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A Disciplina de Sociedade e Desenvolvimento Humano

Por:   •  13/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.150 Palavras (5 Páginas)  •  238 Visualizações

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UNIVERSIDADE COMUNITARIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ

 

Cleison Iago Bellei Foppa

Disciplina de Sociedade e Desenvolvimento Humano

 

 

Síntese sobre a Imigração e Migração, a colonização italiana no sul e oeste de Santa Catarina

 

Com a situação que se encontrava a Itália, com o país totalmente por potencias políticas, econômicas e militares da época. Até as revoltas e movimentos separatistas buscando a unificação da Itália a partir de 1848, chegando ao ápice em 1970 com a conquista de Roma. Após a unificação o país continuava fundamentalmente rural, e a economia muito dependente das poucas industrias, latifúndio e de e exploradores.

Na crescente crise agrícola que se alastrou pela Europa em 1880, com o país agora unido, tentava uma manobra distribuindo terras a pequenos proprietários com a intenção de produzir e pagar uma porcentagem ao Reino. Porem, a Itália continuava no obsoleto e falho sistema feudal, pagando altíssimos impostos a coroa. Em função disso e problemas na colheita, muitas terras antes cedidas foram confiscadas nos próximos dez anos. Com essa população agora despossuída, e lembrando que a Itália era essencialmente rural, os problemas se agravaram.  

Porem, muito antes em 1808, com a chegada de Don João VI no Brasil em decorrência a invasão Napoleônica, escoltado por britânicos trazendo consigo todo o tesouro português. E, com o grande apego de Don João as terra além-mar, começa um tremendo investimento para construir, desenvolver a agricultura e tornar rentável. Com isso abre-se espaço para imigrantes cultivarem terras, claro, considerando o grande auxilio da coroa portuguesa para esses virem e se instalarem em terras Brasileiras.

Primeiramente, recebiam terras gratuitamente para produção agrícola por meio de sesmarias, além de sementes, animais, auxílios e a viagem. Porem em 1850 com a criação da lei N°601, que estabelecia que o titulo das terras seria apenas obtido pela compra.  

A imigração de italianos para Santa Catarina, iniciou-se em 1836 com a criação da Colônia de Nova Itália as margens do rio Tiucas Grande. No total 186 colonos oriundos da ilha de Sardenha. Mas a grande quantidade de imigrantes italianos deu-se após 1875, com uma grande propaganda emitida pelo Brasil em terras Italianas que continuava em crise.  Agora sendo a colonização sendo repassada para os estados e respectivamente para as colonizadoras privadas, com o intuito de “misturar” as raças por conta da massiva presença de imigrantes alemães já instalados na região sul.

 

Trazidos pela Companhia Metropolitana, muitos italianos agora eram desembarcados as margens catarinenses e deslocados ao norte com maioria alemã e ao sul ainda não muito ocupado. Esses desembarques no leste catarinense duraram menos de 15 anos, em decorrência da dissolução do contrato com a companhia que era responsável pela imigração e acomodação dos colonos, passando agora ao Estado que não continha fundos para bancar com novas colônias, apenas mantendo as já estabelecidas.

Quanto a imigração de italianos para o Oeste Catarinense onde se encontramos, e que são minhas raízes familiares. Decorreu em função de problemas, esclarecidos abaixo:  

“O tamanho reduzido do lote colonial, o crescimento demográfico, e o esgotamento rápido do solo, quando não a crise de colocação de produção, fizeram com que já por volta de 1910 se iniciasse a migração para o Alto UruguaI”  

9 DE BONI, LUIZ A. e COSTA, Rovilio. Os Italianos do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Vozes, 1982. p. 70.  

Esses problemas ocorridos nas colônias do Rio Grande do Sul, que levou o deslocamento das famílias ao Oeste Catarinense.E também, pelo crescimento das colônias chegando ao Alto Uruguai. Porem a vida dos colonos era limitada, pelo esgotamento do solo e divisão de bens para filhos, que na época era comum um grande número de filhos para suprir a necessidade de trabalho basicamente.

O desenvolvimento da colonização no Oeste Catarinense, deu-se por uma parceria entre as colonizadoras e o próprio governo local, que incentivaram a colonização das terras aproveitadas. Também, a Guerra do Contestado, que estabeleceu os limites do estado catarinense com sua vitória, intensificando entre 1930 a 1950, surgindo as primeiras cidades e cultura regional que temos hoje, muitas trazidas do Rio Grande como o chimarrão e outras desenvolvidas aqui mesmo com o passar das gerações. E é claro, essa migração deu-se também a boa fama da região por sua fartura de água e terras produtivas. Porem, como era uma região recém ocupada, não havia escolas, hospitais, centros comerciais e estradas, dificultando muito a vida dos colonos nos primeiros anos. A imprensa também foi um grande meio que impulsionou a colonização da nossa região, fazendo propagandas sobre a terra e suas vantagens. Publicadas em muitos jornais da serra gaúcha, que se espalhavam entre os colonos que influenciavam seus parentes antigos vizinhos para acompanha-los na colonização do Oeste Catarinense.

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