ANTEPROJETO DE PESQUISA
Por: Gabriel Mota • 13/7/2018 • Artigo • 1.864 Palavras (8 Páginas) • 172 Visualizações
ANTEPROJETO DE PESQUISA
Exercício desenvolvido como avaliação na disciplina
- Identificação do aluno
Nome completo do aluno: | Gabriel Matheus mota dos santos |
Área de conhecimento na qual se insere a proposta de pesquisa: | ( ) Ciências Humanas ( X ) Ciências Sociais Aplicadas ( ) Interdisciplinar / multidisciplinar ( ) Outra. Qual? ________________________________________________ |
- Identificação da pesquisa
Título provisório: | A refiliação como uma nova chance para quem vive na rua. |
Eixo temático escolhido | ( ) Perspectivas e desafios da gestão pública contemporânea ( x ) Gestão social e desenvolvimento local ( ) Questões econômicas e a gestão pública ( ) Planejamento e gestão governamental na Bahia ( ) Estudos Universidade – Sociedade ( ) Políticas públicas e democracia ( ) Avaliação, informação e políticas públicas ( ) Direito e gestão pública ( ) Questões administrativas e organizacionais na gestão pública |
Tema: | Problemas sociais, Indivíduos em situação de rua. |
Pergunta de pesquisa: | Como as estratégias de ressocialização do albergue anjinhos do asfalto ajudam os indivíduos em situação de rua a se reinserir na sociedade 2017-2018? |
Objetivo geral: | Analisar o processo de refiliação dos indivíduos em situação de rua |
Objetivos específicos: | Compreender como o processo de refiliação é importante para os indivíduos em situação de rua, com base nos seus relatos. |
- Anteprojeto
Introdução
Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), estima que existam aproximadamente 100 mil indivíduos vivendo em situação de rua no Brasil. Esse número cresce cada vez mais, sendo fruto da exclusão social e, em parte, do desinteresse do governo que mesmo com projetos como Bolsa Família; Minha Casa, Minha Vida e Pronatec que visam à diminuição dos problemas sociais existentes no país. No entanto, o esforço para diminuir os problemas sociais não vem surtindo efeito, já que os mesmos continuam a crescer, sendo do fruto do aumento do Desemprego, alcoolismo, e desavença com parentes e consumo de drogas. Então, muitos desses indivíduos em situação de rua vivem na pobreza absoluta, em condições miseráveis, não tendo o mínimo ou o suficiente para suprir suas necessidades. Segundo a Constituição Federal de 1988 (CF/88).
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
Portanto, pode-se afirmar que pessoas em situação de rua têm o mesmo direto que qualquer outra pessoa.
Partindo desse princípio de igualdade, esta pesquisa enfoca Salvador que é uma das maiores capitais do país com uma população superior a 2,6 milhões de habitantes, sendo que desta população aproximadamente 22 mil pessoas vivem em situação de rua, que este trabalho visa responder à seguinte pergunta: Como as estratégias de ressocialização do albergue anjinhos do asfalto ajudam os indivíduos em situação de rua a se reinserir na sociedade 2017- 2018? A pesquisa será elaborada através de entrevista com indivíduos que estão e estavam em situação de rua, tendo como objetivo analisar como o processo de ressocialização os ajudou na sua reinserção na sociedade.
- Breve revisão bibliográfica (até 500 palavras)
Nos dias atuais onde tudo e visto registrado e compartilhado, devemos voltar o nossos olhos para a população que vive em situação de rua que por muitas vezes passam despercebidos pela maioria da população, e buscar uma reflexão sobre as estratégias que são utilizadas na ressocialização dessa minoria.
Antes de reinseri os indivíduos em situação de rua na sociedade e preciso fazer o resgate de sua autoestima, do sentimento de pertencer:
A revalorização de potencialidades, o resgate da autoestima, o estimula à organização, cuidados com a higiene e saúde e o enfrentamento de situações diversas, entre as quais se destacam: as situações de perdas sucessivas, os vínculos familiares prejudicados ou mesmo desfeitos e a própria necessidade de encaminhamento para tratamento na área da saúde. (ARRÁ, 2009, p 25)
Já que esses sentimentos de pertencer foram perdidos com o processo de desfiliação:
O indivíduo ao não cumprir o compromisso social nas relações de trabalho, É excluído pela sociedade, sendo marginalizado com a perda de seus direitos sociais e reduzido a uma pessoa estragada e diminuída, reclassificado em outra categoria social: o vagabundo, o preguiçoso, bêbado, sujo, perigoso, coitado, mendigo, pedinte, entre outros termos, nascendo o estigma. [...]
“as pessoas nos veem como bichos, se a gente pede comida, ficam com medo pensando que a gente vai assaltar, correm da gente...”
“... ou então nos tratam pior que cachorros, nem olham pra nós...” “... e quando cai a noite nem durmo direito com medo de tocarem fogo na gente, de bater, quem nem... quer ver? Até PM bate na gente, sem a gente fazer nada!” (KANO, GERGUL, IKEDA E QUEIROZ 2008).
Esses relatos deixam evidenciam a forma que a sociedade vê os indivíduos em situação de rua, sendo muitas vezes classificados como anormais tidos muitas vezes como vagabundos e/ou inúteis. O processo de refiliação é o principal pilar do processo de ressocialização, mas também é preciso cuidar do estado físico dos indivíduos, como diz Honório (2016) “outra característica peculiar presente na população em situação de rua, como a fragilidade de seu estado físico e mental, principalmente, naqueles em que se encontram há muito tempo vivendo nas ruas a gravidade desses problemas é ainda maior”, para que após a recuperação física e mental dos indevidos eles sejam reinseridos na sociedade.
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