Estado,economia E Cidadania
Exames: Estado,economia E Cidadania. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Nuria26 • 10/6/2013 • 5.921 Palavras (24 Páginas) • 824 Visualizações
POLÍTICAS PÚBLICAS - ESTADO, ECONOMIA, CIDADANIA
36699933399
Pós-Graduação em Gestão Municipal
ESTADO, ECONOMIA E CIDADANIA
Cláudio Gurgel, Dr.
claudiormgurgel@hotmail.com
Realização
Fundação Getulio Vargas
FGV Management
Todos os direitos reservados à Fundação Getulio Vargas
Gurgel, Cláudio.
Estado, Economia e Cidadania. 1ª ed. Rio de Janeiro; FGV Management – Cursos de educação continuada.
48p.
Bibliografia
1. Economia 2. Administração Pública I. Cidadania
Coordenação Executiva do FGV Management: Prof. Ricardo Spinelli de Carvalho
Coordenador Geral da Central de Qualidade: Prof. Carlos Longo
Coordenadores de Área:
Prof. Ernani Hickmann
Prof. José Carlos Sardinha
Profa. Marta Farah
Prof. Ronaldo Andrade
Profa. Sylvia Constant Vergara.
Sumário
2. ESTADO, ECONOMIA E CIDADANIA: CRISES DO CAPITALISMO E GESTÃO 4
2.1 INTRODUÇÃO 4
2.2 CRISES DO CAPITALISMO E GESTÃO 5
2.3 SUCESSO E CRISE DO MODELO KEYNESIANO-FORDISTA 7
2.3.1 SISTEMA FORDISTA 8
2.3.2 A GESTÃO KEYNESIANA DO ESTADO 10
2.3.3 O ESTADO ASSISTENCIAL 12
2.3.4 BUROCRACIA: O APARELHO RACIONAL E IMPESSOAL 13
2.4. A CRISE DO MODELO 16
2.4.1 CAUSAS 17
2.4.2 ASCENSÃO E QUEDA 20
2.5. O NEOLIBERALISMO 22
2.5.1 GLOBALIZAÇÃO: A CRISE DOS ESTADOS NACIONAIS E A EMERGÊNCIA DOS ESTADOS SUPRANACIONAIS 23
2.6 PRIVATIZAÇÕES E FLEXIBILIZAÇÕES 28
2.7 CIDADANIA 35
2.8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 43
O TEXTO QUE SEGUE É PARTE DESTE SUMÁRIO. REFERE-SE AO PONTO 2.5 O NEOLIBERALISMO EM DIANTE E TRATA DO AMBIENTE SÓCIO-ECONÔMICO CRIADO A PARTIR DO ABALO CIENTÍFICO E IDEOLÓGICO DO MODELO KEYNESIANO-FORDISTA.
SUA LEITURA É INDICADA PARA COMPREENDER-SE AS CONDIÇÕES POSTAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS NA CONTEMPORANEIDADE.
2. Estado, Economia e Cidadania: Crises do Capitalismo e Gestão
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2.5. O Neoliberalismo
O consenso dos países centrais, diferentemente daquele que se formou a partir da Grande Depressão e principalmente do pós-guerra, abandonou as idéias desenvolvimentistas do crescimento continuado e do pleno emprego, dando lugar à primazia, quase obsessiva, da estabilidade e do equilíbrio macroeconômicos.
Políticas deflacionárias são aplicadas com rigor, impondo contenção salarial, redução de custos não-operacionais, mas também operacionais, cortes nas políticas sociais e previdenciárias.
Neste sentido, as macropolíticas públicas keynesiana e do welfare state cedem lugar ao discurso anti-welfare/anti-keynesiano de Mont Pélerin e enfim o pensamento de Frederick Hayeck, na contramão da história desde 1944, é reabilitado (Hayeck,1977).
Dependente do ciclo virtuoso, como já vimos, o sistema fordista, e com ele a gerência burocrática, são contestados, emergindo daí as propostas de flexibilixação das estruturas de produção e de gestão e a segmentação dos processos e dos mercados. Nasce um novo paradigma, identificado como toyotismo, metonímia que se apóia no modelo da montadora japonesa, onde a linha de montagem tradicional e a produção em série contracenam, aparentemente de modo coadjuvante, com a personalização, a demanda específica, a customização.
O desemprego, antes um flagelo, que relembrava a triste mancha da crise dos anos 1930, assume uma feição naturalizada, parte integrante de um modelo de vida social darwinista, onde se entende que a sobrevivência no mercado é um processo de seleção natural.
Os sindicatos, neste quadro de desgaste material e ideológico, se fragilizam, deixando de exercer o papel relativamente bem sucedido, nos anos anteriores, de instrumento de pressão na disputa dos fundos públicos e na defesa dos direitos conquistados.
Por extensão, os partidos do trabalho igualmente se enfraquecem.
A guerra fria, antes um estímulo ao entendimento entre os países ditos ocidentais e uma motivação para mais generosidade para com a periferia, por parte dos países centrais, vai-se reduzindo. Primeiro, sob o manto da estratégia da coexistência pacífica entre os dois regimes, depois, pelo desmoronamento do Muro de Berlim, um símbolo do que viria a seguir, quando todo o leste europeu foi soterrado sob suas próprias pedras.
Esta queda do socialismo teve o poder de enterrar o fantasma político, que há mais de
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