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A CONSTRUÇÃO DA SUBJETIVIDADE NA FAMÍLIA

Por:   •  5/11/2017  •  Monografia  •  25.225 Palavras (101 Páginas)  •  323 Visualizações

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO PRÓ - REITORIA ACADÊMICA[pic 1]

MESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA

LINHA DE PESQUISA: CONSTRUÇÃO DA SUBJETIVIDADE NA FAMÍLIA

FAMÍLIA: PEÇA FUNDAMENTAL NA RESSOCIALIZAÇÃO DE ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI?

FERNANDA VALÉRIA GOMES DOS SANTOS

RECIFE

2007


[pic 2]


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO PRÓ -  REITORIA ACADÊMICA[pic 3]

MESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA

LINHA DE PESQUISA: CONSTRUÇÃO DA SUBJETIVIDADE NA FAMÍLIA

FAMÍLIA: PEÇA FUNDAMENTAL NA RESSOCIALIZAÇÃO DE ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI?

FERNANDA VALÉRIA GOMES DOS SANTOS

Dissertação a ser apresentada à Banca Examinadora da Universidade Católica de Pernambuco, como exigência parcial para a obtenção de titulo de mestre em Psicologia clínica, sob orientação da Professora Doutora Albenise Oliveira Lima.

2007


[pic 4]


DEDICATÓRIA:

Dedico aos meus pais, pessoas que tanto amo. Reconheço que sem os seus incentivos, esforços, dedicação e paciência, tudo seria  mais difícil.

A professora Albenise, que foi e é algo bem mais do que orientadora, com sua dedicação, cordialidade e sabedoria me ajudou a galgar caminhos acadêmicos.


AGRADECIMENTOS

A DEUS,

muito obrigada! Por cada instante, por poder vivenciar momentos de crescimento e deslumbrar este presente que é a vida.

À minha família,

base de tudo. O verdadeiro pilar da minha caminhada. Aos meus pais que acreditaram em mim, mesmo quando isso foi posto em prova nas mais diversas circunstâncias. Sem os meus familiares, o meu arrimo, o resultado seria inexpressivo.

Aos meus amigos: perto ou distante; de trabalho ou de estudo,

meu muito obrigada! Amizades, essas que vão além das palavras, do limite da paciência, do afronte do desespero e da angústia, mas que com a finalização de cada etapa do projeto, sorrisos e lágrimas de alegria foram expressados com amor e amizade incondicionais. A Rômulo Félix de Lima (in memorian), que está presente em contínuas lembranças.

muito obrigada! O incentivo foi essencial no caminho percorrido.

Ao Juiz Doutor Humberto Vasconcelos

pelo incentivo, apoio, acessibilidade e por acreditar na proposta da pesquisa. Minha sincera gratidão e admiração pela força, coragem e persistência no seu trabalho.

À Universidade Católica de Pernambuco, a Valdice Dantas e aos meus chefes Leonardo Alexandre Vieira Peretti e Teresa Cristina Guimarães Faria,

Pelo apoio a minha retomada profissional, pela compreensão, amizade e disponibilidade na permissão da organização dos horários.


Às famílias e adolescentes

muito obrigada pela disponibilidade, pronto atendimento e disposição em atender-nos, em permitir ter acesso e um pouco do conhecimento dos seus universos. Desejo que algum dia, possamos contemplar uma sociedade não utópica, mas uma sociedade que ofereça oportunidades de crescimento a todos.

Aos profissionais,

por demonstrarem boa vontade e contribuir de forma significativa a pesquisa. O meu mais profundo respeito e admiração a vocês que lutam com determinação, coragem, dedicação, altruísmo e criatividade.

À Brígida Taffarel,

Pelos conselhos e indicações realizadas que se tornaram importantes à realização do trabalho.

Ao Professor Jorge Cândido e à Professora Núbia,

pela disponibilidade em me ajudar quando mais necessitava.

Ao Pe. Paulo Meneses e Renata Baduel,

Pelos constantes incentivos que se fizeram presentes durante a caminhada de estudo.

Ao meu amigo Cícero Floresta e minha amiga Fátima Gonçalves,

pelas calorosas e ricas discussões,além da amizade incondicional.

A Erlon, Silvio Cavalcanti e Valter Avelar,

Pelo apoio, pontuações e colaboração.

Aos meus colegas de mestrado, especialmente Érika Galindo, Glauce Barrêto, Marcos Andrade, Silvana Molina, Suzana Sofia e Tatiana Carvalho.

Pelas oportunidades que tivemos de desfrutar de companheirismo, de aquisições teóricas e respeito.

Aos professores do mestrado,


Sinto—me bastante grata por ter compartilhado momentos de aprendizagem, os quais foram enriquecidos não só com embasamentos teóricos, mas, com afeto, disponibilidade e atenção.

À professora Zélia Melo e Fátima Vilar,

Pelas valorosas contribuições pontuais e seus atendimentos quando mais se faziam necessários.

À Professora Celi Taffarel

Na sua pronta disponibilidade em me atender. Pessoa que aprendi admirar na vida acadêmica.

Por último, mas muito importante e significativa, à minha orientadora – Albenise Oliveira

A paciência, a confiança e o equilíbrio foram primordiais ao meu crescimento como mestranda e como profissional. A esta professora agradeço, por mostrar caminhos imprescindíveis à minha trajetória profissional, e por poder compartilhar momentos difíceis como também, os descontraídos.


RESUMO

Adolescentes em conflito com a lei e a vulnerabilidade social das suas famílias têm sido amplamente discutidos no cenário acadêmico, político e social. Também, tem se tornado comum, em debates, o exacerbado envolvimento de adolescentes com práticas infracionais, a visão estigmatizada da sociedade sobre os adolescentes e o aumento vertiginoso do número de reincidências. Diante dessa realidade, este estudo se propõe trabalhar as questões pertinentes à ressocialização do adolescente em conflito com a lei, e teve por objetivo: compreender a contribuição da dinâmica familiar no processo de ressocialização e na manutenção desse processo em adolescentes que cometeram atos infracionais. Os participantes da pesquisa foram constituídos por dois grupos. Dez profissionais, entre eles psicólogos, orientadores sociais, assistente social e pedagogo, que trabalham na medida de Liberdade Assistida. E dez famílias de adolescentes que haviam recebido progressão de medida para a Liberdade Assistida. Os instrumentos para a coleta de dados foram compostos de uma entrevista semidirigida e de um questionário criado pela pesquisadora a partir dos objetivos da pesquisa. A metodologia é de natureza qualitativa, tendo em vista que esta permite a descrição de fenômenos em um contexto. As análises dos dados mostraram que as várias facetas da ressocialização de adolescentes em conflito com a lei são vivenciadas numa realidade permeada pela precariedade, não só econômica, mas também de vínculos, calcados na violência, na provisoriedade e na instabilidade, perpassados por aspectos psicossociais como estigmatização e culpabilização. Diante desses aspectos, parece que a revolta da família constitui expressão de demonstrar inconformidade diante das condições de existência e de tratamentos recebidos. A coexistência desses fatores, dentre outros, acrescidos da dificuldade dos familiares em lidar com seus filhos, o uso de substâncias psicoativas e o envolvimento com amigos que exercem influência perniciosa, parecem favorecer a permanência do adolescente no mundo delituoso. Porém, quando os familiares apóiam efetivamente os seus filhos em condutas socialmente aceitas educando-os, estes expressam o desejo de mudança, retomando aos estudos e afastando-se de amigos que possam contribuir para o retorno à prática infracional,  investindo  inclusive, em curso profissionalizante.

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