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CIÊNCIAS POLITICAS

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Por:   •  30/10/2013  •  1.231 Palavras (5 Páginas)  •  288 Visualizações

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CIÊNCIA POLÍTICA

1. Conceito de Ciência — 2.

Naturalistas versus idealistas

(espiritualistas, historicistas e

culturalistas) — 3. A Ciência

Política e as dificuldades

terminológicas — 4. Prisma

filosófico — 5. Prisma

sociológico — 6. Prisma jurídico

— 7. Tendências

contemporâneas para o

tridimensionalismo.

1. Conceito de Ciência

De Aristóteles a Kant não se faz atenta

discriminação entre os conceitos de ciência e

filosofia.

E quase se pode dizer que a separação

conceitual pertence à idade moderna. Só se vai

tornar consciente na medida em que aumenta o

hiato entre as posições metafísica e naturalista, por

conseqüência da crise havida nos estudos filosóficos,

desde o Renascimento, quando Bacon e Aristóteles

se definiam como pólos opostos da reflexão

filosófica.

De um lado, a atitude escolástica,

espiritualista, de raízes cristãs, aristotélicas e

platônicas.

De outro, o começo da atitude que seculariza

o pensamento filosófico em escolas recentes, as

quais só chegam, no entanto, ao pleno amadurecimento

de suas teses mais professadamente

antiespiritualistas depois da abertura de horizontes

pela filosofia kantista.

Com efeito, foi a filosofia crítica que, embora

confessadamente idealista, determinou, pela

ambigüidade de interpretações a que deu lugar, os

impulsos e sugestões indispensáveis de onde saíram

concepções de todo opostas ao idealismo.

A ciência, segundo Aristóteles, tinha por

objeto os princípios e as causas.

Santo Tomás de Aquino, por sua vez, a definiu

como assimilação da mente dirigida ao

conhecimento da coisa (Summa contra Gentiles, 1 II,

cap. 60).

Viu Bacon na mesma a imagem da essência e

Wolff declarou que por ciência cumpre entender “o

hábito de demonstrar assertos, isto é, de inferi-los,

por conseqüência legítima, de princípios certos e

imutáveis.”

Tudo que possa ser objeto de certeza

apodítica é ciência para Kant.

A este conceito acrescentou outro, mais em

voga, já de todo desembaraçado de implicação

filosófica, e a que não haviam chegado, com máxima

clareza, os seus predecessores.

Com efeito, diz Kant nos Elementos

Metafísicos das Ciências da Natureza que por ciência

se há de tomar toda série de conhecimentos sistematizados

ou coordenados mediante princípios.1

Depois de Kant, com a ação intelectual dos

positivistas e evolucionistas, torna-se cada vez mais

preciso o conceito de ciência, ficando quase todos

acordes em designá-la como o conhecimento das

relações entre coisas, fatos ou fenômenos, quando

ocorre identidade ou semelhança, diferença ou

contraste, coexistência ou sucessão nessa ordem de

relações.2

A caracterização da ciência implica, segundo

inumeráveis autores, a tomada de determinada

ordem de fenômenos, em cuja pluralidade se busca

um princípio de unidade, investigando-se o processo

evolutivo, as causas, as circunstâncias, as

regularidades observadas no campo fenomenológico.

Com Spencer baqueiam todas as vacilações e

dificuldades porventura ainda existentes. Sua

fórmula de caracterização é das mais perfeitas,

simples e nítidas que se conhecem.

Há, segundo ele, três variantes do

conhecimento: conhecimento empírico ou vulgar,

conhecimento não unificado; conhecimento

científico, conhecimento parcialmente unificado e

conhecimento filosófico, conhecimento totalmente

unificado.

Com Littré a redução conceitual de Spencer

acerca dos distintos ramos do conhecimento

reaparece na bela frase que os compêndios usualmente

reproduzem: “a ciência é a generalização da

experiência, e a filosofia, a generalização da

4

ciência”.

As

...

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