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As veias abertas da América Latina

Por:   •  19/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  858 Palavras (4 Páginas)  •  553 Visualizações

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Instituto Federal do paraná – Campus Paranaguá

Aluna: Maria Madalena Ferreira Machado Calado

Professor: Antonio Haliski

Disciplina: Política, economia e cultura na América Latina

Resenha: As veias abertas da América Latina

O presente texto foi escrito por Eduardo Hughes Galeano, jornalista e escritor uruguaio, Galeano iniciou sua carreira jornalística no início de 1960 como editor do Marcha, foi também editor do diário Época e editor-chefe do jornal universitário. Em 1971 escreveu o livro  As Veias Abertas da América Latina.

O referido texto tem como objetivo explicar os motivos que levaram ao subdesenvolvimento da América Latina, fazendo uma análise do continente desde o período de sua colonização.

Galeano procura  escrever o livro de uma forma que até as pessoas menos esclarecidas pudessem entender, de um jeito simples, usando comparações, ele busca no colonialismo o porquê de uma região de tantas  riquezas ser  um lugar de uma intensa pobreza.

Num primeiro momento, o autor, apresenta de uma forma direta o seu objetivo principal: “Há dois lados na divisão internacional do trabalho: um em que alguns países especializam-se em ganhar, e outro em que se especializaram em perder. Nossa comarca do mundo, que hoje chamamos de América Latina, foi precoce: especializou-se em perder desde os remotos tempos em que os europeus do Renascimento se abalançar pelo mar e fincaram os dentes em sua garganta. Passaram-se os séculos e a América Latina aprimorou suas funções.” (p. 17).

O autor, ao fazer esta citação quer dizer que desde o descobrimento até os dias de hoje toda a riqueza da América Latina virou capital estrangeiro, primeiro para os europeus e mais tarde para os norte-americanos.  

Com chegada de Cristóvão Colombo no “Novo Mundo”, a partir daí é relatada a monstruosidade cometida pelas forças ibéricas aos indígenas, uso da violência que com as armas que possuíam, facilitou a vitória dos  ibéricos, os nativos antes da “descoberta”  não tinham doenças e por isso não possuíam nenhuma resistência contra elas.

Também foram trazidos muitos escravos da África, os quais trabalhavam nos canaviais nordestinos, acabando com mata nativa e explorando a fertilidade do solo e assim, “o tapete vegetal, a flora e a fauna foram sacrificadas nos altares da monocultura (...)” (p. 74).

Para Galeano a forma que espanhóis e os portugueses colonizaram os territórios descobertos, sendo utilizada uma colonização de exploração e o extermínio dos indígenas, foi decisivo para dependência que segue até os dias hoje. Lembrando que toda violência e exploração desde o seu descobrimento até os dias atuais, marcam fortemente a América Latina,  percebe-se que sua colonização existiu somente para satisfazer as vontades alheias.  Galeano nos apresenta  toda a história da região, e assim leva os latinos americanos ao sentimento de revolta.

O autor relata que cidades sofreram uma exploração desenfreada, com a exploração  da prata e do ouro, e quando estes minerais acabaram,  estas cidades foram esquecidas e sucumbiram na miséria. Exemplo: Potosí, Zacatecas e Ouro Preto.

Desta forma, a América Latina é a região das veias abertas, sempre tendo seus recursos naturais sendo transformados em capital estrangeiro. Região de dura exploração, onde tudo foi tomado, desde suas matérias primas, até seus nativos e sua independência.

Toda esta barbárie contribuiu para que surgisse as revoltas contra a dominação estrangeira,  nos países como Colômbia, Guatemala e Nicarágua aconteceram fortes revoltas, mas que foram violentamente reprimidas, ocasionando milhares de mortes, as quais eram justificadas com o nome de  “bem-comum”.

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