicionantes sociais desse grupo: resumindo, quanto mais elitizado, mais liberdade de escolha e vice-vesa tranado-seentão de uma questão de espacialização. O padrão de ocupação do território alimenta essas diferenças e vai além delas: leva à segregação sócio-espacial e à periferização que são fatores de exclusão e significam menos oportunidades de inserção da população. Daí o aumento dos riscos da exclusão e dificuldade de inserção. Isso configura a injustiça espacial. Tratando-se ainda de uma forma de exclusão e opressão simultaneamente.
Territórios que tem por formação um processo de urbanização excludente, com desigualdades sociais e econômicas, especialmente num contexto de forte concentração de renda e de poder. Nesses locais observa-se a segregação, e é onde que a violência se manifesta em todos os seus aspectos: omissão do estado, quebra do contrato social, falta de acesso à saúde, à cidadania, à instrução, à formação profissional, ao mercado de trabalho, à segurança e às infra-estruturas urbanas.
Nesses locais que são marcados pela ausência do estado e das instituições públicas, abandonados pela lei e onde o contrato social é rompido, abrigo da população excluída socialmente e espacialmente periferizada, o crime organizado se instala e vai ganhado força na comunidade, recrutando crianças e jovens para construir seus exércitos. “Onde o estado não chega, o crime toma de conta.” E com isso a consequência é um aumento significativo da violência.
Os autores do estudo concluem que:a vulnerabilidade resultaria da interação entre as condições apresentadas pelo território (estrutura de oportunidades/riscos) e as características sociais, econômicas, culturais e políticas da população do lugar (seus ativos sociais, seus potenciais, sua inserção ou exclusão, periferização e ou segregação).
De acordo com uma mapeamento da moradia dos jovens de 15 a 29 anos vitimados por homicídio na Área Metropolitana de Brasília, em 2004, mostra um padrão de localização no espaço urbano,no qual o risco ao homicídio é consideravelmente menor no centro e adjacências e aumenta em locais específicos da periferia da Área Metropolitana.
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