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Econimia Politica Uma Uma Introdução Crítica

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Por:   •  31/10/2013  •  3.464 Palavras (14 Páginas)  •  501 Visualizações

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trodução [À Crítica da Economia Política] e Prefácio Para a Crítica da Economia Política - Karl Marx. In: Manuscritos Econômico - Filosóficos e Outros Textos Escolhidos. Os Pensadores. V. XXXV. São Paulo, Abril Cultural. Julho de 1974.

Texto & Contexto

Introdução

A Introdução À Crítica da Economia Política marca o início dos apontamentos econômicos de Marx, dos anos de 1857 a 1958. Estes apontamentos foram publicados, em seu conjunto, pela primeira vez em 1939 em Moscou. No entanto a Introdução foi descoberta em 1902, entre os manuscritos deixados por Marx, e publicada pela primeira vez por Kautsky, na revista "Die Neue Zeit" em 1903.

Esta introdução é mencionada por Marx no Prefácio de "Para a Crítica da Economia Política". No entanto o título "Introdução à Crítica da Economia Política " não foi dado por Marx, mas representa o título outorgado à obra em sua primeira publicação, tornando-se depois disso seu título tradicional. O texto original não foi preparado por Marx para ser publicado. Por este motivo, quando deparamos com suas várias publicações encontramos palavras entre colchetes, que não fazem parte do manuscrito, mas que foram incluídas na publicação para melhorar a compreensão do texto original. Encontramos ainda palavras entre parênteses, que são do próprio autor, ou traduções para o português de expressões estrangeiras contidas no texto original.

A importância desta obra reside fundamentalmente na elaboração, aplicação e precisão das categorias do método dialético do movimento histórico transformado em instrumento metodológico do estudo da economia política. O que se encontra nesta Introdução será depois retomado por Marx no Capital de maneira mais precisa e conectada. No entanto, é somente nela que encontraremos, destacada pelo autor, uma exposição teórica do método da economia política. Se não fosse por outros elementos, somente esta exposição do método já tornaria esta obra fundamental.

Prefácio

A brilhante obra Para Crítica da Economia Política representa um importante marco na construção da economia política marxista, tendo sido escrita no período de agosto de 1958 a janeiro de 1959.

Engels, na resenha que escreveu para o Volk ( MEW.13,486), ressalta o significado deste livro para o "partido proletário alemão" e o método da "dialética materialista" empregado. A realização de toda a obra, da qual aqui nos referimos apenas ao prefácio, custou a Marx um trabalho de 15 anos, durante os quais estudou uma enorme quantidade de literatura sócio- econômica e elaborou as bases de sua própria teoria econômica.

Marx, ao escrever para Engels em 22 de julho de 1859, assinala : "No caso de que escrevas algo [sobre o livro], não deves esquecer : 1º - que o proudhonismo é aniquilado em suas bases , 2º - que exatamente na forma mais simples , a forma de mercadoria , é analisado o caráter especificamente social da produção burguesa, mas não se trata de forma alguma de seu caráter absoluto." Marx refere-se neste trecho enviado para Engels à importância teórico ideológica da obra. [Proudhonismo: liga-se a Proudhon (1809 - 1865). O proudhonismo difundiu-se amplamente na França. Pode-se dizer que se tratava de ideologia pequeno-burguesa, que sonhava em perpetuar a pequena propriedade privada, criticando a grande propriedade capitalista de um ponto de vista pequeno-burguês. Propunha reformar o regime capitalista e colocar em seus fundamentos a pequena propriedade privada. Proudhon propunha entre outras coisas a organização de um Banco Popular Especial que supostamente, através do "crédito gratuito, como ele chamava , ajudaria os operários a se converterem em pequenos proprietários e terem eles próprios os seus meios de produção. A critica de Marx à Proudhon assumiu profundidade teórica na medida que o estudo da economia política em geral e da economia política do capitalismo em particular colocaram abaixo as teses defendidas por Proudhon. Mas a crítica de Marx à Proudhon teve também profundo caráter ideológico. Isto porque representou um profundo embate com as idéias pequeno-burguesas defendidas na época pelos socialistas utópicos (entre os quais Proudhon), idéias estas que causavam confusão ideológica e contribuíam para manter a classe operária dividida em escala nacional e internacional. Isto numa época na qual já se amadureciam as condições para a sua unidade.]

Estudos Econômicos de Marx

O texto está dividido em quatro partes: - 1. Produção; 2. A Relação Geral da Produção com a Distribuição, Troca e Consumo; 3. O Método da Economia Política; 4. Produção, Meios de Produção e Relações de Produção. Relações de Produção e Relações Comerciais. Formas de Estado e de Consciência em relação com as Relações de Produção e de Comércio. Relações Jurídicas. Relações Familiares.

Destaco neste fichamento duas partes deste texto: A primeira parte, denominada por Marx de Produção. Nela o autor evidencia as categorias básicas do materialismo histórico dialético que darão sustentação metodológica para os seus estudos de Economia Política.

Nesta parte elabora uma crítica teórica à Economia Política Clássica, representada por Smith e Ricardo, e a obras como O Contrato Social, de Rousseau. Marx salienta uma essencial diferença entre a sua concepção e as anteriormente citadas. Para Marx, elas cometeram um erro fundamental ao se apoiarem nas "aparências", quando não entendem o indivíduo na sociedade "como um resultado histórico - porque o consideram como um indivíduo conforme à natureza -, dentro da representação que tinham de natureza humana; que não se originou historicamente, mas foi posto como tal pela natureza. Esta ilusão tem sido partilhada por todas novas épocas até o presente."

Diante disto, Marx afirma qual é o seu objeto de estudo: "O objeto deste estudo é, em primeiro lugar, a produção material."

Uma produção material entendida da seguinte maneira: " indivíduos produzindo em sociedade, portanto a produção dos indivíduos determinada socialmente, é por certo o ponto de partida."

Quando se trata de produção, trata-se de produção em um grau determinado do desenvolvimento social, da produção dos indivíduos sociais.

Diante disto se coloca um novo problema: é possível falar em Produção Geral, quando

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