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A EQUOTERAPIA

Por:   •  2/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.303 Palavras (6 Páginas)  •  263 Visualizações

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EQUOTERAPIA

A Equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de Saúde, Educação e Equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiência e/ou de necessidades especiais (ANDE, 1999).
A equoterapia emprega o cavalo como agente promotor de ganhos a nível físico e psíquico. Esta atividade exige a participação de corpo inteiro, contribuindo assim, para o desenvolvimento da força muscular, relaxamento, conscientização do próprio corpo e aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio.
Ela é indicada para dificuldades de aprendizagem na área de leitura, escrita, matemática, compreensão e expressão. Também se aplica a distúrbios de comportamento tais como: dificuldade de socialização e/ou limite, intolerância à frustração, agressividade, baixa-estima, psicose, autismo, hiperatividade e estresse. 
É utilizada nos atrasos de desenvolvimento psicomotor global, nas dificuldades motoras tais como: hipertonias, hipotonias, déficit de equilíbrio, entre outros, nas deficiências auditivas e visuais, nas seqüelas de AVC, e em algumas patologias ortopédicas. A equoterapia também tem um impacto sobre a parte psicológica no que tange, principalmente, a questão da formação de vínculo e a percepção de um mundo externo.
Um pequeno aparte sobre a dinâmica de uma sessão de equoterapia: Quando o praticante chega para uma sessão, ele vem para andar a cavalo. Assim toda terapia é feita de maneira lúdica e os objetivos são trabalhados sem que o praticante se aperceba ou se incomode.
Este trabalho de equoterapia é elaborado por toda a equipe interdisciplinar, de acordo com as necessidades e potencialidades de cada paciente.
Mas você deve está se perguntando, porque se utiliza o cavalo? O cavalo é utilizado com fins terapêuticos, devido a sua docilidade, porte, força, por se deixar montar, com isso, estabelecer um vínculo importante com o praticante. Esse praticante é levado a acompanhar os movimentos do cavalo, tendo que manter o equilíbrio e a coordenação, para movimentar-se dentro dos seus limites juntamente com o animal.
O movimento tridimensional (para cima e para baixo, para um lado e outro, para frente e para trás) e multidirecional do cavalo é extremamente semelhante ao movimento do andar humano, levando impulsos ao corpo e ao cérebro do praticante, fazendo com que haja uma resposta do mesmo para manter o equilíbrio, levando com isso a uma melhora na parte motora, física e mental do mesmo.
O papel da Fisioterapia na Equoterapia tem como finalidade proporcionar ao praticante portador de deficiência, a prevenção e o tratamento de patologias, bem como a reabilitação e desenvolvimento de seu estado atual através do uso do cavalo, principalmente através do movimento tridimensional e multidirecional. 
Sendo assim o fisioterapeuta deve fazer alongamentos de MMSS e MMII, fortalecimento de tronco, MMSS e MMII, mudanças de decúbitos, treino de equilíbrio, estimulação sensório-visual, utilizar os tipos de marcha do cavalo para dá mais velocidade e exigir mais do paciente ou diminuir a velocidade para se obter um trabalho mais relaxante com os pacientes espásticos, exercícios de trazer objetos para a linha média corporal e etc. Os exercícios irão variar de acordo com a patologia e as limitações do paciente, visando sempre na melhoria da qualidade de vida.

Fisioterapia é uma ciência da Saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações genéticas, por traumas e por doenças adquiridas. Fundamenta suas ações em mecanismos terapêuticos próprios, sistematizados pelos estudos da Biologia, das ciências morfológicas, das ciências fisiológicas, das patologias, da bioquímica, da biofísica, da biomecânica, da cinesia, da sinergia funcional, e da cinesia patologia de órgãos e sistemas do corpo humano e as disciplinas comportamentais e sociais. (COFFITO) 

O fisioterapeuta
é o profissional de Saúde, com formação acadêmica Superior, habilitado à construção do diagnóstico dos distúrbios cinéticos funcionais (Diagnóstico Cinesiológico Funcional), a prescrição das condutas fisioterapêuticas, a sua ordenação e indução no paciente, bem como o acompanhamento da evolução do quadro clínico funcional e as condições para alta do serviço. Atividade de saúde, regulamentada pelo Decreto-Lei 938/69, Lei 6.316/75, Resoluções do COFFITO, Decreto 9.640/84, Lei 8.856/94.

No ambiente das terapias com equinos, a fisioterapia pode utilizar uma gama de alternativas e suas t
écnicas desde os quadros clínicos com diagnósticos mais brandos até os mais severos. Conforme Santos (2005) a terapia com equinos junto à fisioterapia utiliza o cavalo como instrumento cinesioterápico no atendimento de pessoas com necessidades especiais para uma possível melhora motora do alinhamento corporal, para o controle das sinergias globais e aumento do equilíbrio estático e dinâmico. Dentre muitos benefícios, podemos destacar os seguintes:

Melhora da postura e equil
íbrio;

Desenvolve a coordena
ção de movimentos entre tronco, membro e visão;

Estimula a sensibilidade t
átil, visual, auditiva e olfativa pelo ambiente e pelo trabalho realizado com o cavalo;

Promove a organiza
ção e a consciência corporal;

Tonifica e estimula a for
ça muscular;

Obter o ortostatismo de tronco;

Corre
ção postural, e um melhor funcionamento visceral;

Relaxamento a partir da conscientiza
ção simultânea do balanceio dos braços soltos, dos ombros e da própria respiração, de acordo com os passos do cavalo em andadura calmo;

Diminuir a espasticidade;

Estabiliza
ção da cintura pélvica para o tratamento de coreias, atetoses e ataxias;

Desenvolver a coordena
ção motora fina;

Inibir reflexos posturais t
ônicos e

Estimular a rea
ção de endireitamento.

É importante que o fisioterapeuta observe as necessidades de cada praticante e de cada família, planejando uma intervenção apropriada para cada situação. Reavaliações periódicas determinam o grau de evolução conseguido, permitindo a reprogramação do plano terapêutico.

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