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Ciência e Política: Duas Vocações

Por:   •  26/7/2019  •  Resenha  •  712 Palavras (3 Páginas)  •  204 Visualizações

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Ciência e Política: Duas vocações

WEBER, Max. Ciência e Política: Duas vocações. 21. ed. São Paulo, Cultrix, 2014. 54-124 p.

Maximillian Carl Emil Weber, também conhecido como Max Weber, é um dos principais pensadores da modernidade. Como sociólogo e economista, foi um dos precursores da chamada sociologia econômica. Buscava compreender a sociedade a partir de seus aspectos históricos e culturais, de uma forma mais complexa e integral. Boa parte dos trabalhos que ele produziu são fontes de pesquisas e estudos até os dias de hoje.

Seu livro mais lido é um ensaio chamado “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”, onde fala justamente a respeito do protestantismo e da sua relação com o surgimento do sistema capitalista. Outras obras:

WEBER, Max, (1889): A história das companhias comerciais na idade média; WEBER, Max, 1891: O direito agrário romano e sua significação para o direito público e privado;

WEBER, Max, 1895: O Estado Nacional e a Política Econômica;

WEBER, Max, 1904: A objetividade do conhecimento na ciência política e na ciência social;

WEBER, Max, 1904: A ética protestante e o espírito do capitalismo;

WEBER, Max, 1905: A situação da democracia burguesa na Rússia;

WEBER, Max, 1905: A transição da Rússia a um regime pseudoconstitucional; WEBER, Max, 1906: As seitas protestantes e o espírito do capitalismo; WEBER, Max, 1913: Sobre algumas categorias da sociologia compreensiva; WEBER, Max, 1917/1920: Ensaios Reunidos de Sociologia da Religião; WEBER, Max, 1917: Parlamento e Governo na Alemanha reordenada; WEBER, Max, 1917: A ciência como vocação;

WEBER, Max, 1918: O sentido da neutralidade axiológica nas ciências políticas e sociais;

WEBER, Max, 1918: Conferência sobre o Socialismo;

WEBER, Max, 1964. Economia e Sociedade.

O livro é constituído de duas partes, cada uma delas sobre temas que tratam da ciência como vocação e da política como vocação, sendo a segunda parte, a qual, ele trata “a política como vocação”, o alvo dessa resenha. Nesse ensaio, Weber logo inicia com a definição da política como “a direção do agrupamento político hoje denominado “Estado” ou a influência que se exerce em tal sentido” (1918, p.55), sendo esse ponto que ele vai usar para caracterizar o que hoje entendemos como Estado. Fazendo citação a Trotski, o qual, diz “Todo Estado se funda na força” (ibid, p.56), sendo esse o Estado da atual sociedade moderna que Weber se refere, no qual ele já fragmenta o toda essa política. Ele explica o poder que o Estado Moderno exerce em seu território, onde só ele tem o direito de usar da força, ou violência, para subjugar todos que não respeitarem a lei a qual eles regem. Logo, weber faz uma fragmentação de 3 tipos de legitimação dos domínios que ele julga serem puros: o tradicional, “a autoridade do “passado eterno” (..) dos costumes santificados” (ibid, p.57); O da legalidade, que representaria os servidores modernos, que está ligado a regras racionais; e por fim o carismático, que seria o que apresenta dons, os quais, tornariam ele algo a ser eleito um bom dominador. Sendo o tipo carismático o ponto de discussão desse ensaio. Weber cita os demagogos, os profetas, sendo eles a representação de líderes carismáticos, com o qual Weber acreditava ser o mais perto de uma personificação da vocação para política. Sendo os líderes carismáticos os mais presentes no Ocidente, já que aqui foi um dos lugares que mais domina esses líderes. Para completar a dominação weber, diz ser preciso meios materiais e agentes administrativos. Onde ele vai definir o que seria uma estratificação, ou a administração dos meios mateias do estado por um grupo seleto, sem esse grupo ter posse dos meios. Weber desenvolve o que seria a atual burocracia, onde o dominador, com ajuda de aristocratas, dividiram entre si o domínio desse Estado, que começaria a um desenvolvimento de empresas com movimentação e capital. Sendo a segregação da função de todos essencial para que a dominação venha a ter sucesso. Quando esse estamento obtém sucesso, iniciasse o sistema de expropriação, onde os “políticos profissionais” nascem. A partir desse sistema de um preceito econômico, ocorre a distinção entre viver para a política, dando sentido a vida nas causas, e vivendo da política. Weber diz que nem operário nem empresário capitalistas estão disponíveis para viver da política integralmente.

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