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Descobrir. In: A Conquista da América

Por:   •  9/9/2020  •  Artigo  •  740 Palavras (3 Páginas)  •  220 Visualizações

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  1. @ TODOROV, T. Descobrir. In: A Conquista da América. São Paulo: Martins Fontes, 2003, pp. 3-70

Descobrir

Tema central – a descoberta que o eu faz do outro, um assunto complexo com categorias e direções múltiplas, infinitas.

Problemática: o outro exterior

Gênero escolhido: história

Relato escolhido para compor a história: o da descoberta e conquista da América.

Tempo: os cem anos que seguem a primeira viagem de Colombo (séc. XVI)

Unidade de espaço: a região do Caribe e do México ou Meso América

Unidade de ação:  percepção que os espanhóis tem dos índios será meu único assunto, com uma única exceção, Montezuma e os seus.

Razões para a escolha do tema: 1° a descoberta da América, dos americanos; o encontro mais surpreendente de nossa história.

  • A viagem de Colombo pretendia alcançar riquezas (ouro): Seu percurso e traçado a partir dos indícios de existência de ouro que ele pensa encontrar.
  • Os próprios financiadores da expedição de Colombo foram motivados pelo desejo de encontrar riquezas. Contudo, o autor aponta que o ouro não é realmente a força motriz da ação de colombo. A riqueza representa a importância de seu papel de descobridor, mas teria preferido o rústico habito de monge.
  • Colombo formula-a frequentemente no diário da primeira viagem: ele queria encontrar o Grande Can, ou imperador da China, cujo retrato inesquecível tinha sido deixado por Marco Polo. A expansão do cristianismo era muito mais importante para Colombo do que o ouro.
  • Nessa lógica, Deus e dinheiro não se excluem; um o meio e o outro o fim.

Colombo Hermeneuta

Três argumentos que apoiam a convicção de Colombo: a abundância de água doce, a autoridade dos livros santos e a opinião de outros homens encontrados.

3 Esferas que dividem o mundo de Colombo: natural, divina e humana.

3 impulsos para a conquista: humana (a riqueza), divino, ligado a apreciação da natureza.

  • Colombo não acredita unicamente no dogma cristão: acredita também (e não e o único na época) em ciclopes e sereias, em amazonas e homens com caudas, e sua crença, tão forte quanto a de São Pedro, permite que ele os encontre.
  • as crenças de Colombo influenciam suas interpretações (ideias preconcebidas).
  • A experiência concreta está ali para ilustrar uma verdade que se possui, não para ser investigada.
  • Interpreta os sinais da natureza conforme seus interesses
  • Não se trata de procurar a verdade, e sim de procurar confirmações para uma verdade conhecida de antemão.
  • acha que as terras são ricas, pois deseja ardente mente que o sejam; sua convicção e sempre anterior a experiencia.
  • Os negros e os papagaios são, portanto, considerados como sinais (provas) de calor, e este último como sinal de riqueza.
  • Interpretação finalista versus empirista
  • Uso de superlativos para caracterizar a natureza
  • A observação atenta da natureza conduz a três direções diferentes: a interpretação puramente eficaz, quando se trata de assuntos de navegação; a

interpretação finalista, em que os sinais confirmam as crenças e esperanças que se tem; e, finalmente, a esta recusa de interpretação que e a admiração intransitiva da natureza, a submissão absoluta a beleza, onde se gosta de uma arvore porquê e bela, porque e, e não porque poderia ser utilizada como mastro de um navio, ou porque sua presença promete riquezas.

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