Diferenças Fisher X Mises
Artigos Científicos: Diferenças Fisher X Mises. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: diegoorocha • 14/7/2013 • 644 Palavras (3 Páginas) • 285 Visualizações
Mises x Fisher
a mais importante lacuna detectada por Mises foi a análise da moeda. É verdade que os “austríacos” tinham conseguido analisar os pre-
ços relativos, tanto os dos bens de consumo como os de todos os fatores
de produção. Mas, desde o tempo dos economistas clássicos, a moeda
sempre ocupara um compartimento à parte, não sujeito à mesma aná-
lise aplicada ao restante do sistema econômico. Tanto os fundadores
da Escola austríaca quanto os demais neoclássicos da Europa e dos
Estados Unidos, aceitavam essa separação. assim a análise da moeda
e do “nível de preço” foi ficando cada vez mais dissociada da análise
do restante da economia de mercado. colhemos agora os deploráveis
frutos desta nefasta dissociação na separação que hoje se faz entre a
“micro” e a “macro” economia. a “microeconomia” fundamenta-se,
pelo menos a grosso modo, nas ações dos consumidores e produtores
individuais; mas quando os economistas passam à análise da moeda,
vemo-nos subitamente lançados no irrealismo de agregados totais: de
moeda, de “níveis de preço”, de “produto nacional” e de gastos públicos. sem uma base concreta na ação individual, a “macroeconomia”
saltou de um conjunto de falácias para outro. na época de Mises, as
duas primeiras décadas do século XX, essa separação equivocada já se
vinha sedimentando rapidamente na obra do norte-americano irving
Fisher, que, além de elaborar complicadas teorias sobre “níveis de
preço” e “velocidades” – teorias estas sem nenhum embasamento na 20 Murray N. Rothbard
ação individual –, não fez qualquer esforço para integrá-las ao corpo
lógico da análise “micro” neoclássica.
ludwig von Mises se dispôs a eliminar essa dissociação e a fundamentar a economia da moeda e de seu poder de compra (erroneamente denominado “o nível de preço”) na análise austríaca do indivíduo e
da economia de mercado: pretendia chegar a uma ciência econômica
ampla e integrada, capaz de explicar todas as partes do sistema econô-
mico. Mises realizou essa monumental tarefa em sua primeira grande
obra: The Theory of Money and Credit (1912)5
, um fascinante feito de
perspicácia criativa, digno do próprio Böhm-Bawerk. Finalmente a
ciência econômica tornava-se um todo, um corpo integrado de aná-
lise, fundado na ação individual; não mais precisaria haver qualquer
dissociação entre moeda e preços relativos, entre micro e macro. a
mecanicista concepção de Fisher de relações
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