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A Natureza Do Serviço Social

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Por:   •  6/5/2014  •  677 Palavras (3 Páginas)  •  688 Visualizações

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Os assistentes sociais, em diversas oportunidades se debatem em torno de duas concepções, duas teses sobre a natureza e o processo da gênese do serviço social. Assim, forma-se um tripé “políticas sociais/ gênese do serviço social/ legitimação” apresenta uma relação lógica histórica que nos permite situar cada tópico em uma ou outra posição, em certa harmonia com as respectivas concepções sobre as demais temáticas.

O que aqui estamos considerando é duas teses sobre três fenômenos referidos ao período da criação e do surgimento dessa profissão. Que eles tenham repercussões na pratica e no debate do serviço social contemporâneo é uma realidade, mas também é verdade que a evolução da profissão da sua pratica, da sua produção teórica, do seu instrumental técnico operativo, da sua postura e participação nas instituições publicas, e o surgimento de novas organizações empregadoras de assistentes sociais, tudo isto permite distinguir e distanciar a profissão na atualidade demarcada na sua gênese. Poucos espaços relevantes têm sido ocupados por tal confronto, os quais devem ser creditados a Iamamoto e Manrique Castro (1979), Maguiña (1979) e Manrique Castro (1993). As analises que os diferentes autores de cada uma destas perspectivas realizaram sobre a gênese do serviço social e suas derivações foram desenvolvidas. Em geral, em contextos espaço-temporais diferentes.

Existem duas teses, claramente opostas, sobre a gênese do serviço social. Estas se enfrentam como interpretações extrema sobre o tema, sendo que, tal como foram formuladas, se constituem em teses alternativas e mutuamente excludentes. A perspectiva endogenista é a primeira das teses, ela sustenta a origem do serviço social na evolução, organização e profissionalização das formas anteriores de ajuda, da caridade e da filantropia, vinculada agora à intervenção da questão social. Os principais representantes desta tese que podemos destacar são: Herman Kruse, Ezequiel Ander-Egg, Natálio Kisnerman, Boris Alexis Lima, Ana Augusta de Almeida, Balbina Ottoni Vieira, José Lucena Dantas, etc.

Numa perspectiva teórico-metodológica semelhante, José Paulo Netto (1992) contribui para esta tese, afirmando que é na intercorrência de conjunto de processos econômicos, sociopolíticos e teórico-culturais que ocorrem na ordem burguesa, no capitalismo da idade dos monopólios, que se gestam as condições histórico-sociais que permitem a emergência do serviço social como profissão na Europa.

Surge a análise de autores sociais coletivos, constituídos a partir de segmentos socioeconômicos e políticos, e formando parte de um contexto, como os verdadeiros protagonistas. O contexto emoldurado pelas lutas de classes em torno de projetos de sociedade antagônicos, na etapa monopolista do capitalismo, se apresenta aqui como o marco explicito do surgimento do serviço social. Para poder compreender clara e historicamente as condições de surgimento da profissão do serviço social, é necessário aprender a particularidade presente no serviço social como um produto histórico, a partir de uma perspectiva de totalidade. Não obstante, é necessário reconhecer a participação e a opção consciente, mesmo que ser acrítica e ate ingênua, dos primeiros agentes profissionais. Os assistentes sociais legitimaram com suas ações aquela identidade atribuída passa a ser uma identidade própria.

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