TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A Empresa em rede: a cultura, as instituições e as organizações da economia informacional.

Por:   •  24/10/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.397 Palavras (14 Páginas)  •  1.772 Visualizações

Página 1 de 14

CASTELLS, Manuel. A empresa em rede: a cultura, as instituições e as organizações da economia informacional. In: A sociedade em rede. 11.ed. V.1.São Paulo: Paz e Terra, 2008. P . 209-258.

1 INTRODUÇÃO

O fichamento será apenas do capítulo três (A Empresa em Rede) do livro A sociedade em Rede de Manuel Castells.

Ao decorrer do capítulo o autor irá mostrar como a cultura, os valores e crenças influenciam nas empresas, como a tecnologia está ligada nas empresas no mundo globalizado, mostrando as vantagens das redes de telecomunicações, as alianças entre grandes e pequenas empresas, entre outros assuntos.

Além disso, o autor também irá falar sobre o toyotismo, o sistema kan-ban ou just in time que é um modelo de produção enxuta e também irá mostrar a tipologia das empresas do Leste Asiático (Japão, Coréia e China).

2 A EMPRESA EM REDE: A CULTURA, AS INSTITUIÇÕES E AS ORGANIZAÇÕES DA ECONOMIA INFORMACIONAL

Para o autor, a economia informacional é feita de cultura e instituições específicas, porém, a definição de cultura nesse contexto não deve ser considerada como um conjunto de valores e crenças conectadas a uma determinada sociedade, pois o que a caracteriza é o seu surgimento em contextos culturais diferentes. Além disso, para ele, as culturas se manifestam fundamentalmente por meio da sua inserção nas instituições e organizações ( p.209).

O surgimento da economia informacional global se caracteriza pelo desenvolvimento de uma nova lógica organizacional que está relacionada com o processo atual de transformação tecnológica, mas não depende dele. São a convergência e a interação entre um novo paradigma tecnológico e uma nova lógica organizacional que constituem o fundamento histórico da economia informacional (CASTELLS, p.210).

2

2.1 TRAJETÓRIAS ORGANIZACIONAIS NA REESTRUTURAÇÃO DO CAPITALISMO E NA TRANSIÇÃO DO INDUSTRIALISMO PARA O INFORMACIONALISMO

Segundo o autor, depois da crise dos anos 70, surgiram novas formas organizacionais a partir das preexistentes, que haviam sido deixadas de lado pelo modelo clássico de organização industrial, para renascer nas exigências da nova economia e nas possibilidades oferecidas pelas novas tecnologias. Ademais, de acordo com Castells, várias tendências organizacionais evoluíram do processo de reestruturação capitalista e transição industrial (p.211).

2.1.1 Da produção em massa à produção flexível

Segundo Piore e Sabel (apud CASTELLS,p.211) a primeira grande mudança em relação as organizações, foi a mudança de produção em massa para a produção flexível, fordismo ao pós-fordismo .

"O modelo de produção em massa, era caracterizado pelas linhas montagem, princípio adotado por Henry Ford e conhecida como organização científica do trabalho" (p.212).

"O sistema de produção flexível surgiu quando os mercados ficaram mundialmente diversificados e quando o ritmo da transformação tecnológica tornou obsoletos os equipamentos de produção com um objetivo único" (PIORE e SABEL 1984 apud CASTELLS, p.212).

A forma de gerenciar nas décadas de 1980 e 1990 colocou outra forma de flexibilidade: a dinâmica, segundo Cariat, ou a flexível em grande volume, proposto por Cohen e Zysman, também demonstrada por Baran para caracterizar a transformação do setor de seguros (BARAN,1985, COHEN e ZYSMAN,1987, CARIAT,1990 apud CASTELLS, p.212).

2.1.2 A empresa de pequeno porte e a crise da empresa de grande porte: mito e realidade

São feitas várias afirmações sobre esse assunto, cada autor tem uma específica. 3

Segundo Piore e Sabel (1984); Birch (1987) ; Lourenz (1988) apud CASTELLS p.213, a crise da empresa de grande porte é consequência da crise da produção em massa, e o renascimento da produção artesanal personalizada e da especialização flexível é mais bem recebido pelas pequenas empresas.

Já para Bennett Harrison (1994, apud CASTELLS p.213) as empresas de pequeno e médio porte na maioria das vezes continuam sob o controle financeiro, comercial e tecnológico das grandes.

Entretanto, segundo Schiatarella (1984, apud CASTELLS p.213) os pequenos negócios superam as grandes empresas em criação de empregos, margens de lucros, investimento per capita, transformação tecnológica, produtividade e valor agregado.

Com isso, o autor, Castells, conclui que tanto é verdade que as empresas de pequeno e médio porte parecem ser formas de organização bem adaptadas ao sistema produtivo flexível da economia informacional, como também que seu renovado dinamismo surge sob o controle das grandes empresas, as quais permanecem no centro da estrutura do poder econômico na nova economia global.

2.1.3 "toyotismo" : cooperação gerentes-trabalhadores, mão-de-obra multifuncional, controle de qualidade total e redução de incertezas

O grande sucesso das empresas japonesas de automobilismo em produtividade e competitividade, se deve ao toyotismo, opondo-se ao fordismo e adaptando-se a economia global e ao sistema produtivo flexível ( MCMILLAN,1984; CUSUMANO, 1985, apud CASTELLS, p.214).

De acordo com o autor, alguns elementos desse modelo são bem conhecidos, como o sitema kan-ban ou just in time, no qual os estoques são eliminados ou reduzidos, existe um controle de qualidade total dos produtos ao longo do processo produtivo com o objetivo de não ter nenhum defeito e melhor utilização de recursos. Além disso, existe um envolvimento dos trabalhadores no processo produtivo por meio de trabalho em equipe, iniciativa descentralizada, maior autonomia para a tomada de decisão no cão de fábrica, recompensa para as equipes e hierarquia administrativa horizontal.

Também, segundo Castells (p.215) esse modelo funciona bem nas empresas japonesas da Europa e Estados Unidos, sendo que muitos dos seus elementos foram 4

adotados com sucesso por fábricas norte-americanas (GM-Saturn) e alemãs (Volkswagem).

Além disso, o economista japonês Aoki, afirma que a organização do trabalho é a chave do sucesso das empresas japonesas.

Ikujiro Nonaka, propôs um modelo para representar a geração de conhecimentos na empresa chamado “empresa criadora de conhecimentos” , que para ele, baseia-se entre os conhecimentos explícitos e os conhecimentos táticos na fonte de inovação.

2.1.4 Formação de redes entre as empresas

Segundo

...

Baixar como (para membros premium)  txt (23.7 Kb)   pdf (136.3 Kb)   docx (19.8 Kb)  
Continuar por mais 13 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com