AS METAMORFOSES DO GOVERNO REPRESENTATIVO
Por: Gouveia Rodrigues • 7/12/2018 • Ensaio • 490 Palavras (2 Páginas) • 266 Visualizações
De acordo com Manin, como ocorre o processo de influência dos "meios de comunicação de massa" e da "comunicação política" no contexto das democracias do público, ou seja, como a relação entre a opinião pública dos representados e dos representantes é afetada.
O distanciamento entre o sujeito que é representado e o sujeito que representa é uma adição ou subtração de valores; assim, em alguma medida podemos dizer que a representação política está fundamentada em parte na desconfiança em outra parte na confiança, embora, vejamos, o surgimento de um novo formato de governo representativo tenha sido entendido pelos estudiosos (analistas) como um “progresso”, um “avanço” do estado de direito democrático. O irreversível aconteceu com a forma de representação, a vontade da massa se estendia ao voto. E com isso declina o parlamentarismo. Este avanço hoje se fragiliza os alicerces da democracia e em grande parte com a contribuição dos “meios de comunicação de massa” e outra como diz Manin “as pessoas votam de modo diferente” cada eleição é uma outra maneira que pensa sua forma de votar, assim tendem a fazer outras escolhas, escolhas direcionadas ao sujeito do que a ideia maior que comporta uma ideologia partidária e esse movimento de afastamento considera-se como “normal” em uma democracia representativa e Manin complementa avaliando como “uma crise na representação política”. Porém, porque está distancia vem aumentando.
Na Ágora em tempos distante Platão segundo Sócrates denunciava os .... como indivíduos que exploravam os menos favorecidos das habilidades de convencimento. Homens e mulheres encantavam e desdobravam a vontade dos outros com suas retóricas, levando o público a euforia. Segundo Sócrates, Platão após ser preso teve a mesma oportunidade de convencer de que não corrompia a juventude e não adorava outros deuses. Pobre Platão, ser um homem sábio não determina ser um bom defensor de direitos. Não possuíam os gregos os poderes dos meios de comunicação, não podiam ser manipulados pela mídia, isso não livra o filosofo da morte. Platão como os modernos políticos manipula a morte, a derrota, os menos favorecidos. Assim diz Manin que as aptidões levam os políticos ao poder, não a da retórica como na Ágora, porém, pela sua “experiência no uso dos meios de comunicação de massa”. Diferentemente da Ágora a “distância entre governo e sociedade, entre representante e representado” tem aumentado substancialmente.
Segundo Manin “os canais de comunicação política afetam a natureza da relação de representação”, desta forma podemos em certa medida dizer que privilegiando determinadas configurações de poder se tornam parte aglutinante deste poder. Os partidos por outro lado esquecem suas plataformas ideológicas em detrimento da individualização política.
Concluindo, os candidatos vitoriosos não são os de mais prestígio dentro da comunidade, porém aqueles que usaram de melhor maneira os instrumentos que tinham a disposição. O afastamento do governo do povo se dá quando o resultado não expressa a vontade popular, já que a vontade popular é manipulada pelos meios de comunicação e pulverizado na ideia da opinião pública de lugar melhor.
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