A Instrumentalidade Do Serviço Social
Trabalho Escolar: A Instrumentalidade Do Serviço Social. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: biancabruno12345 • 9/11/2014 • 2.303 Palavras (10 Páginas) • 1.198 Visualizações
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 DESENVOLVIMENTO 4
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 8
REFERÊNCIAS 10
1 INTRODUÇÃO
O homem para compreender sua vida cotidiana em seu momento atual necessita recuperar seus antepassados, suas Histórias de vida pessoal e familiar. No aspecto profissional entre as profissões também há esta necessidade. Então o trabalho foi idealizado a partir desta premissa, ou seja, compreender a trajetória Histórica do Serviço Social nas últimas décadas.
Contudo, foi necessário também elaborar uma análise Histórica e crítica da prática do Assistente Social no Brasil, analisando seu objeto de trabalho a questão social ao longo do tempo até chegar a sua modernização e atualização, pois se estudou que a profissão nasceu para amenizar os males sociais e melhorar sua condição de vida dos trabalhadores, excluídos socialmente por via de práticas pautadas no conhecimento técnico, político e social.
Assim, a prática profissional do Asistente Social desde sua origem foi de intervenção, porém de formas diferenciadas ao longo do processo histórico, sendo neste ítem a descrição desta trajetória acadêmica, como argumenta fraga (2010, p.50):
[..] O Assistente Social tem uma ação profissional que se tece no dia a dia dos usuários, na particularidade de suas vidas, conforme a mesma autora explicita, transita entre demandas, carências e necessidades que se constituem de ações múltiplas. Sendo assim, esse profissional é desafiado a superar-se constantemente, reconhecendo a realidade sócio-histórica em que vive e trabalha, tornando-se protagonista da construção do projeto ético-político da categoria, que deve assegurar a ampliação da liberdade, ser atuante na consolidação da democracia, garantindo a todos os sujeitos maior equidade e justiça social, enfrentando as contradições e desigualdades socialmente produzidas.
Na intenção de compreender como se insere o profissional de Serviço Social neste cenário, identifica-se a oportunizarão deste profissional é muito amplo, mas ao mesmo tempo particular, pois precisa ir do singular para a totalidade objetivando contribuir para materialização do projeto ético-político da categoria profissional, subsidiando a ação deste junto às equipes interdisciplinares e multiprofissionais que encontram no mercado e a margem também.
2 DESENVOLVIMENTO
O trabalho teve como objetivo refletir sobre a origem Histórica da profissão, os avanços, as demandas atuais e a contribuição para o desenvolvimento da profissão, também na perspectiva de apresentar o panorama do processo de institucionalização vivido pelo Serviço Social no Brasil.
Recapitulando a História, no final do Século XIX e início do século XX, começou a superação da caridade para a busca da cientificidade da profissão, conforme os momentos Históricos abaixo trabalhados.
Na Conferência Nacional da Caridade e Correção, ocorrida em 1897, em Toronto, Mary Richmond, integrante da Organização da Caridade de Boltimore, propôs que se criasse uma escola para o ensino da Filantropia aplicada, elegendo o inquérito como instrumento principal para a realização do diagnóstico social e tratamento.
A partir deste evento houve grandes e significativos desmembramentos que impulsionaram a criação da primeira Escola de Serviço Social em 1908, na Inglaterra; posteriormente foram criadas em Paris, duas outras escolas: uma em 1911, de orientação católica, e outra em 1913, de orientação protestante.
A influência de Mary Richmond foi marcante em todo processo do desenvolvimento do Serviço Social. Enfatizando a prática social individual da assistência, quase sempre realizada mediante o inquérito domiciliar.
Bogado, apud Martinelli (1991, p.109), afirma que: “O diagnóstico social ocupava para ela um papel de destaque e o caminho para obtê-lo era o inquérito realizado no próprio domicílio das pessoas, de preferência”. Tal instrumento possui grande eficácia ate os dias atuais, através de visitas domiciliares è possível uma maior aproximação com a realidade em que o profissional esta atuando.
Assim, nos primeiros cursos o principal objetivo foi o preparo para visitadoras domiciliares. Através desta iniciativa que o Serviço Social americano iniciou suas primeiras atividades na esfera pública. Neste contexto, um dos dilemas postos foi à denominação da atividade desenvolvida pelos agentes sociais. O uso das expressões ação social bem-estar social, assistência social, beneficência, caridade e filantropia aplicada obstruíam o significado da natureza de sua ação. Desta forma, o termo indicado por Richmond, desde a criação da Escola de Filantropia Aplicada, era a do trabalho social (social work), que, por sua vez, era muito bem aceito pela burguesia e pelo estado, pois denotava uma forma de almejar a aceitação dos trabalhadores para uma prática que não legitimavam.
A caminhada do processo de organização desta categoria começou a alavancar em passos largos; assim em 1920, funda-se, em Nova York, a Associação Nacional de Trabalhadores Sociais, agremiação de natureza corporativista voltada para a organização, representação e defesa da categoria. Ao longo do tempo e como fruto de seu próprio desenvolvimento, veio a acoplar a Sociedade de Organização da Caridade, que deixou de existir com essa denominação a partir da década de 1940.
Na década de 60, principalmente no período de (1961 a 1964), marcado por forte agitação política, impulsionando a categoria de profissionais tanto brasileiras como da América Latina a repensar suas práticas, então pautada no modelo desenvolvimentista, que já ocasionava muitas frustrações nos setores de trabalho social, inclusive levando-os ao engajamento político da época:
Dar à prática da assistência social o título de trabalho social’ mostrava-se útil à burguesia, pois a ajudava a ratificar a idéia, na classe trabalhadora, de que era uma prática criada para atender ao trabalhador e à sua família e de que o agente profissional também era um trabalhador. Bogado apud Martinelli (1991, p.115)
Assim, o Assistente Social é aquele que planeja, busca recursos materiais, humanos e financeiros para projetar ações, e estratégias para o enfrentamento, das expressões da questão social,
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