Definição de Classe Social
Por: keronlaine • 15/2/2016 • Abstract • 2.094 Palavras (9 Páginas) • 314 Visualizações
Introdução
O presente texto discorre sobre o contexto histórico no qual se institue o Serviço Social, a fim de tratar dos modos de produção que se envolvidos nesse processo. Analisa as características, principalmente, do modo de produção fordista e analisa o resultado desse padrão de vida, apresentando as consequências resultantes deste para as classes e para o então surgido Estado de Welfare State.
Na seguinte linha, analisa as características e a importância do Planejamento Estratégico e do Planejamento Participativo, trazendo seus principais pontos de relação com o Serviço Social.
Finaliza articulando os já mencionados temas, demonstrando a importância desses para a ação profissional, bem como o faz durante todo o desenvolver do texto.
Serviço Social: contexto histórico – com ênfase no modo de produção fordista – análise de planejamentos presentes na ação profissional
Conforme estudado, o Serviço Social como profissão se expande nas três primeiras décadas desse século materializado na organização do conjunto de inovações introduzidas pelo fordismo. Esse novo padrão de vida trouxe consigo o agravamento da questão social e, com isso também, a prática profissional aparece nesse processo a partir da mediação do controle social em que se inserem as práticas assistencialistas.
A assistência social, nesse momento, aparece no espaço das novas estratégias de controle social desenvolvidas pelo capital sobre o trabalho. Estratégias estas que levam as experiências assistencialistas para a nova ordem onde o trabalhador está de frente ao padrão de acumulação.
A produção fordista representou tanto a introdução de novas tecnologias, como de novos moldes de organização do processo de produção e de controle social. Podemos dizer que esse processo foi uma nova política de controle e gerenciado trabalho nos chãos das fábricas, trazendo consigo um novo padrão de consumo. Diante desse processo, o Estado está presente, na intenção de “ajudar” a sociedade, por este ser um momento de luta constante entre classes partindo da discussão principal entre as necessidades do trabalho e a ordem representada pela acumulação capitalista mediatizadas por um tipo de Estado determinado.
Neste instante, a intervenção do Estado torna-se indispensável para a legitimação da razão fordista da produção e do trabalho e para a constituição de um novo “cidadão” com valores morais e intelectuais adéquos à nova organização do processo produtivo. Dessa forma, constituí-se uma aliança de “subordinação técnica do trabalho à máquina, implementada pela supervisão externa e reforçada por novos métodos de estimular a motivação subjetiva do trabalhador.” (CLARKE, 1991).
O fordismo mostra-se como poder político nas mãos das classes dominantes usado para se combater a unidade operária e a formação do trabalhador coletivo. O homem fordiano era, agora, integrante de uma empresa como uma máquina que não se desliga para revisão, sem grandes perdas como consequência de sua não renovação. Neste contexto, enxergar o assistente social como intelectual não significa se voltar, somente, para as funções políticas da profissão e assim como não significa, também, deslocar-se da intervenção profisisonal e voltar-se para o âmbito do militantismo político.
Como resultado desse novo padrão de reprodução, surguiu a possibilidade de reordenar-se o grupo familiar, tirando do seu âmbito natural e transformando-a numa “célula de consumo”.
O novo padrão traz mudanças no núcleo familiar e o papel da mulher passa a ser o de “rainha do lar”. Assim, a mulher deixou de ser ela mesma e passou a ter a personalidade ditada pelo fordismo.
O padrão fordisma ao passo em que reforça e desenvolve a formação do operário- massa, reconhece o trabalhador como produtor-coletivo, coagindo-lhe a privatização do modo de vida, característica da sua subsistência vinda da relação salarial.
A partir dos anos 30 e 40, começou a se organizar a cultura do “bem,-estar” , na qual se destaca como marco a crise mundial do sistema capitalista e as saídas dadas à esta, pelo capital. Tal crise é considerada a primeira grande crise mundial do capitalismo, no século XX. Destacava-se, neste período, as lutas do operariado europeu contra a exploração econômica e a opressão política, o que constitue, decisivamente, a base do Estado de Bem Estar Social, conhecido como Welfare State.
O compromisso fordista resultou, também, na conscientização das classes subalternas em relação ao então vigente padrão de acumulação, que estava subordinado aos incentivos do mercado e à ideia de lucro. Assim, podemos notar o envolvimento do operariado no firmamento do compromisso fordista como prova da instituição de seus interesses. Podemos entender, conforme estudado, o movimento do proletário legitimou-se como marco da institucionalidade do Estado burguês, enquanto este Estado se firma com mais força como classista e procura ocultar a nova dominação social que ganha espaço através da regulação do Weslfare State.
O padrão de produção e de trabalho fordista inspirava-se na filosofia de Taylor e formava a base material e ideológica da produção, por meio da qual se desdobrava códigos morais de reorganização de uma nova ordem.
Tendo em vista que o Welfare State atingia os países de acordo com o grau de desenvolvimento do capitalismo, é perceptível que este “plano” sequer aproximou-se do Serviço Social Brasileiro, tanto quanto do latino americano.
Por fim, compreendemos que o enfrentamento da questão social reforçam-se nas estratégias de controle social sobre as classes subalternas, através de modalidades interventivas, voltadas para o individuo e para a integração da reforma moral.
Trazendo este contexto para o âmbito da administração do Serviço Social, é de grande importância entendermos o conceito e no que se destrincha o Planejamento Estratégico.
Planejamento Estratégico é uma das ferramentas que podem ser utilizadas pelo Serviço Social, na intenção de dar dinamicidade, organicidade e concretude à ação profissional. O uso dessas ferramentas deve se basear em valores como liberdade e igualdade, tendo como base principal, assim, a valorização da pessoa humana.
Conforme estudado, o Planejamento Estratégico e o Serviço Social se relacionam através de poder e participação. O poder é mais notado como essencialidade do Planejamento e se interliga à participação no momento em que afirma ser fundamental a participação das pessoas nos processos decisivos. A participação se apresenta como categoria fundamental
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