A Pratica Do Assistente Social
Trabalho Escolar: A Pratica Do Assistente Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: paula32 • 18/9/2014 • 2.095 Palavras (9 Páginas) • 815 Visualizações
A prática do assistente social: conhecimento, instrumentalidade e intervenção profissional.
A instrumentalidade no serviço social
“... são os objetivos profissionais que definem que instrumentos e técnicas serão utilizados- e não o contrário...” .
Instrumentalidade e linguagem
É fundamental que o assistente social use a norma culta da língua portuguesa já que é um profissional de nível superior. E também para haver uma comunicação eficiente com os usuários dos serviços e empregadores.
Os instrumentos de trabalho diretos ou “face a face” realizados junto ao usuário são:
• Observação participante;
• Entrevista individual e grupal;
• Dinâmica de grupo;
• Reunião;
• Mobilização de comunidades;
• Visita domiciliar;
• Visita institucional.
Os instrumentos de trabalho indiretos ou “por escrito”
São usados após os instrumentais diretos. É o registro do trabalho realizado. A partir desse registro outros profissionais e instituições poderão realizar intervenções. Daí a importância da clareza da mensagem para não deixar dúvidas. Também em decorrência desses é possível o profissional fazer uma reflexão de sua prática. Eles são:
• Atas de reunião;
• Livros de registro;
• Diário de campo;
• Relatório social;
• Parecer social.
• Entendemos por instrumentalidade a concepção desenvolvida por Guerra (2000) que, a partir de uma leitura lukacsiana da obra de Marx, constrói o debate sobre a instrumentalidade do Serviço Social, compreendendo-a em três níveis: no que diz respeito à sua funcionalidade ao projeto reformista da burguesia; no que se refere à sua peculiaridade operatória (aspecto instrumental-operativo); e como uma mediação que permite a passagem das análises universais às singularidades da intervenção profissional.
• A dimensão técnica-instrumental do Serviço Social sempre teve um lugar de destaque, seja do ponto de vista do afirmar deliberadamente a necessidade de consolidação de um instrumental técnico-operativo “específico” do Serviço Social (falamos aqui em especial da tradição norte-americana, que teve forte influência sobre o Serviço Social brasileiro, sobretudo entre os anos 40 e 60), seja no sentido de afirmar o Serviço Social como um conjunto de técnicas e instrumentais – em outras palavras, uma tecnologia social. Em outros momentos, no sentido de atribuir à instrumentalidade do Serviço Social um estatuto de subalternidade diante das demais dimensões que compõem a dimensão histórica da profissão.
• O Serviço Social se constitui como profissão no momento histórico em que os setores dominantes da sociedade (Estado e empresariado) começam a intervir, de forma contínua e sistemática, nas consequências da “questão social”, através, sobretudo, das chamadas políticas sociais. Segundo Carvalho & Iamamoto (2005), o Serviço Social é requisitado pelas complexas estruturas do Estado e das empresas, de modo a promover o controle e a reprodução (material e ideológica) das classes subalternas, em um momento histórico em que os conflitos entre as classes sociais se intensificam, gerando diversos “problemas sociais” que tendem pôr a ordem capitalista em xeque (Netto, 2005).
• O Serviço Social surge na história como uma profissão fundamentalmente interventiva, isto é, que visa produzir mudanças no cotidiano da vida social das populações atendidas – os usuários do Serviço Social.
• No momento de sua emergência, o Serviço Social atua nas políticas sociais com funções meramente executivas, também chamadas de funções terminais. A concepção e o planejamento das políticas sociais ficavam ao cargo de outras categorias profissionais e dos agentes governamentais.
• O Movimento de Reconceituação do Serviço Social, com toda a diversidade que lhe foi próprio, criticou duramente essa divisão, e proporcionou um aprofundamento teórico-metodológico (principalmente a partir do diálogo com a tradição marxista e, sobretudo, com a obra marxiana) que possibilitou à profissão romper com esse caráter meramente executivo e conquistar novas funções e atribuições no mercado de trabalho, sobretudo do ponto de vista do planejamento e administração das políticas sociais.
• A partir de então, entramos no período em que os autores contemporâneos da profissão chamam de “maturidade acadêmica e profissional do Serviço Social” (Netto, 1996).
• Iamamoto (2004), após realizar uma análise dos desafios colocados ao Serviço Social nos dias atuais, apontou 03 dimensões que devem ser do domínio do Assistente Social: Competência ético-política, Competência teórico-metodológica e Competência técnico-operativa.
• Se no cotidiano da prática profissional o Assistente Social não se atualiza, não questiona as demandas institucionais, não acompanha o movimento e as mudanças da realidade social, estará certamente fadado ao fracasso e a uma reprodução mecânica de atividades, tornando-se um burocrata, e, sem dúvidas, não promovendo mudanças significativas seja no cotidiano da população usuária ou na própria inserção do Serviço Social no mercado de trabalho.
• Se atuar no e sobre o cotidiano das populações menos favorecidas é um componente fundamental do Serviço Social, é com vistas a transformações nesse cotidiano que a prática profissional deve se dirigir.
• Qualquer situação que chega ao Serviço Social deve ser analisada a partir de duas dimensões: a da singularidade e a da universalidade. É na relação entre a universalidade e a singularidade que se torna possível apreender as particularidades de uma determinada situação. (método de investigação dialético).
• A diferença entre método de investigação e metodologias de ação põe uma reflexão fundamental para quem se propõe a construir uma prática profissional competente e qualificada: são os objetivos profissionais
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