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Alcoolismo E Criminalidade

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Por:   •  15/9/2014  •  419 Palavras (2 Páginas)  •  447 Visualizações

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Título: Tensões sociais no consumo de bebidas alcoólicas em Fortaleza (1915 - 1935): trabalhadores, boêmios, ébrios e alcoólatras

Autor(es): COSTA, Raul Max Lucas da

Orientador(es): NOGUEIRA, Antonio Gilberto Ramos

Palavras-Chave: Alcoolismo – Aspectos sociais – Fortaleza(CE) – 1915-1935

Alcoolismo – Aspectos econômicos – Fortaleza(CE) – 1915-1935

Bebidas alcoólicas – Consumo – Fortaleza(CE) – 1915-1935

Alcoolismo e crime – Fortaleza(CE) – 1915-1935

Conflito social – Fortaleza(CE) – 1915-1935

Alcoolismo – Fortaleza(CE) – Prevenção – 1915-1935

Alcoólatras – Fortaleza(CE) – 1915-1935

Boemia – Fortaleza(CE) – 1915-1935

Fortaleza(CE) – Usos e costumes – 1915-1935

Data de Publicação: 2009

Publicador: www.teses.ufc.br

Citação: COSTA, R. M. L. ; NOGUEIRA, A. G. R. (2009)

Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar as tensões sociais em torno do consumo de bebidas alcoólicas em Fortaleza, entre os anos de 1915 e 1935, período marcado pela intensificação do comércio de bebidas e dos discursos antialcoólicos na cidade. Elegemos como fontes de pesquisa: mensagens e relatórios oficiais, processos crimes, livros de queixas, periódicos médicos e operários, jornais, almanaques, guias, crônicas e obras literárias. Como referencial teórico e historiográfico, utilizamos as contribuições de Michel de Certeau, Roger Chartier, Michel Foucault, Henrique Carneiro, Sidney Chalhoub, Denise Sant’anna, dentre outros. Abordamos a bebida alcoólica como um objeto cultural e econômico, delineando seus modos de produção, circulação e consumo na cidade. Mapeada esta trajetória, identificamos os modos de acesso e uso das bebidas, bem como as discursividades e os conflitos sociais derivados de seu consumo. Constatamos que, beber em Fortaleza era uma prática de distinção social, referenciada no tipo de bebida consumida e nos diferentes espaços de consumo na cidade. Esta distinção era reforçada pela discursividade antialcoólica que condenava o uso da cachaça e era mais permissiva ao consumo de cervejas e de vinhos. O alcoolismo e a criminalidade eram considerados problemas afins, próprios da população pobre citadina. Na intimidade dos conflitos cotidianos, os modos de consumo alcoólico eram parâmetros decisórios nas diferenciações sociais entre o cidadão ordeiro, o ébrio habitual e o boêmio. Consideramos que beber na cidade era uma prática paradoxal, pois contrapunha os novos ideais urbanos às referências populares. A dimensão comercial e sociocultural das bebidas alcoólicas foi decisiva para as contradições médicas, jurídicas e políticas. O consumo alcoólico se apresentou como uma evidência chave dos conflitos urbanos da sociedade fortalezense em torno da distinção social e da moral civilizadora.

Referência: COSTA, Raul Max Lucas da. Tensões sociais no consumo de bebidas alcoólicas em

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