Fichamento "O Capital" pt. I
Por: André Monaco • 30/8/2019 • Trabalho acadêmico • 332 Palavras (2 Páginas) • 220 Visualizações
Fichamento: "O capital"- Karl Marx
Problema: A diferença entre o ciclo "dinheiro-mercadoria-dinheiro (D-M-D)" e o ciclo "mercadoria-dinheiro-mercadoria (M-D-M)" apresenta-se como uma diferença formal, porém, como essa diferença formal consegue alterar a natureza do processo em que o dinheiro é colocado?
Tese: O ciclo M-D-M é formalmente o ciclo da circulação simples em que, ao fim do processo apenas se satisfaz o valor de uso das mercadorias. Já o ciclo D-M-D tem como foco o dinheiro e lhe transforma em capital, pois, no final, há um refluxo dele ao estágio inicial. Dessa maneira, o que se satisfaz nesse ciclo é o valor de troca, o dinheiro propriamente dito
Argumentação: Primeiramente o valor de uso se constituiria numa troca, a qual é definida como "uma transação em que ambas as partes saem ganhando", portanto, a troca só é efetivada quando ocorre entre equivalentes. O valor de uso, dessa forma, estaria ligado a equivalência entre mercadorias.
No valor de troca, por sua vez, ocorreria, segundo Marx, uma autovalorização do capital, pois o dinheiro inserido inicialmente no ciclo D-M-D, ao final do mesmo ciclo deveria ser acrescido de uma quantidade chamada pelo autor de "mais valor", o qual seria acrescentado no valor de uso. Logo, o capitalista deveria encontrar uma mercadoria cujo próprio valor de uso (consumo) seja fonte de valor (objetivação de trabalho) e ele a encontra na força de trabalho.
Para que a força de trabalho se expresse dentro de um determinado contexto algumas condições preliminares têm de ser estabelecidas, são elas: a liberdade do proprietário de sua própria força de trabalho necessita ser respeitada, portanto, a venda dessa força é transitória e esse proprietário não deve possuir os meios de produção, caso contrário não seria uma mercadoria à venda. Sendo assim, o valor dessa mercadoria define-se como o tempo de trabalho necessário para a sua produção e sua reprodução, em outras palavras, define-se como o tempo necessário para o consumo completo e satisfatório da própria força para, em vista disso, produzir mais valor.
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