Ajuda na Fala das Crianças Autistas Pelo Fonoaudiólogo
Por: Juliacmvianna • 22/5/2023 • Artigo • 2.080 Palavras (9 Páginas) • 113 Visualizações
A AJUDA DO FONAUDIOLÓGO COM CRIANÇAS AUTISTAS NA FALA.
A terapia da fala pode ser uma forma eficaz de ajudar crianças autistas a melhorarem suas habilidades de comunicação e fala. Aqui estão algumas estratégias que os terapeutas da fala podem usar para ajudar crianças autistas.
A Comunicação aumentativa e alternativa (CAA): A CAA envolve o uso de sistemas de comunicação, como imagens, símbolos ou dispositivos eletrônicos, para ajudar as crianças a se comunicarem. Isso pode incluir o uso de quadros de comunicação visual, livros de comunicação ou aplicativos de comunicação em tablets. O Reforço visual: As crianças autistas muitas vezes respondem bem a estímulos visuais. Os terapeutas da fala podem usar cartões com figuras ou palavras para ajudar as crianças a associar palavras e conceitos.
O Treinamento auditivo: Alguns terapeutas da fala usam treinamento auditivo para ajudar as crianças a desenvolverem habilidades de escuta e discriminação de sons. Isso pode incluir jogos de escuta, atividades de identificação de sons ou treinamento de consciência fonológica, A Modelagem e imitação os terapeutas da fala frequentemente modelam palavras e frases para as crianças autistas imitarem. Eles podem usar gestos, expressões faciais e entonação para ajudar as crianças a entenderem a comunicação não verbal e a desenvolverem suas habilidades de fala.
O Ensino estruturado: Muitas crianças autistas se beneficiam de uma rotina estruturada e de instruções claras. Os terapeutas da fala podem usar estratégias de ensino estruturado para ajudar as crianças a aprenderem novas palavras, frases e habilidades de comunicação, A interação social a terapia da fala também pode envolver o treinamento de habilidades sociais e de interação, os terapeutas da fala podem trabalhar com as crianças em situações de grupo ou em pares, incentivando a comunicação e a interação social, é importante lembrar que cada criança autista é única e pode responder de maneira diferente às estratégias de terapia da fala. Os terapeutas da fala geralmente adaptam suas abordagens para atender às necessidades individuais de cada criança.
A intervenção fonoaudiologia desempenha um papel importante no apoio ao desenvolvimento da comunicação e das habilidades sociais em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O objetivo principal é melhorar a qualidade de vida dessas crianças, ajudando-as a se comunicar de forma mais efetiva e a se envolverem de maneira mais significativa com o mundo ao seu redor, existem várias abordagens e técnicas utilizadas na intervenção fonoaudiologia para crianças com TEA. Algumas delas incluem:
- Comunicação alternativa e aumentativa (CAA): Essa abordagem envolve o uso de sistemas de comunicação não verbal, como gestos, sinais, símbolos ou dispositivos eletrônicos, para auxiliar na comunicação da criança.
- Treinamento auditivo: Essa técnica visa melhorar a habilidade da criança em ouvir e processar sons, o que pode ajudar na compreensão da linguagem e no desenvolvimento da fala.
- Terapia da fala: A terapia da fala inclui atividades e exercícios que visam melhorar a articulação, a fluência, a compreensão e a expressão da linguagem. A terapia da fala também pode ajudar na melhoria da interação social e no desenvolvimento de habilidades de conversação.
- Intervenção pragmática: Essa abordagem enfoca o desenvolvimento das habilidades sociais e da pragmática da linguagem, que envolvem o uso adequado da linguagem em contextos sociais e comunicativos.
- Intervenção no processamento sensorial: Muitas crianças com TEA têm dificuldades no processamento sensorial, o que pode afetar sua capacidade de se comunicar e interagir. A intervenção fonoaudiologia pode incluir estratégias para ajudar a criança a lidar com essas dificuldades sensoriais e a se engajar mais efetivamente no ambiente.
É importante ressaltar que a intervenção fonoaudiologia deve ser individualizada e adaptada às necessidades específicas de cada criança com TEA. O trabalho em parceria com uma equipe multidisciplinar, que pode incluir psicólogos, terapeutas ocupacionais e educadores, é fundamental para garantir uma abordagem abrangente e integrada no cuidado da criança, é recomendável procurar um fonoaudiólogo especializado em TEA, que possua conhecimento e experiência nessa área, para receber orientações adequadas e personalizadas para a criança em questão.
De acordo com o Diagnostic And Statistical Manual Of Mental Disorders – Fifth Edition (DSM – V) o TEA ou transtorno de espectro autista é um tipo de desordem do neurodesenvolvimento marcado por alteração na díade, seja sociocomunicativo e comportamental da criança, e engloba também déficits no funcionamento do cérebro da criança que está em desenvolvimento, acarretando assim como consequências o atraso na fala, na aprendizagem e nos seus gestos motores (SOARES, et al 2015)
Conforme a OMS (Organização Mundial de Saúde) dentro da classificação internacional das doenças o (CID -10) o TEA é um transtorno invasivo no desenvolvimento caracterizado pela apresentação no comportamento e no comprometimento nas respostas e estímulos, evidenciando assim sintomas mais específicos que estão presentes no início da infância criando assim uma seria de prejuízos na vida da criança, como o atraso na linguagem, uma pouca compreensão no discurso, o uso literal da linguagem, ecolalia, e a pouca ou nenhuma intenção de se socializar (OMS, 200) Essa nova classificação engloba distúrbios que antes eram definidos como autismo infantil ou transtorno invasivo do desenvolvimento não especifico, ou também como transtorno desiderativo da infância e o transtorno de asperger (MERGL e AZONI, 2015)
Uma grande discussão quando se fala em TEA é saber se houve um aumento estatístico na incidência e prevalência em todo o mundo. como citado por Christensen e outros. (2016) Atualmente entre os países desenvolvidos do mundo, estima-se que cerca de 1,5% das pessoas com autismo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 0,76% das crianças do mundo estavam no espectro em 2010, uma estimativa com base em pesquisas de países que representam apenas 16% da população de crianças globais. Estudos recentes mostraram que entre 2005 e em 2009, era o país com maior taxa de prevalência do mundo, sendo que a taxa de prevalência em crianças de 7 a 12 anos era de 2,64%. (KIM et al., 2011).
Dados atualizados para os EUA de acordo com XU, et al (2018) Nos Estados Unidos (EUA), entre 2014 e 2016, 2,47% das crianças com os adolescentes tendem a estar no espectro. Estimativas de dados epidemiológicos globais, 1 em 88 nascidos vivos tem TEA, afeta mais frequentemente o sexo masculino (BARBOSA & FERNANDES, 2009)
Para o autor Ferreira (2008) relatou que no Brasil faltam pesquisas que mostrem explorando a epidemiologia do TEA, mas em Santa Catarina em 2006, o autismo afeta 1,31 pessoas por 10.000 pessoas. Segundo Barbosa e Fernandes (2010) estimou que 500.000 pessoas que possuem o autismo em todo o Brasil. No parâmetro de incidência de gênero, TEA é a quarta doença mais frequente nos homens (APA, 2013) Há Várias definições de autismo são mencionadas na literatura, elas a etiologia pode ser devido a fatores genéticos, síndromes que são decorridas no período pré-natal ou fatores ambientais, criando um mistério que dificulta o diagnóstico precoce, caracterizado por doença multifatorial (CUNHA, 2010; CAMPOS, 2019)
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