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Categoria da (critica da) economia politica

Por:   •  19/11/2018  •  Resenha  •  2.972 Palavras (12 Páginas)  •  219 Visualizações

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Categoria da (critica da) economia política:

Economia política estuda as relações sociais que os homens estabelecem na produção dos bens que asseguram a manutenção e a reprodução da vida social.

Sentidos: Ontológico e reflexivo (ou intelecto)

Ontológico: Existência real, formas e modos de existência do ser social que funcionam e operam efetivamente na vida em sociedade

Reflexão: pensamento real, análise teórica; tomando consciência de algo conseguindo apreender sua estrutura fundamental (essência) a partir de sua visibilidade (aparência) quando é reproduzido no seu dinamismo e nas suas relações, através de meios conceituais, então aparecem como produto do pensamento, tomando a forma de categorias reflexivas

*o autor usa o dinheiro como exemplo de valor ontológico afirmando que existe apenas objetivamente em nossa sociedade, independente do conhecimento rigoroso (reflexivo)

 Elementos rudimentares para sobrevivência, onde gradativamente iria acontecer um desenvolvimento.

A sociedade primitiva criou os elementos responsáveis por sua dissolução, os dois mais importantes:

Domesticação de animais e o surgimento da agricultura, o que também acabou desenvolvendo os instrumento de trabalho (uso de metais) e os homens passaram a “controlar” o tempo (estações do ano), logo se acabou separando as atividades agrícolas do artesanato (cerâmica e metal), o que resultou numa produção de bens que ultrapassava as necessidades imediatas da sobrevivência dos seus membros.

Excedente econômico: diferença entre o que a sociedade produz e os custos dessa produção. Volume do excedente é um índice de produtividade e riqueza.

Revolução na vida das comunidades primitivas, penúria que o caracteriza começa a ser reduzida, aparece à oportunidade de acumular os produtos do trabalho. Surgem dois efeitos:

  • Maior divisão na distribuição do trabalho (artesanato mais especializado)
  • Produzem-se bens que, não sendo utilizados no auto consumo, destinam-se trocas com outras comunidades (mercadorias).
  • Outro lado:
  • Possibilidade de acumulação abre a possibilidade de explorar o trabalho humano, dividindo a sociedade em aqueles que:
  • Produzem os conjuntos de bens (produtores diretos)
  • Apropriam dos bens excedentes (apropriadores do trabalho)

Quando essa possibilidade (acumulação) e alternativa (exploração) se tornam efetivos, as comunidades primitivas entram em dissolução, substituídos pelo escravismo.

  • A primeira parte do texto começa falando sobre a economia política e seu objeto de estudo, que é a relação da sociedade na produção de bens e no próprio desenvolvimento e assim divide tal relação em dois sentidos (Ontológico e reflexivo) onde um existe materialmente, mas precisando ter uma noção do seu caráter reflexivo, apesar de existir exemplos onde usamos um e nem sempre o outro, como no caso do dinheiro.
  • A partir disso, Bobbio fala das primeiras relações comerciais da comunidade e sua evolução para o escravismo, através do excedente econômico, o que o próprio autor fala que foi uma “revolução na vida das comunidades primitivas”

Forças produtivas, relação de produção e modos de produção: o surgimento do excedente econômico sinalizou um enorme desenvolvimento do processo de trabalho, o que envolve os seguintes elementos:

  1. Os meios de produção: tudo aquilo que o homem se vale para trabalhar (instrumentos, ferramentas) tendo a terra como meio universal de trabalho.
  2. Os objetos de trabalho: tudo aquilo (materiais naturais brutos ou já modificados por meio do trabalho) sobre o que incide o trabalho.
  3. A força do trabalho: energia humana que no processo do trabalho é utilizada.

O conjunto desses elementos designa forças produtivas, toda essa força produtiva acaba privilegiando o crescimento da produtividade do trabalho (obtenção de um produto maior com a mesma magnitude do trabalho).

O crescimento da produtividade do trabalho é vinculado à repartição do mesmo, que existe antes mesmo do excedente econômico, com a divisão sexual sendo o primeiro a surgir. Posteriormente surgem as divisões entre artesanato e as ocupações agrícolas, num processo em que muito mais tarde resultaria na divisão cidade/campo e na grande clivagem entre atividade manual e intelectual.

Na medida em que se desenvolve a capacidade produtiva da sociedade, esta divide a produção necessária a produção de bens entre seus membros – divisão social do trabalho.

As relações de produção dependem das características dos processos do trabalho (grau de especialização, tecnologias empregadas)

E dizem a respeito ao controle ou domínio que os produtores diretos têm sobre o meio de trabalho que estão envolvidos, mas se subordinam as relações sociais de produção que são determinados pelo regime de propriedades dos meios de produção (ex: propriedade coletiva e privada)

Modo de produção: articulação entre forças produtivas e relações de produção, se dá de uma maneira complexa, pois determinado grau de relação das forças produtivas também requer relações das forças produtivas determinadas, deve haver correspondência, o que nunca é dado definitivamente, pois o modo e a relação não obedecem aos mesmos ritmos.

Forças produtivas: desenvolvimento cumulativo e intenso

Relação de produção: desenvolvimento lento

Correspondência assinalada: relações de produção favorecem o desenvolvimento das forças produtivas que resulta na transformação estrutural e substantiva do modo de produção.

  • Bobbio afirma que, após o surgimento do excedente econômico surgem alguns elementos no processo do trabalho, que são: Os meios de produção, O Objeto de trabalho e a Força do trabalho. E esses ele denomina de “forças produtivas”.  A partir disso nasce também a divisão do trabalho (com a sexual sendo a primeira a surgir) e surgem também relações de produção que passam a ser divididas pelas características do processo do trabalho.
  • Nisso tudo ele denomina o modo de produção, que o mesmo diz que não é correspondente, pois as forças produtivas andam em ritmos diferentes.

Produção, distribuição e consumo:

Centrada na produção condições materiais que permitem que a sociedade viva como tal. Produção dos bens que atendam as necessidades individuais e coletivas dos membros da sociedade, buscando compreender as relações que os homens nela estabelecem (relações que são objetos da economia política)

O trabalho humano (ação do homem sobre a natureza) cria bens que constituem valores de uso para os membros da sociedade, entende-se por valores de uso, algo que tem a finalidade e qualidade de satisfazer uma necessidade qualquer. Para que tais bens cumpram sua função eles devem ser distribuídos (repartidos) e consumidos. Valores de uso produzidos numa sociedade determinada, num lapso também determinado, é designavél como produto social global. Para ser consumido esse produto deve ser repartida entre os membros da sociedade, a distribuição consiste, pois, na forma pelo qual produto social global é dividido entre os diferentes membros da sociedade. Examinando essa relação, verifica-se:

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