12 anos de escravião - Resenha

O filme 12 anos de escravidão, baseado em fatos, conta a história de Solomon Northup, um negro livre que morava no norte americano, casado, tinha dois filhos e era violinista. Um dia foi chamado para se apresentar em um circo, porém no último dia ele foi acorrentado e vendido como escravo aos senhores de terras do sul. É um filme angustiante, com muitas cenas de violência física e psicológica, onde os negros escravos sofrem o que de pior pode se imaginar. Nessa época, tinha-se o pensamento que negro só servia para trabalhar, não é a toa que Solomon, quando virou escravo, não podia contar que alfabetizado.

O filme nos mostra muitas desigualdades raciais, onde fica explícito na cena em que um “escravo” branco colhe apenas 32 kg de algodão (o ideal para um homem seria 90 kg) e não sofre nenhum tipo de castigo e ainda ganha uma motivação moral do seu senhor. Já Solomon colhe 72 kg e por isso recebe um castigo com açoitamento.

Mesmo com essas desigualdades, o filme nos mostra uma vontade de manter a igualdade de gênero. O ator Brad Pitt, que interpreta Samuel Bass, é um personagem que tem sua fala baseada nas ideias de Martin Luther King. Frases como “não existe justiça, nem integridade na escravidão”, “a verdade universal é que brancos e negros são iguais”.

Bass fica indignado porque o senhor de escravo oferece bebida a ele porque é branco, e não oferece melhores condições de trabalhos aos negros, Bass afirma que algumas décadas depois os negros terão os mesmos direitos que os brancos, e quem castigou durante a escravidão vai ter que pagar na justiça seus atos. Segundo Bass, os negros são humanos e são iguais aos brancos diante dos olhos do criador.

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