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A Doença Como Perigo

Por:   •  18/8/2022  •  Projeto de pesquisa  •  516 Palavras (3 Páginas)  •  90 Visualizações

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Síntese: Livro “A Doença”

A doença como perigo

Em sua obra, A Doença, Berlinguer argumenta sobre doenças, e como têm sido consideradas

ameaças à humanidade desde a antiguidade, tomadas como perigo iminente. Nesse sentido,

destacam-se como era a realidade daqueles acometidos por alguma doença, como os que

precisavam de assistência psiquiátrica cujo diagnóstico era de irrecuperabilidade.

Vale destacar a idéia de contagio e contaminação, que segundo o texto “Abordagens

contemporânea do conceito saúde” de Carlos Batistella, ate meados do XIX as doenças eram

relacionadas ao tato e ao olfato – devido à associação da lepra com contato/contagio e da

peste com as alterações atmosféricas. Nesse sentido, Berlinguer descreve situações de

pessoas com doenças como a lepra, que tinha que lidar com a doença, com o julgamento e

preconceito alheio, além do abandono em leprosário. Mesmo com o avanço cientifico o medo

em relação aos doentes continua.

Outro assunto abordado foi acerca da polícia médica, que empregava o conceito de

‘periculosidade social’ sob o pretexto de intervir nas enfermidades, buscava-se controlar os

cidadãos, política e socialmente, através da segregação de pessoas doentes. Nesse período a

medicina destacava-se mais por seu cunho punitivo, e menos pelo curativo, a conduta dos

médicos era voltada mais aos julgamentos morais e menos ao enfrentamento da enfermidade.

Ademais, no inicio da era moderna, os hospitais eram lugares onde aliviava muito sofrimento,

mas ao mesmo tempo existiam segregações, onde pessoas doentes eram aprisionadas para

não contaminar a sociedade. Simultaneamente, aconteciam os primeiros testes em hospitais,

aos quais os pacientes serviam de objetos para as experiências dos médicos, desse modo os

tratamentos experimentais e inadequados tornaram-se mais perigosos que as próprias

doenças. Nessas condições os pobres eram usados como cobaias para tratamento bemsucedido nos ricos .

O autor conclui com questões de como poderia ser enfrentada a doença como perigo, e

certamente não seria ignorando-as Pois, traria grandes danos tanto para o enfermo quanto

para sociedade. No entanto, a forma como isso era tratado era desumano, isolar, segregar,

tirar pessoas de convívio social não era correto, eles tratavam a doença e não os doentes,

agindo de forma individualizada, questão

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